terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A CHAMADA DE ELIAS




INTRODUÇÃO:  Elias foi um profeta no Reino de Samaria durante o reinado de Acabe, enfrentou situações adversas, por ter atendido o chamado de Deus para uma missão especifica.  Todos nós enfrentamos, muitas vezes, situações que nos deixam relutantes e temerosos. Na nossa vida espiritual, não é diferente. Emoções de variada ordem, incluindo o medo, podem assaltar-nos, quando Deus nos chama a desempenhar a Sua obra, sendo necessário tomar uma decisão e abraçar essa oportunidade.
Elias cujo nome é: “Jeová é Deus”. Foi chamado por Deus para o ministério profético, num momento em que se fazia necessário confrontar-se com Acabee a malignidade de Israel. Período este, marcado por crise, fome, miséria, corrupção e apostasia. Mas, em meio à crise moral, social e espiritual, Deus pôde contar com a coragem e a determinação de Elias, para ser seu porta-voz.
Elias respondeu a chamada divina e serviu-O fielmente. Deus chama pessoas como Elias, e como tu, para O servirem como Seus embaixadores. Enquanto estudas acerca da forma como Ele o levantou como Seu porta-voz, reflete sobre a forma como Deus te quer usar, quando te chama a realizar a Sua obra. Será que Deus pode contar com você assim como contou com Elias?
I – A SUA CHAMADA AO DESEMPENHO DE UMA MISSÃO 1Rs 18:1-2
No capítulo 17 do livro de 1 Reis, Elias aparece-nos como o profeta cuja missão foi confrontar o iníquo rei Acabe 17:1; entretanto, são-lhe atribuídas outras missões 17:2-24. Agora, no capítulo 18, Elias é chamado a servir como testemunha, face ao pecado de Acabe.
a.     A natureza da sua chamada. A vocação e a chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” 1Rs 17.1; 18.36. Somente um profeta chamado e vocacionado diretamente pelo Senhor poderia falar e agir desta forma.Todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.
b.     A chamada de Deus acontece, sempre, no momento certoAs consequências das secas constatam-se algum tempo após a sua ocorrência, acontecendo algum tempo após o seu anúncio 17:1, adiando, também, o Senhor o anúncio do seu fim, dando tempo a Acabe para reconhecer o seu pecado e as suas terríveis consequências, convencendo-o da necessidade de arrependimento e conversão. Se reconheceres que Deus te chama, trata-se do momento certo, desejando usar-te, segundo a Sua vontade e sabedoria Et 4:14
·        Ester atendeu o chamado no momento certo;
·        Chegou ao reino no tempo de livrar o seu povo.
c.      A Chamada de Deus é pessoal. A palavra de Deus veio “a Elias”. Ele era o homem certo, para a missão!
                               I.            Deus conhece-te Jo. 10:27, Fp. 3:4-7; 2 Cor. 12:9-10;
                             II.            E sabe quando és tu, e não outro, que deve realizar uma missão específica!
                          III.            Porque te conhece tão bem, sabe exatamente onde, quando e de que forma te pode usar no Seu serviço.
d.     A chamada de Deus não deixa de se realizar - “veio a palavra de Deus a Elias”.
                               I.            Elias sabia precisamente o que Deus queria que fizesse – “apresenta-te a Acabe”.
                             II.            Semelhantemente, Deus quer que entendas o que quer de ti Ef. 5:17,
                          III.            Deus não é Deus de confusão e de ambiguidades, revelando-te a Sua vontade através da Sua Palavra Sl. 119:105.
                          IV.            a fome em Samaria” era uma das terríveis consequências da atitude e pecado de Acabe!
                            V.            Elias tinha que confrontar o rei com os resultados da sua rebeldia e mostrar-lhe as provas da misericórdia de Deus.
e.     Deus chama-te e conta contigo. Se fores sensível à Sua voz, orientando-te, não subsistirão, em ti, quaisquer dúvidas quanto à Sua vontade, tal como aconteceu com Paulo e os seus companheiros, quando optaram pela Macedónia At 16:10.
f.       A chamada de Deus é, muitas vezes, muito específica. “Vai, apresenta-te a Acabe”.
                               I.            Há atividades naturais e contínuas na vida do crente: oração, leitura da Bíblia, partilha da fé em Jesus, louvor, discipulado, entre outras.
                             II.            Contudo, pode Deus usar-te em qualquer situação especial.
                          III.            Talvez escreveres encorajando alguém, visitar alguém hospitalizado, fazer alguma pequena viagem missionária, servir como voluntário em alguma atividade que sentes necessário desenvolver na tua igreja.
g.     A chamada de Deus é sempre tranquilizadora. A seca e a fome consequente eram parte da resposta de Deus à baixeza de Acabe. Este, tinha procurado Elias 1 Reis 18:10, talvez por esta mesma causa. Quando Deus te escolhe e chama, deseja que sintas paz e tranquilidade, pois estará contigo Heb. 13:5.
h.     A sua resposta à chamada de Deus. Elias imediatamente, confiando obedientemente que Deus estaria com ele. Sentes que Deus te chama, como servo obediente? Como solução para alguma situação a que, porventura só tu, podes dar resposta? Não tardes a responder, de forma obediente Isaías 6:8 “Eis-me aqui envia-me a mim”
II – DESAFIOS A ENFRENTAR 1 Rs 18:7-14  
 Vejamos bem os desafios encontrados em uma chamada:
a.     A resposta de Elias não lhe garantiu facilidades;
b.     É errado supor que a tua obediência te livrará, sempre, de dificuldades;
c.       As pessoas são, muitas vezes, desafios a ultrapassar;
d.     Acabe era um desafio, para Elias;
e.     Tudo nos indica que nunca mais os dois se enfrentaram, após o anúncio da seca, embora Acabe desejasse encontrar-se com Elias, que não seria, de forma alguma, um encontro amistoso!;
f.        As suas relações eram tensas, tal como seria o encontro que se aproximava;
g.     Contudo, a tensão e perigosidade do encontro não podiam inviabilizá-lo, dada a sua importância, tornando-o ainda mais necessário! Enfrentar pessoas é, geralmente, um desafio.
h.                    Alguns, “sempre [resistirão] ao Espírito Santo” At. 7:51
Também as circunstâncias constituem por vezes um desafio.
a.     A fome era extrema em Samaria” 1 Rs 18:2;
b.     Motivo de perseguição v. 10;
c.       E ameaça à vida do servo de Deus v. 13;
d.     As circunstâncias podem mudar, mas quase nunca serão agradáveis:
e.      José sofreu às mãos de seus irmãos;
f.       Daniel enfrentou os leões;
g.     Paulo conduziu o seu ministério, muitos anos, a partir da prisão;
h.     Timóteo tinha problemas de saúde, com o seu estômago.
i.        Também as lealdades constituem, muitas vezes, grandes desafios a vencer.
j.       Poucas pessoas podiam acompanhar Elias à presença de Acabe.
k.     Até Obadias, mordomo do rei, temia falar-lhe acerca de Elias v. 8,9 estando dividido entre o seu  “senhor Elias” v.7 e o “senhor” Acabe v.8;
l.         No coração de Obadias, o temor a Deus tinha o mesmo peso que o temor aos homens, parecendo temer mais a punição do que a recompensa pela atitude desejável v.9-13;
m.   Considerava o seu serviço a Deus como um assunto particular v.13
n.     Que não se devia misturar com a sua função, como servo de Acabe v.7-10;
o.      Cumpria as ordens de Acabe, como seu servo v.3-6;
p.      Mas hesitava em responder positivamente à palavra do profeta e de Deus v. 8-12.  
III – O SEU COMPROMISSO COM A MISSÃO 1 Rs 18:15-16  
a.     Perante a chamada divina, não obstante os desafios e obstáculos, Elias assumiu realizar a sua missão v.15;
b.     O seu exemplo confirma o seu propósito de cumprir o seu compromisso com Deus;
c.       Como Elias, tu também confias no Deus vivo, que te ajudará a manteres o teu compromisso com Ele Jo 20:26-28;
d.      No teu relacionamento com Deus, deves, também, confiar na presença constante de Deus “perante cuja face estou” v.15.
O teu relacionamento com os outros.
a.     Obadias não estava decidido a falar a Acabe acerca de Elias, temia pela sua vida v.9;
b.      Podendo dar-se o caso de Deus alterar os planos de Elias v.12;
c.       Porém, Deus e Elias tinham o mesmo plano. A determinação de Elias teve como fruto a obediência de Obadias v.15-16;
d.      Devemos ser cuidadosos, não traindo a confiança que depositam em nós, levando muito a sério os nossos compromissos com o Senhor.
Conclusão: Na obra que Deus te deu para realizares, imita a fidelidade de Elias, disponibilizando-te e desempenhando dedicadamente a tua missão, enfrentando os desafios na certeza que Deus estará contigo.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CONSOLO NAS AFLIÇÕES SOFRIMENTOS COMPENSADOS



Por A. W. Pink

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8:18)

 Ah, alguém diz, que essa passagem deve ter sido escrita por um homem que não conhecia o sofrimento, ou por alguém familiarizado com nada mais do que as leves irritações da vida. Não é isso. Estas palavras foram escritas sob a direção do Espírito Santo, e por alguém que bebeu profundamente do cálice do sofrimento, sim, por alguém que sofreu aflições em suas formas mais intensas. Veja o seu próprio testemunho: "Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;  Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez"(2 Coríntios 11:24-27). “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Esta, então foi a firme convicção, não de alguém "favorito da sorte", não de alguém que encontrou na jornada da vida um caminho atapetado, rodeado com rosas, mas, ao contrário, de alguém que foi odiado por seus parentes, que foi muitas vezes espancado, que sabia o que era ser privado não só do conforto, mas também das necessidades básicas da vida. Como, então explicar o seu alegre otimismo? Qual foi o segredo da sua dignidade sobre seus problemas e provações?

A primeira coisa com a qual o apóstolo penosamente provado consolou-se era que os sofrimentos do cristão são de curta duração - que estão limitados ao "tempo presente". Isto está em nítido e em solene contraste com sofrimentos dos que rejeitam a Cristo. Seus sofrimentos serão eternos: para sempre atormentados no Lago de Fogo. Mas muito diferente é para o crente. Seus sofrimentos são restritos a esta vida na Terra, que é comparado a uma flor que sai e é cortada, a uma sombra que foge e não permanece. Uns poucos anos no máximo, e vamos passar deste vale de lágrimas para aquele país abençoado, onde lamentos e choros nunca mais serão ouvidos.

Em segundo lugar, o apóstolo olhou além, com os olhos da fé para "a glória". Para Paulo "a glória" era algo mais do que um sonho lindo. Era uma realidade prática, exercendo uma poderosa influência sobre ele, consolando-o nas horas mais críticas e difíceis da adversidade. Este é um dos verdadeiros testes da fé. O cristão tem um sólido suporte na hora da aflição, quando o incrédulo não tem. O filho de Deus sabe que na presença do Pai "háfartura de alegrias", e que à sua mão direita "há delícias perpetuamente". E a fé se apodera deles, apropria-se deles, e vive na alegria reconfortante deles até agora. Assim como Israel no deserto foi encorajado por uma visão do que os esperava na terra prometida (Nm 13:23,26), assim, aquele que hoje caminha pela fé, e não por vista, contempla o que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, mas o que Deus pelo Seu Espírito Santo tem revelado a nós (1 Cor. 2:9,10).

Em terceiro lugar, o apóstolo se regozijou "com a glória que em nós há de ser revelada". Tudo isso significa que ainda não somos capazes de ter uma compreensão plena dessas coisas. Mas mais do que uma dica foi concedida a nós. Haverá:

(a) A "glória" de um corpo perfeito. Naquele dia esta corrupção se revestirá da incorruptibilidade, e isto que é mortal, da imortalidade. O que foi semeado em ignomínia será ressuscitado em glória, e o que foi semeado em fraqueza será ressuscitado em vigor. Assim como trouxemos a imagem do terreno, devemos trazer também a imagem do celestial (1 Coríntios. 15:49). O conteúdo dessas expressões é resumido e amplificado em Filipenses 3:20,21: "Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.

(b) Haverá a glória de uma mente transformada. "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido" (1 Cor 13:12). Oh, que envolvimento de luz intelectual com que cada mente será glorificada! Que faixa de luz vai envolvê-la! Que capacidade de entendimento vai deleitá-la! Então todos os mistérios serão desvendados, todos os problemas resolvidos, todas as discrepâncias reconciliadas. Então cada verdade da revelação de Deus, cada evento de Sua providência, cada decisão de seu governo, ficará ainda mais transparentemente clara e resplandecente como o próprio sol. Você, em sua busca presente pelo conhecimento espiritual, lamenta a escuridão da sua mente, a fraqueza de sua memória, as limitações de suas faculdades intelectuais? Então nos regozijemos na esperança da glória que está para ser revelada em você - quando todos os seus poderes intelectuais serão renovados, desenvolvidos, aperfeiçoados, de modo que você conhecerá como você é conhecido.

(c) Melhor de tudo, haverá a glória da santidade perfeita. A obra da graça de Deus em nós, então, será completada. Ele prometeu que aperfeiçoará "o que me toca" (Salmo 138:8). Então será a consumação de pureza. Fomos predestinados para sermos "conformes à imagem de Seu Filho" (Rm 8:29), e quando O veremos "seremos semelhantes a ele" (1 João 3:2). Então, nossas mentes não serão mais contaminadas por imaginações do mal, nossas consciências não serão mais manchadas por um sentimento de culpa, nossas afeições não serão mais enganadas por objetos indignos. Que perspectiva maravilhosa é esta! A "glória" que será revelada em mim agora dificilmente pode refletir um raio solitário de luz! Em mim - tão desobediente, tão indigno, tão pecador, vivendo tão pouco em comunhão com Aquele que é o Pai das luzes! Pode ser que em mim esta glória seja revelada? Assim afirma a infalível Palavra de Deus. Se eu sou um filho da luz por estar "nele", que é o resplendor da glória do Pai, mesmo que agora habite em meio a tons escuros do mundo, um dia irei ofuscar o brilho do firmamento. E quando o Senhor Jesus retornar a esta terra ele deve ser "admirável naquele dia em todos os que creem" (II Tes. 1:10).

Finalmente, o apóstolo aqui pesa o "sofrimento" do tempo presente em oposição a "glória", que deverá ser revelada em nós, e como ele declarou que uma "não é digna de ser comparada" com a outra. Uma é transitória, outra é eterna. Como, então, não há proporção entre o finito e o infinito, não há comparação entre os sofrimentos da terra e a glória do céu. Um segundo de glória superarão uma vida de sofrimento. O que são os anos de labuta, de doença, de lutar com a pobreza, de tristeza em qualquer forma, quando comparados com a glória da terra de Emanuel! Beber do rio da vida na mão direita de Deus, uma respiração no paraíso, um instante em meio ao sangue lavado ao redor do trono, será mais do que compensador do que todas as lágrimas e gemidos da terra.  “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Que o Espírito Santo permita que tanto o escritor quanto o leitor se agarrem a isso e apropriem-se com fé e vida na posse presente e gozo disso para o louvor da glória da graça divina.

Da obra "Comfort for Christians" de A.W. Pink – Consolo nas Aflições, sofrimentos compensados, capítulo 3 - Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira – Li em:Discernimento Bíblico.

Fonte: Reformando-me
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O FRUTO DA COBIÇA


INTRODUÇÃO Até mesmo nós, os crentes em Jesus e transformados pelo seu poder, temos de ter cuidado com a cobiça. Temos exemplos na Bíblia como o de Ananias e Safira At. 5 onde temos conhecimento que a cobiça causou a morte do casal.
COBIÇA É:
Desejo veemente de possuir bens materiais; avidez, cupidez. Ambição desmedida de riquezas.
Primeiro: Cada indivíduo é capaz de reconhecer que a sua necessidade foi suprida e seu apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se cobiça.
“Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não te fartes dele, e venhas a vomitar” Pv.25.16.
Segundo: A tolerância que o indivíduo tem consigo mesmo pode mascarar a cobiça. Portanto, é preciso observar o ensinamento bíblico em relação ao que desejamos.
Deus estabeleceu limites: Adão poderia comer do fruto de todas as árvores, exceto uma Gn.2.16-17. Quando desejamos o que Deus proibiu, está caracterizada a cobiça.
CONSEQUÊNCIAS DA COBIÇA:
1. Quando a pessoa não consegue adquirir algum bem alheio, ela:
1.1 — Guarda rancor e insatisfação
Este é um dos motivos que muitas vezes tem levado ao suicídio ou ao homicídio. A pessoa rancorosa se torna insatisfeita Hb. 12.15
a.     Se privando da graça de Deus
b.     Faz brotar raiz de amargura, fazendo com que muitos se contaminem
1.2 — Deseja o mal do próximo
A pessoa frustrada por não ter conseguido algum bem alheio tem no coração o desejo de vingança IRs. 21.5-8.
1.3 — Tem sentimento de inferioridade
A pessoa dominada pela cobiça e a inveja subestima tudo quanto tem e até ela mesma anda sempre em baixa auto-estima Gn 4.5-8.
a.     Irou-se fortemente v.5
b.     Descaiu-lhe o seu semblante v.5
c.      Levantou-se contra seu irmão Abel e o matou v.8
1.4 — É pessimista
Para ela, nada está bom. Sempre anda cabisbaixa e mal-humorada, dominada por medo, desânimos e pensamentos negativos. O resultado é a sua total derrota espiritual e o afastamento de Deus Salmo 73.2,3.
a.     Quase se desviou v.2
b.     Tinha inveja dos soberbos v.3
·        Quando Moisés mandou doze espias a investigar a terra de Canaã dez deles apresentaram um relatório negativo, o pessimismo estava dominando a vida daqueles homens, de maneira tal que eles não viam nenhuma saída, para eles prosseguirem a caminhada e desejaram voltar para o Egito, quando o crente deixa a sua vida Espiritual ser levada por pensamentos negativos, ele perde o foco da caminhada para a Canaã Celestial e deseja voltar para o mundo.
Conclusão: O Escritor aos Hebreus nos adverte no capitulo 12 e versículos 15 tendo cuidado que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.

A RAIZ DA COBIÇA


Introdução: O décimo mandamento proíbe a cobiça de todo tipo quando fala da casa do visinho, de sua esposa, servo, boi jumento ou de qualquer coisa que lhe pertença Ex. 20.17. O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria Cl. 3.5.
Em Lucas o Senhor Jesus viu a cobiça no jovem rico quando lhe citou cinco dos seis mandamentos da segunda tabua da lei, e então lhe desafiou com décimo mandamento ao ordenar que ele vendesse tudo o que tinha e desse o dinheiro aos pobres Lc. 18. 20-22. Barnabé, temendo a cobiça e conhecendo a historia do jovem rico, foi um contraste, vendeu tudo o que tinha e ofertou todo o seu dinheiro à igreja.
Exemplos na Bíblia de pessoas cobiçosas:
1)    O Rei Acabe 1Rs. 21.4,5 – a cobiça na vida de Acabe era de maneira tão trágica que causou a ele:
a.     Desgosto v. 4
b.     Indignação v.4
c.      Falta de apetite v.5
2)    O Rei Saul 1 Sm. 18.20-27 – Saul se dedicou a prejudicar a Davi
·        Tentou matar a Davi por vinte uma vez. 1 Sm.18.11,17,21-25; 19.1,10,11,14,15,20-22; 20.24-31;23.11-25; 24.2; 26.2.
3)    Sambalate, Tobias e Gesém Ne. 2 – Tentaram impedir a reconstrução dos muros de Jerusalém
a.     Zombaram e murmuraram contra Neemias v.19
b.     Ameaçaram pelejar contra Jerusalém 4.8
c.      Tentaram fazer o mal a Neemias 6.2
4)    Os principais sacerdotes e os anciões Mt 26.3 – reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás; deliberaram prender Jesus à traição, e mata-lo
a.     Concordaram a pagar a Judas 30 moedas de prata para que ele traísse Jesus Mt. 26.14-16
b.     Procuram testemunho falso contra Jesus, a fim de condenarem a morte Mt. 26.59
·        Esses são os poucos de muitos exemplos na Bíblia de pessoas cobiçosas “Deus considera” “abominável o coração que trama projetos iníquos Pv. 6.18
Conclusão: Todas as nossas ações terão conseqüências, e algumas delas extremamente amargosas. Deveríamos medir nossas intenções primeiramente pela palavra de Deus e somente assim evitaríamos dar razão aos nossos instintos. Eliminemos a cobiça do nosso coração, pois, podemos ser injustos e cruéis com pessoas inocentes. Paulo cita a cobiça como uma ilustração chave da pecaminosidade. “O pecado tomando ocasião pelo o mandamento, despertou em mim toda a concupiscência Rm.7.8.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

CARNAVAL – FESTA DO DIABO, FESTA DA CARNE



Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Pastoral Boletim 10.02.13 

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." 1 Coríntios 10:23.

Em nosso contexto brasileiro, todos os anos no mês de fevereiro acontece a festa da carne - CARNAVAL. Como vivemos numa sociedade não cristã onde os valores e costumes são muitas vezes contrários à Palavra de Deus, precisamos tomar certos cuidados. Não podemos cair no engano de pensar que não tem problemas participar dessa festa simplesmente por ser uma "manifestação cultural", ou uma "diversão".

O cristão verdadeiro não participa do carnaval, e nem se sente bem em tais locais, pois esse é um ambiente degradante de propagação do pecado, onde reinam a licenciosidade, bagunça, bebidas, drogas e prostituição. Esse não é o ambiente dos filhos de Deus, e sim dos filhos do diabo. Saibamos bem onde colocamos a planta de nossos pés. Sigamos o exemplo de Jesus, certamente Ele jamais participaria disso.

O cristão verdadeiro não deve consumir bebidas alcoólicas, e também não se sente a vontade onde drogas e álcool reinam. O crente é sal da terra e luz do mundo e prestará contas a Deus por todos os seus atos.

O cristão verdadeiro não se deixa seduzir pelo clima de imoralidade e “vale tudo” que predomina nessa festa. Muitos se desviaram da verdade e estão indo para o inferno, por darem espaço em seus corações para o pecado.

O cristão verdadeiro tem limites em seus horários, ele não tem “vida noturna”. Onde quer que vá, ele sempre dá bom testemunho de sua fé. Não sejamos jamais uma pedra de tropeço e escândalo, mas sejamos edificadores do Reino de Deus, pescadores de almas, atalaias da Verdade.

Creio que esses são alguns cuidados, talvez os mais contundentes, em se tratando do procedimento do crente no mundo. 

Alguns certamente dirão que Jesus foi em ambientes semelhantes, e é verdade. No entanto ele foi ali somente para levar a salvação aos perdidos, assim como muitos crentes estão evangelizando nesses locais, o que os faz semelhantes a Jesus, e não semelhantes aos perdidos. É blasfêmia e heresia pensar em um Jesus bêbado e pecador, pulando carnaval.

Leia esses textos com bastante cuidado, atenção e oração: Js 3:5; Sl 1:1,2; 51:11; Pv 23:29; Mt 5:13; 6:23; 7:13,14; Mc 9:42; 1 Co 5:11; 6:9,10; Gl 5:19-21; Ef 4:30; Cl 1:18; 1 Ts 5:1-10,19; Hb 10:25;12:14; Tg 4:4; 1 Pe 2:8; 1 Jo 2:15; Ap 17:5.

COMO PASTOR, GOSTARIA DE DIZER QUE...
Depois de tantos textos sagrados que nos fazem pensar e nos incomodam tanto, e diante de tantas dificuldades que o mundo nos apresenta, tantos crentes caídos em pecado, afastados da graça de Deus, o mais correto é nos afastarmos totalmente desse ambiente. Por que não vemos tanto empenho de muitos crentes em participar dos trabalhos semanais das Igrejas? Por que não vemos tantos jovens evangelizando? Por que algumas reuniões de oração são tão mal frequentadas? Se a oração é o termômetro de uma Igreja, por que existem Igrejas tão frias espiritualmente? Por que tantos que se dizem crentes, insistem em se misturar e se enlamear com os ímpios? Por que tanta euforia quando se trata de festas mundanas e tanta falta de vontade de louvar a Deus, ler a Bíblia, fazer cultos domésticos, etc.?

O fato é que os sinais estão aí para comprovar a volta iminente do Senhor Jesus, e existem tantos que não estão se preparando para esse dia. O inimigo 
tem conseguido afastar muitos dentre o povo de Deus, dessa premissa básica da fé cristã: Cristo vai voltar, e achará Ele fé na Terra quando voltar? No final o amor se esfriará de quase todos, diz a Bíblia, e o que temos visto já em nossos dias? Evangélicos que frequentam essas festas regadas a cerveja, onde habita a prostituição, as drogas, enfim, todo tipo de permissividade. Conforme o Salmo 1, esse não é o lugar do crente... Esses lugares são semelhantes às porta do inferno, o ninho de satanás, o lugar onde ele reina e é louvado por seus servos. Semelhantes a Sodoma e Gomorra, são lugares amaldiçoados por Deus, e só os loucos e insensatos não sabem disso.

O que percebo é que há um esfriamento generalizado na comunidade evangélica, que o pecado e o mundaninsmo não são vistos mais por muitos como algo detestável aos olhos de Deus, que muito do que se prega não é o que se vive, que como Igreja Reformada deixamos muito a desejar. O desconhecimento da Bíblia Sagrada, e de toda obra de servos como Calvino, Wesley, Jonathan Edwards, Moody, Spurgeon e tantos outros reformadores e heróis da fé, o desconhecimento de Deus, tem levado a Igreja contemporânea à beira do precipício. Hoje faz-se necessário evangelizar muitos "crentes", que de crentes não tem nada.

Que Deus nos livre desses laços de pecado e destruição que estão arrastando milhares de "crentes". Que Deus nos liberte, quebrante, nos tire da nossa frieza espiritual e tenha misericórdia de nós!


Leia também:
POR QUE OS EVANGÉLICOS NÃO DEVEM PARTICIPAR DO CARNAVAL? QUAL A ORIGEM DESSA FESTA?, e
BAIANAS SE CONVERTEM A CRISTO E COLUNISTA GLOBAL RECLAMA. 

SOLI DEO GLORIA!!!

sábado, 26 de janeiro de 2013

A CONFIABILIDADE DOS EVANGELHOS


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Por Davi Lago

Podemos citar três razões que demonstram a confiabilidade da narrativa dos evangelhos:

Razão nº1: Os evangelhos foram escritos num período próximo aos eventos narrados. Isso é muito importante porque indica que os evangelhos foram escritos por testemunhas oculares e pessoas próximas às diversas testemunhas oculares. O fato de as testemunhas oculares estarem vivas no tempo em que os evangelhos foram escritos é crucial porque elas poderiam desmentir qualquer informação mentirosa.

Há muitas evidências que demonstram que os evangelhos foram escritos cedo. Há evidências internas, como por exemplo: o livro de Atos termina bruscamente com Paulo esperando seu julgamento (At 28.31) o que indica que Lucas, o autor, terminou o livro naquele período. Sabe-se que Paulo foi martirizado entre 63 e 64 d.C. Sabe-se também que o livro de Atos foi escrito por Lucas depois de seu evangelho (At 1.1). Logo, o evangelho de Lucas foi escrito no máximo, apenas trinta anos após o ministério de Jesus.

Outro exemplo de evidência interna é a ausência de qualquer referência no Novo Testamento da destruição de Jerusalém em 70 d.C. Isso claramente aponta o fato de que todos os livros no Novo Testamento foram escritos em data anterior a 70 d.C. É notável o fato de que Jesus profetizou que Jerusalém seria destruída (Mc 13.1-4,14,30). E Jerusalém foi realmente destruída no ano 70 d.C. assim como Jesus profetizou. Sem dúvida os autores do Novo Testamento, que estavam preocupados em provar que Jesus é o Filho de Deus, teriam citado o cumprimento dessa profecia para apoiar sua argumentação.

Há também evidências relacionadas aos papiros com fragmentos do Novo Testamento que sobreviveram até nossos dias. O papiro conhecido como Chester Beatty é datado de 200-250 d.C.; o papiro Bodmer II de 200 d.C.; o papiro Early Chrisitian de 150 d.C.; e o papiro John Rylands MSS de 130 d.C. Esses papiros comprovam que os evangelhos foram escritos em data próxima aos eventos narrados.

Há evidências relacionadas aos escritos patrísticos. Por exemplo, a epístola de Policarpo aos filipenses foi escrita em 120 d.C., as cartas de Inácio em 115 d.C. e a epístola de Clemente aos coríntios em 95 d.C. Todos esses escritos contém inúmeras citações dos evangelhos e demais textos do Novo Testamento.

Portanto, se concluí que os evangelhos passam do teste mais ácido de todos os escritos da Antiguidade. Os evangelhos foram escritos na mesma geração que viu os eventos narrados. O fato dessa geração ter preservado os evangelhos para as gerações posteriores indica o fato de que não houve nenhuma distorção ou fraude na narrativa dos eventos.

Razão nº2: Os eventos narrados nos evangelhos são solidamente apoiados pelas descobertas históricas e arqueológicas. A arqueologia comprova a historicidade de eventos, pessoas e lugares descritos nos evangelhos. Por exemplo: Em Lucas 2.1-3 está escrito que foi realizado um censo no período em que Quirino era governador da Síria. Sabe-se hoje que os romanos realizavam um censo a cada 14 anos e que esses censos tiveram início com César Augusto. Inscrições encontradas em Antioquia confirmam que Quirino iniciou seu governo em 7 a.C. Em Lucas 3.1 é citado um governador chamado Lisânias. Foi encontrada uma inscrição próximo à cidade de Damasco que comprova a existência dele. Em João 19.13 é mencionado um pavimento de pedra, chamado Gábata, localizado no palácio de Pilatos. O arqueólogo William Albright comprovou que esse pavimento existiu, foi destruído em 70 d.C. e reconstruído pelo governador Adriano. Esses são apenas alguns exemplos das descobertas arqueológicas que comprovam a historicidade dos eventos narrados nos evangelhos.

Razão nº3: Os evangelhos não foram alterados com o passar dos séculos. Esse fato é comprovado por evidências maciças. Primeiro, há cerca de 4.000 manuscritos completos do Novo Testamento em grego espalhados pelos museus do mundo, e cerca de 13.000 manuscritos com fragmentos do Novo Testamento. É uma diferença monumental se comparado com outras obras da Antiguidade: há apenas dez manuscritos de Guerras Gálicas de Júlio César, dois manuscritos de Anais de Tácito, e sete manuscritos gregos das obras de Platão.

Segundo, os manuscritos do Novo Testamento foram encontrados em diversas localidades como Egito, Síria, Turquia, Itália, Grécia e Palestina.

Terceiro, os manuscritos do Novo Testamento que sobreviveram aos nossos dias foram escritos transcritos próximos aos manuscritos originais escritos pelos próprios autores. Há papiros com fragmentos do Novo Testamento que datam de 50 a 100 anos após a escrita dos originais. Há manuscritos completos que datam de 400 anos após a escrita dos originais (por exemplo: Codex Sinaiticus, Codex Alexandrino, Codex Vaticanus). Há uma diferenaça descomunal aos outros escritos da Antiguidade. Por exemplo: o manuscrito mais antigo que temos da História de Tucídes, é de 1300 anos após o original; História de Heródoto de 1350 anos; Guerras Gálicas de Júlio César de 950 anos; História de Tácito de 750 anos; Anais de Tácito de 950 anos. Entre os milhares de manuscritos do Novo Testamento que possuímos hoje, há diferenças mínimas, que são apontadas em notas de rodapé nas traduções modernas. Essas diferenças mínimas em nada alteram a doutrina cristã e podem ser superadas através da análise do que diz a maioria dos manuscritos.

A conclusão a que os estudiosos chegam é que nenhum outro documento da Antiguidade é tão confiável como os evangelhos e os demais livros do Novo Testamento.

Fonte: NAPEC