quinta-feira, 26 de julho de 2018

O QUE É IGREJA SEGUNDO A BÍBLIA


Introdução: A Bíblia destaca vários pontos básicos sobre o que é a Igreja, dos quais podemos citar como exemplo:
      I.           A Igreja é a família de Deus Jo. 10.16, Somos irmãos em Cristo.  Tratamos uns aos outros como membros da mesma família: Não repreendas ao homem idoso, antes exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, com toda a pureza 1 Tm 5.1,2. Será que eu e você tratamos a nossa igreja local como nossa família?  Sentimos saudades quando precisamos nos ausentar das suas reuniões por um período?  Amamos nossos irmãos de fato?  Apoiamos os ministérios da igreja como atividades da nossa família?  Acolhemos pessoas novas como receberíamos visitas em casa? Fazemos sacrifícios em nome do amor pelos irmãos necessitados da família da fé Gl 6.10, assim como faríamos para nossos próprios familiares? Porque somos filhos do mesmo pai Ef. 2.18, a família de Deus na terra 3.15, 4.6, 1Pd. 5.2-4.
    II.           A Igreja é o templo do Espírito Santo 1Co. 3.16. Para Paulo a Igreja era o templo de Deus porque era a sociedade em que o Espírito de Deus habitava. Como disse Origens mais tarde: "Somos acima de todo o templo de Deus quando nos preparamos para receber o Espírito Santo." Mas, se os homens introduzirem discórdia, luta e divisões na sociedade e na comunidade da Igreja destroem o templo de Deus.
  III.           A Igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo exclusivo de Deus 1Pd. 2.9; 5:13. Quando falamos de relacionamento de homens para com Deus, existem pelo menos três povos sobre a terra. Primeiro: O povo que não quer saber de Deus. João 5.40 diz: ...contudo não quereis vir a mim para terdes vidas... Segundo: O povo que diz ser de Deus, mas não é. Tito 1.16 diz:...professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas suas obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra... E o terceiro grupo, é o povo exclusivo de Deus, conforme 1Pd.2.9.
 IV.           A Igreja é o Corpo de Cristo, a Noiva do Cordeiro Ef. 1.22,23, Na Bíblia, a igreja é chamada de o corpo de Cristo para explicar nossa união com Cristo e uns com os outros. Assim como todas as partes do corpo estão ligados e trabalham juntas, os cristãos devem trabalhar unidos para a obra de Deus. Assim como a cabeça comanda o resto do corpo, Jesus comanda a igreja. Ap.19.7, 21.2,9-27. A noiva é semelhante ao noivo. Por isso, está escrito em 1 Pedro 1.15: «Mas, como é Santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver.» Noiva de Cristo são aqueles que vão brilhar com uma clareza, pureza e santidade, assim como ele, que a chamou, é santo. «É-lhe dado vestir-se de puro linho fino. Porque o linho fino são as obras justas dos santos.» Ap. 19,8. A Noiva de Cristo está se preparando para ele, o noivo. Cada segundo que ela tem na terra, ela usa para se preparar para seu noivo. Seu vestido de linho fino não lhe é dado durante a festa de casamento, mas é algo que ela mesma se teceu, andando em justiça, enquanto ela estava aqui na terra.
   V.           A Igreja pertence a Deus e foi comprada com o sangue de Cristo Mt. 16.18. “Resgatada pelo seu próprio sangue At. 20.28”, Ef. 3:21, 5.25, 1Tm. 3.15,  Hb. 9.12.
 VI.           A Igreja é gloriosa, irrepreensível, sem mácula, sem ruga e vestida de justiça pelos méritos de Cristo Ef. 5.27. No lado espiritual, podemos entender que a mesma preocupação que as noivas têm com a sua vestimenta, a noiva de Cristo deve ter para o que está denominado na bíblia de “as bodas do cordeiro”. Sabemos, porém que nada corruptível, nem carne e nem sangue pode herdar o reino dos céus. Então como escolher e como zelar pelas nossas vestimentas espirituais? O primeiro passo está descrito em Ap. 3.5 – “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” Em primeira instância, somos presenteados com as vestes celestes (ou de salvação) pela graça e misericórdia de Deus no ato em que recebemos a salvação em Cristo Jesus. Ap. 19.8.
VII.           A Igreja revela a multiforme sabedoria de Deus Ef. 3.10. dois motivos para o mistério de cristo:
a)    A sabedoria de Deus ser experimentada pela a Igreja Ef. 3.10b.
b)    A  sabedoria de Deus ser exibida pelos anjos Ef. 3.10a.  
VIII.           A Igreja é perseguida pelos ímpios, mas guardada por Deus At. 8.1-3. A perseguição fez com que os cristãos ficassem dispersos, mas o interessante é que aonde os cristãos chegavam anunciavam a palavra de Deus e na medida, que a igreja se dispersava o evangelho se expandia At.8.4, muitas vezes precisamos deixar a zona de conforto para que haja um avanço na obra que Deus tem nos confiado.
Conclusão: A igreja de Cristo foi o grande projeto de Deus para a formação de uma família para si IICo.6.18, Ef.1.3-5

PB. RINALDO SANTANA


domingo, 22 de julho de 2018

NINGUÉM CRESCE SOZINHO ESPIRITUALMENTE


Introdução: Assim como uma criança aprende com seus pais e irmãos mais velhos a dar os primeiros passos, a pronunciar as primeiras palavras, você também precisa de irmãos e pais espirituais para crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos a você. Há igrejas nas quais as pessoas apenas vão fazer campanhas e buscar uma bênção. Isso é bom. Não é errado, mas comunhão é mais que isso. Podemos destacar três passos importantes:
1)    Buscar o novo convertido para os cultos. Os novos convertidos precisam ser contactados e levados para igreja;
2)    Integrar. Quando você busca um novo convertido, você se envolve com ele, quando você integra um novo convertido, ele se envolve na igreja local. O novo convertido precisa fazer parte do cotidiano da igreja. Nesta oportunidade é necessário apresentar o novo convertido aos demais irmãos a fim de  promover o entrosamento e o envolvimento com pessoas da igreja. Barnabé nos deu o exemplo quando buscou Saulo e o levou para a igreja, primeiro, em Jerusalém e, depois, em Antioquia. O Pr. Abe Huber faz a seguinte observação:
“Quando Barnabé o resgatou, Saulo era apenas um soldado. Na segunda Epístola a Timóteo, quando encerra o seu ministério, Paulo já é um general, um comandante vitorioso que ganhou grandes batalhas e grandes guerras para o Reino de Deus. Um general que conquistou muitos territórios, treinou muitos outros oficiais, que combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé. (II Timóteo 4.7)”
3)    Discipular. Jesus nos ordenou fazer discípulos e os ensinar a guardar tudo o que Ele mandou (Mt 28:20). A busca do novo convertido e sua integração da igreja devem conduzir ao discipulado, isto é, ao estudo da Palavra de Deus e a prática da vida cristã, do contrário, a igreja se tornaria apenas mais um clube social sem formar discípulos de Cristo.
O discipulado ajuda o novo convertido a viver uma vida cristã vitoriosa, a ter formado em si o caráter de Cristo, a vencer as tentações e as ciladas do inimigo.
A melhor forma de discipulado é o discipulado um a um, mas, se não for possível, classes especiais e equipes de visitação devem estar preparadas para ensinar ao novo convertido os princípios da fé cristã. Toda igreja local deve ter uma equipe de discipulado e visitação para acompanhar os novos convertidos e ajudá-los a crescer na fé.
Conclusão: Há ocasiões em que você precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado, perdoar, ser amado e amar. Para crescer, você precisa ter compromisso e relacionamento com Deus, e a única forma de tê-los é através do seu corpo, a igreja, a família espiritual.

PB. RINALDO SANTANA



segunda-feira, 2 de julho de 2018

A IMPORTÂNCIA DA COMUNHÃO


O ser humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia, assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano.
A verdadeira comunhão cris­tã gera frutos na vida da igreja, tornando-a verdadeiramente o Corpo de Cristo.

Sua igreja cultiva a verdadeira comunhão? É hora de voltarmos ao cenáculo e reviver os tempos de refrigério e avivamento. Somente uma igreja que experimenta a verdadeira comunhão com Cristo e com os seus membros em par­ticular, sobreviverá nestes tempos difíceis e trabalhosos. O Espírito Santo quer operar em nosso meio. Mas só o fará se estivermos viven­do a genuína comunhão cristã.

"No Pentecostes, depois da vin­da do Espírito Santo, o grupo de 120 explodiu! Em um dia três mil pessoas adotaram a fé, e passaram a servir a Cristo. Elas foram agregadas à igreja, isto é, imediatamente se uniram à co­munhão de crentes. Os três mil novos crentes se reuniram com os outros como eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes. Lucas ressaltou a natureza cotidiana das reuniões da igreja. Os crentes se reuniam tanto no templo ([...]), como em casa, para o partir do pão e, supostamente, para comunhão, para darem atenção às necessidades e para a prática da oração. Uma má interpretação co­mum sobre os primeiros cristãos (que eram judeus) era que eles rejeitavam a religião judaica. Mas estes crentes viram a mensagem e a ressurreição de Jesus como o cumprimento de tudo o que eles conheciam, e do Antigo Testamento e em que criam. A princípio, os crentes de origem judaica não se separaram do restante da comunidade judaica. Eles ainda iam ao Templo e às sinagogas para adorarem e aprenderem mais sobre as Escrituras. Mas a sua fé em Jesus Cristo criou um grande atrito com os judeus que não acreditavam que Jesus fosse o Messias. Assim, os crentes judeus eram forçados a se reunirem nas suas casas para compartilharem as suas orações e os ensinos a res­peito de Cristo. No final do século I, muitos desses crentes judeus foram excomungados das suas sinagogas" (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. l. RJ: CPAD, 2009, pp.632-34).

O Escritor aos Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb 10.25. É por meio de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e nos tornamos adultos, é assim também na vida espiritual, através de relacionamentos com os irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que evitam o relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do tabernáculo eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo de errar, que não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos irmãos. Quanto mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos tornamos aos irmãos. Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais distantes nos tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha intimidade com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus. Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam diariamente.  Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.