sábado, 12 de fevereiro de 2011

ASSISTENCIA SOCIAL UM IMPORTANTE NEGOCIO

Na Igreja Primitiva era imperioso aos apóstolos devotarem-se à oração e ao en­sino da Palavra de Deus. Doutra forma, como haveriam de edificar a Igreja na sã doutrina? Todavia, estavam eles mais do que cientes: as obras de misericórdia são também importantes. Que os crentes, pois, sobressaiamos igualmente pelas boas obras Mt 5.16; At 9.36; Ef 2.10. Não alerta Tiago que a fé sem as obras é morta? Tg 2.17. A assistência social na Igreja Cristã não será menosprezada. A comunidade dos primeiros discípulos de Jesus em Jerusalém desenvolveu a atitude do auxílio mútuo, no que se refere às necessidades materiais. Quem quer que possuísse bens, naturalmente compartilhava com os destruídos. Por causa desta postura caridosa e empática, “não havia, entre eles, necessitado algum” Atos 4:34. O Apostolo Paulo em Fp. 4.19, enfatizou o seguinte: O Meu Deus, segundo as suas riquezas suprirá todas as nossas necessidades em gloria, por Cristo Jesus.
Vinte e um séculos depois a comunidade dos cristãos passou a ser infiltrada por uma mentalidade estranha aquela teologia do primeiro século. Hoje, os bens deste mundo são para ser consumidos por nós, para tornar mais confortável nossa caminhada para o Reino dos Céus. De modo que, quase imperceptivelmente, passamos a viver e a pregar um cristianismo de individualismo, do “cada um por si mesmo”. Impressiona, por exemplo, o número de desempregados em muitas de nossas igrejas. O que impressiona mais, entretanto, é a insensibilidade com que os “irmãos na fé”, bem de vida, encaram os sofrimentos financeiros dos membros de sua própria igreja.
Em uma crise global, como a que enfrentamos, somente estão sobrevivendo os países que se empenham em resgatar seus cidadãos em necessidade. Se é que respeitamos a Bíblia, temos que levar a sério a caridade com os “domésticos da fé”. O caminho é levar a sério os princípios que os primeiros cristãos levaram a sério. Somos um corpo só. Se quisermos a saúde do todo, temos que zelar pela saúde de cada parte.
Os Ministros de Cristo têm duas prioridades: a oração e a proclamação da Palavra de Deus. Todavia, que jamais venhamos a descurar das obras de miseri­córdia. O Mestre jamais deixou de saciar os famintos. Por que agiríamos nós diferentemente? É hora, portanto, de zelarmos pelo ministério cotidiano, para que o nome de Cristo seja exaltado e magnificado sempre.
O crescimento da igreja primitiva estava interligado a União e Comunhão conforme At. 2.44-47, “Sou cem por cento a favor de Cristo, mas só cinqüenta por cento a favor da Igreja” – disse uma jovem universitária, quando lhe pediram uma opinião acerca do Cristianismo. Ela possuía um alto conceito de Cristo, mas não tão elevado em relação à Igreja. Quando perguntaram a Gandhi qual era, no seu entender, o maior inimigo de Cristo na Índia, ele respondeu: “ O Cristianismo”.
Este é o ponto de vista que o mundo tem em relação à Igreja e nós temos de perguntar-nos a nós mesmos se a visão que o mundo tem da Igreja contemporânea é correta, ou se, pelo contrário, não será demasiadamente exagerada. As pessoas do mundo vêem uma Igreja que está dividida em várias denominações, cada qual reivindicando o privilégio de “possuir a verdade”. Num quadro de anúncios de uma Igreja em certa cidade, estava escrita a seguinte inscrição: “Esta é a única Igreja autorizada por Deus para representar Jesus Cristo no mundo”. Naquela mesma cidade podiam-se encontrar mais quatro grupos evangélicos, cada qual reivindicando-se representante de Jesus Cristo.
Na verdade, isto fica muito a dever à maravilhosa unidade de comunhão expressa na Igreja do primeiro século. A vinda do Espírito Santo sobre as vidas dos primeiros cristãos produziu um espírito de união e unidade que ultrapassou de longe a qualquer coisa jamais experimentada pelo povo de Deus nos dias do Velho Testamento. Leia os primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos e verifique como o escritor enfatiza a unidade que existia no meio dos crentes.
Alguns amigos estarão agora perguntando: “Essa unidade é visível ou invisível?” A questão é válida. Alguns crentes enfatizam a invisibilidade da Igreja dos eleitos e afirmam que a unidade da Igreja só é possível neste sentido “invisível”. Outros crêem que o ensino do Novo Testamento é que a Igreja deve, na medida do possível, refletir a união e unidade da Igreja Corpo de Cristo. Por Igreja estamos a referir-nos àqueles, e somente àqueles que estão na fé e, por isso, em união com Cristo. De acordo com o Novo Testamento, só quem está em Cristo é que está na Igreja que é o Seu corpo: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos nós temos bebido de um Espírito”.
Se aceitarmos que estar em união com Cristo é estar dentro da Igreja, então aquilo que pensamos acerca da natureza da Igreja irá expressar a união que é desfrutada pelos crentes em Cristo. É possível enfatizarmos de tal maneira a natureza “invisível” da Igreja dos eleitos de Deus, que acabemos por tornar-nos completamente indiferentes em relação à unidade visível da Igreja local. Temos ouvido dizer mais de uma vez que “a unidade da Igreja local não é possível nem necessária, visto que a unidade de que o Novo Testamento fala é uma unidade invisível da Igreja universal; estamos todos unidos a Cristo em espírito”. Às vezes perguntamo-nos a nós mesmos se esta afirmação não é feita apenas como desculpa, numa tentativa de justificar a lamentável situação que hoje existe?
O Novo Testamento ensina indubitavelmente que a unidade espiritual deve ser visivelmente manifestada na Igreja local aqui na terra. De acordo com João 17 e Efésios 4:1-6, a unidade da Igreja tem uma manifestação visível. Marcellus Kik escreveu acerca de Jo 17:21: “Sem que haja uma união visível, como é que pode ter efeito o peso da petição de Cristo: "Que o mundo possa crer que Tu me enviaste?”“.
Esta unidade da Igreja é manifestada em várias formas:
  • Primeiro, em vida – Jo 17.21, 23;
  • Segundo, em santidade – Jo 7.6,15,16;
  • Terceiro em verdade – Jo 17.19;
  • Quarto, em amor – Jo 17.26.
Conclusão: Em nossos dias o descontentamento social tem levado muitos crentes para o vale da murmuração. A Igreja tem esquecido que é um corpo e como corpo os seus membros precisam estar em união e em comunhão uns com os outros conforme atos 2.44-47 .

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