O ser
humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano
sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é
senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia,
assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma
coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano.
A verdadeira comunhão cristã gera frutos na vida da igreja, tornando-a
verdadeiramente o Corpo de Cristo.
Sua igreja cultiva a verdadeira comunhão? É hora de voltarmos ao
cenáculo e reviver os tempos de refrigério e avivamento. Somente uma igreja que
experimenta a verdadeira comunhão com Cristo e com os seus membros em particular,
sobreviverá nestes tempos difíceis e trabalhosos. O Espírito Santo quer operar
em nosso meio. Mas só o fará se estivermos vivendo a genuína comunhão cristã.
"No Pentecostes, depois da vinda do Espírito Santo, o grupo de 120
explodiu! Em um dia três mil pessoas adotaram a fé, e passaram a servir a
Cristo. Elas foram agregadas à igreja, isto é, imediatamente se uniram à comunhão
de crentes. Os três mil novos crentes se reuniram com os outros como eles,
pessoas de pensamento e fé semelhantes. Lucas ressaltou a natureza cotidiana
das reuniões da igreja. Os crentes se reuniam tanto no templo ([...]), como em
casa, para o partir do pão e, supostamente, para comunhão, para darem
atenção às necessidades e para a prática da oração. Uma má interpretação comum
sobre os primeiros cristãos (que eram judeus) era que eles rejeitavam a religião
judaica. Mas estes crentes viram a mensagem e a ressurreição de Jesus como o
cumprimento de tudo o que eles conheciam, e do Antigo Testamento e em que
criam. A princípio, os crentes de origem judaica não se separaram do restante
da comunidade judaica. Eles ainda iam ao Templo e às sinagogas para adorarem e
aprenderem mais sobre as Escrituras. Mas a sua fé em Jesus Cristo criou um
grande atrito com os judeus que não acreditavam que Jesus fosse o Messias.
Assim, os crentes judeus eram forçados a se reunirem nas suas casas para
compartilharem as suas orações e os ensinos a respeito de Cristo. No final do
século I, muitos desses crentes judeus foram excomungados das suas
sinagogas" (Comentário do Novo Testamento Aplicação
Pessoal. Vol. l. RJ: CPAD, 2009, pp.632-34).
O
Escritor aos Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb
10.25. É por meio de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e
nos tornamos adultos, é assim também na vida espiritual, através de
relacionamentos com os irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que
evitam o relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do
tabernáculo eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo
de errar, que não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos
irmãos. Quanto mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos
tornamos aos irmãos. Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais
distantes nos tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha
intimidade com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia
correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é
individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus.
Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A
comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não
perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros
cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam
diariamente. Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto
menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas
razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.
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