segunda-feira, 28 de maio de 2018

CINCO ATITUDES DE UMA PESSOA QUE PRODUZ DESUNIÃO


“Irmãos peço – vos, pela autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e numa só intenção. Pois, meus  irmãos, algumas pessoas da família de Cloé me contaram que há brigas entre vocês. O que eu quero dizer é isto: cada um de vocês diz uma coisa diferente. Um diz: ‘Eu sou de Paulo’; outro, ‘Eu sou de Apolo’; outro, ‘Eu sou de Pedro’; e ainda outro, ‘Eu sou de Cristo’. Por acaso Cristo foi dividido em várias partes? Será que Paulo morreu crucificado em favor de vocês? Ou será que vocês foram batizados em nome de Paulo?”. ICo.1.10-13
Introdução: A igreja de Corinto estava dividida em partidos – schismas em grego (cujo sentido primordial é rasgão, como de um tecido). Apelando à origem da palavra, a igreja de Corinto, como algumas contemporâneas se encontravam retalhadas por divisões, contendas e partidarismos. Em Ef. 4.3-4, Paulo admoesta aos irmãos daqueles tempos, e o mesmo Espírito fala hoje às igrejas a fim de que sejamos um no Senhor. Na verdade, é esse mesmo Espírito que trabalha em nós a espiritualidade, para que sejamos um no Senhor Jo. 17. 21-23. Vejamos cinco atitudes de quem causa desunião na igreja:
1)    Ela sempre procura se fechar em seu grupinho chamado panelinha. As panelinhas não abrem espaço aos novos convertidos, o que me faz remeter ao autor Norbert Elias, em seu livro "Os estabelecidos e os Outsiders" que mostra claramente essa problemática, em seu livro uma comunidade de estabelecidos (moradores há gerações na localidade) estigmatizam um grupo de Outsiders (recentes moradores). Elias concentra esforços em compreender a psicologia desses Iatores sociais. “Ademais, os membros do grupo das “famílias antigas” ligavam-se entre si por laços de intimidade emocional, que incluíam antigas amizades e velhas aversões. Assim como as rivalidades de status associadas a eles, também esses vínculos emocionais eram de um tipo que só se desenvolve entre seres humanos que vivenciam juntos um processo grupal de certa duração. Sem levá-los em conta, não é possível compreender as barreiras que os membros do grupo estabelecido de Winston Parva erguiam quando falavam de si como “nós” e dos recém chegados como “eles”. Uma vez que os laços mútuos resultantes desse processo grupal eram invisíveis, os recém-chegados, que de início perceberam os antigos residentes apenas como pessoas iguais a eles, nunca entendiam muito bem as razões de sua exclusão e estigmatização. Por sua vez, os antigos residentes só conseguiam explicá-las em termos de seus sentimentos imediatos, de sua sensação de pertencer a uma parte superior da vizinhança, com atividades de lazer, instituições religiosas e uma vida política local que eram apreciadas por todos, e não queriam misturar-se em sua vida particular com pessoas de áreas inferiores da localidade, a quem viam como menos respeitáveis e menos cumpridoras das normas do que eles. 
   Pois bem, abrindo mão do sociólogo e rumando para nosso maior referencial, Jesus Cristo, que resumiu todos os mandamentos em um só "Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” Jo 13:34. “Nosso amor por outro deve ser livre e de boa vontade. Devemos amar o próximo porque Cristo nos amou” Nesse versículo, Jesus deixa claro a importância do amor, tarefa difícil, mas fundamental na vida do cristão. Buscar a cada dia um amor sublime por seus semelhantes, da mesma forma entre irmãos, na igreja, onde devemos ser um só corpo, unidos, amando nosso irmão, como Cristo nos amou. O apostolo Paulo escrevendo sua primeira carta aos coríntios, por conta dos grupinhos que lá havia no Cap. 1 verso 13 Ele questiona com uma interrogação “Está Cristo dividido”? Paulo identifica quatro partidos na igreja de Corinto. Não se separaram dela; são divisões que existem dentro da igreja. A palavra que utiliza para descrevê-las é schismata, que significa rasgos num vestido. A igreja de Corinto está em perigo de converter-se em algo tão desagradável como um vestido rasgado.
   As principais escolas filosóficas da Grécia costumavam invocar o nome de seus fundadores e principais mestres. Esse costume poderia explicar a vanglória dos coríntios em seguir Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o Mestre de todos, Cristo.
  Os slogans usados pelos coríntios (“eu sou de…”) ratificam esse ponto. O problema tinha a ver com a tendência comum de alguns crentes de venerar líderes cristãos reconhecidos. Com exceção de Cristo, os nomes escolhidos pelos coríntios são de um apóstolo (Pedro e Paulo) ou de alguém associado com eles (Apolo): Paulo era o fundador apostólico da igreja 4.15; Apolo, por sua vez, embora não considerado como um apóstolo, era um pregador eloquente e tinha desenvolvido um ministério frutífero entre os coríntios, depois da partida de Paulo 3.6, cf. At 18.24-28, 19.1; E Pedro era o conhecido líder dos apóstolos, e muitos possivelmente teriam sido atraídos a ele, embora não seja certo que alguma vez ele haja visitado a igreja de Corinto.
  Os “de Cristo” são notoriamente difíceis de identificar. Embora a escolha do nome de Cristo tenha sido possivelmente uma reação ao partidarismo em torno de nomes de homens, os seus aderentes nada mais são que outro partido. Eles se vangloriavam de que seguiam a Cristo somente, e não a homens, mesmo que estes fossem apóstolos. Paulo os teria criticado pela forma facciosa com a qual afirmavam esta posição aparentemente correta. É provável que os membros do partido “de Cristo” eram os mesmos “espirituais”, um grupo na igreja que se considerava “espiritual” cf. 3.1; Paulo falou a respeito da diferença entre o homem espiritual (pneumatikos), e que portanto pode compreender as verdades espirituais, e aquele que é psuchikos, aquele cujos interesses, fins e ideias não vão para além da vida terrena ou física, e que portanto não pode compreender a verdade espiritual. 12.1; 14.37. Para eles, o conceito de ser “espiritual” estava relacionado com o uso dos dons espirituais, principalmente de línguas e de profecia. Este grupo, por causa do acesso direto que julgava ter a Deus, através dos dons, teria considerado desnecessário o ministério de Paulo, tinham-no em pouca conta, e mesmo queriam julgar a sua mensagem 1 Co. 4.3; 4.18-21; 8.1-2; 9.3. Esse seria o grupo “de Cristo,” cujos membros (em sua própria avaliação) não dependiam de homem algum, mas somente e diretamente do Senhor, através dos dons. Paulo faz pouco caso das suas reivindicações, e considera a igreja toda como sendo “de Cristo” cf. 3.23; 2 Co. 10.7.
  Paulo, entretanto, expõe a causa interna principal para as divisões entre os coríntios: eles ainda eram carnais 1 Co. 3.1-4; cf. Gl. 5.20. Esta carnalidade, embora deva ser interpretada primariamente como imaturidade, em contraste aos “maduros” ou “perfeitos” 1 Co. 2.6, carrega uma conotação ética, como a expressão “andar segundo os homens” 1 Co. 3.3 indica. “Andais como homens’, isto é, como homens sem regeneração. (Comparar com Mt. 16:23). ‘Segundo a carne e não segundo o Espírito’, conforme sucede aos regenerados pelo Espírito. (Ver Rm. 8:4 e Gl. 5:25,26)”. Podemos concluir que os partidos de Paulo, Apolo, Cefas e Cristo, que estavam rachando a igreja de Corinto, não eram partidos teológicos, isto é, aglutinados em torno da suposta teologia de cada um destes nomes. Mais provavelmente, os partidos se formaram a partir das preferências pessoais dos coríntios individualmente, tendo como impulso a sua imaturidade, sua carnalidade, e sua tendência, como gregos, de exaltar mestres religiosos. O partido de Cristo, por sua vez, havia se formado por outro motivo, a enfatuação religiosa produzida pelos dons carismáticos.
    A situação triste da igreja de Corinto nos fornece um retrato do espírito divisivo que ainda hoje permeia as igrejas evangélicas. É um texto básico para ser pregado e ensinado nas igrejas e seminários. Nem sempre os líderes são culpados do culto à personalidade que crentes imaturos lhes prestam. Paulo, Apolo e Pedro certamente teriam rejeitado a formação de fã-clubes em torno de seus nomes. De qualquer forma, os líderes evangélicos sempre deveriam procurar evitar dar qualquer ocasião para que isto ocorra, como o próprio Paulo havia feito 1 Co. 1.13-17. Infelizmente, o conceito de ministério que prevalece em muitos quartéis evangélicos de hoje é exatamente aquele que Paulo combate em 1 Coríntios.
2)    Ela é uma pessoa egoísta deseja tudo para si nunca compartilha com os outros. “Sede antes servos dos outros, pelo amor Gl. 5.13” A liberdade cristã não é libertinagem pela simples, mas a tremenda razão que o cristão não foi feito livre para pecar, mas sim, pela graça de Deus, é livre para não pecar. O cristão é aquele que pelo Espírito de Cristo que habita nele, está tão purificado do eu que ama a seu próximo como a si mesmo, algo que não é possível senão para o cristão. E na visão de Jesus, se eu não me amo não consigo igualmente amar a meu próximo uma vez que devo amá-lo como amo a mim mesmo. Precisamos cultivar uma auto-imagem equilibrada de nós mesmos. Somos filhos de Deus, mas não reinamos no mundo. Por outro lado precisamos exercitar a humildade sem permitir que as pessoas nos pisem ou tirem vantagem por isso. Eu e você precisamos ter um amor próprio equilibrado baseado na ótica da cruz, prisma pelo qual Deus nos enxerga.
  Quando nos comparamos com alguém fatalmente é para mostrar o quanto somos melhores ou o quanto somos piores que aquela pessoa. Nenhuma das duas visões seja a do “crente orgulhoso” seja a do “cristão coitadinho” combina com a forma pela qual Deus nos vê. Não medimos nosso valor nos comparando aos outros. Sequer nosso valor está em nossas concepções pessoais mais íntimas. Todavia nosso valor está no sangue de Cristo derramado na Cruz. 1Pd.1.18. Não foi mediante coisas corruptíveis. . . Que fostes resgatados. Aquelas eram pessoas simples e pobres. Pela segunda vez (cons. v. 7) Pedro se refere desdenhosamente à riqueza temporal quando comparada com a herança da salvação que não tem preço. Do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram. Pelo precioso sangue. . . de Cristo. A palavra precioso (gr., timios) é peculiaridade de Pedro. A ausência de pecado no Cordeiro, ou Seu sofrimento vicário, forneceram a base para uma nova e celestial escala de valores (Moody). Por isso todos podemos nos amar reflexivamente e mutuamente. Porque Ele nos amou primeiro e nos ensinou a fazê-lo. Precisamos aprender a amar como Deus ama. E isso é projeto para a vida toda.
3)    Ela tem uma atitude de concorrência. Sempre que chega alguém novo na igreja, ela quer se sobressair diante daquela pessoa, tem atitudes de desdém e ignora estas pessoas. “Paulo chama aos que assim agem como carnais ICo.3.1-3”. Alguém que consegue entender o que lhe é dito no sentido literal, cujos espíritos se desenvolverão mais tarde, mas que, por uma questão de desenvolvimento, são incapazes de entender as coisas espirituais.
   Na primeira visita de Paulo, os coríntios eram fracos, pelo simples motivo de que eram recém-convertidos. O apóstolo não os acusa por causa dessa condição. “Eles haviam recebidos alguns dos primeiros princípios bíblicos do cristianismo”, mas não tinha amadurecido para entendimento do mesmo ou para fé e santidade, não estavam desenvolvidos; todavia esta claro de acordo com algumas passagens na carta de Corinto, que os Coríntios eram muito orgulhosos de sua sabedoria e conhecimento. “É muito comum na igreja que pessoas de conhecimento e entendimento moderado sintam muito orgulho”. A chegada de um novo convertido na igreja é motivo de alegria para os maduros, que tem conhecimento e entendimento do Cristianismo, no sentido do crescimento do reino de Deus aqui na terra.  “ Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, que amam verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são frequentemente resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor Ef. 4:15-16. E que essa alegria deve culminar em incentivo para os novos convertidos, afim de que eles cresçam com rapidez no conhecimento e venham se tornar adultos, para que possam se alimentar de um alimento solido.
4)    Ela demonstra que só a igreja dela possui a salvação     outras pessoas de outras igrejas não são consideradas nem sequer irmãos. Esta não é a igreja que Cristo Sonhou. A Igreja não salva se o que salva na Igreja for algo que não seja a fonte de salvação. Ou seja, a Igreja nunca salvará ninguém se a fonte de salvação que ela propõe for ela por ela mesma. A Igreja não salva se o que salva na Igreja for algo que não seja a fonte de salvação. Ou seja, a Igreja nunca salvará ninguém se a fonte de salvação que ela propõe for ela por ela mesma. A igreja não salva, mas a igreja é para os salvos. A placa e o templo identifica uma denominação, local onde parte da igreja de Cristo se reúne.Jesus sonhou com uma igreja que encarnasse o seu amor Jo 15.12-17”. Os alicerces do templo sabemos muito bem onde estão. Mas onde está os alicerces da igreja, esse organismo vivo que Jesus sonhou edificar está no Senhor Mt. 16.18 “Em 1 Coríntios 3:11 Jesus é o único fundamento e ninguém pode estabelecer outro”.
5)    Porque às vezes ela não vai com o jeito da outra pessoa. Porque diz que a pessoa é careta, é chata, diferente, é feia, é gorda, é antipática, é amuada, é tímida e muitos outros adjetivos para justificar a atitude. IJo. 2.11 – “Aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os olhos” “Aquele que está possuído de malicia contra seu irmão está destituído da luz espiritual”. Há uma classe de pessoas que pregam o amor por outras nações, e que nunca conseguiram viver em paz dentro de seu próprio círculo familiar. João insiste no amor para com nossos irmãos, para com o homem com quem estamos em contato todo o tempo. “O amor capacita o homem a andar na luz; o ódio o leva às trevas, mesmo quando ele não compreenda que é assim”. (barclay).
    Conclusão: Viver em comunhão com todos é a base do cristianismo. O Salmista no salmos 133 nos deixa uma lição de união, oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união é como o óleo precioso. o óleo precioso que tipifica o "Espirito Santo" vejamos quão grande é o sentido da comunhão.
    
     PB. RINALDO SANTANA



quinta-feira, 24 de maio de 2018

ORAR SEM ESMORECER É DEVER DO CRENTE LC. 18.1


Introdução: Em Lc.18.1 Jesus ensina aos seus discípulos o “dever de orar sem esmorecer”. Orar sem esmorecer é perseverar em oração, sem desanimar, sem fraquejar, sem parar. São poucas as pessoas perseverantes e determinadas que iniciam um projeto e conseguem ir até o fim, a grande maioria tem tendência a desistir no meio do caminho, principalmente se o projeto for demorado.
E infelizmente, sabemos que quem forma o hábito de começar sem acabar, forma o hábito de fracassar, e é por isso, que vemos tantas pessoas fracassadas por ver os seus projetos falidos. Porem tal fracasso se deu por falta de perseverança dos mesmos.
Muitas pessoas, por preguiça de orar, preferem se apegar a Mt.6.8 que diz que o “Pai sabe das nossas necessidades antes mesmo de pedirmos”, mas temos que nos lembrar, que neste contexto, Jesus se referia à prática das vãs repetições usada pelos gentios, e Ele ensinava aos discípulos justamente o contrário, - devemos nos dirigir ao Pai com nossas petições. 
Às vezes começamos muito com um projeto de orar por uma causa. Passa uma semana, um mês, dois, três, se não temos resposta, começamos a desanimar. A falta de perseverança e determinação, é um costume pernicioso e prejudicial em todas as áreas de nossa vida. Precisamos banir esse mau hábito de nossa vida. Mt. 24.13  Jesus disse: "Mas aquele que persevera até o fim este será salvo". 
Há gente cujo amor se esfriará devido à carência cada vez maior de lei no mundo. O cristão autêntico é aquele que se aferra a sua crença, quando esta passa por maiores dificuldades e aquele que, nas circunstâncias mais adversas, nega-se a acreditar que o braço de Deus se cortou ou que seu poder decresceu”. (Barclay).
a)   Quem persevera na oração nunca desiste Lc.18.1-5.
                          I.         A oração é um dever. De acordo com Jesus orar para o crente não é uma questão opcional, mas, uma tarefa obrigatória. Lc.18.1a.
                        II.          A oração é um dever. De acordo com Jesus orar para o crente não é uma questão opcional, mas, uma tarefa obrigatória. Lc.18.1b.
                      III.         A oração constante só reconhece um tempo, isto é, o sempre. Devemos orar sempre, o tempo todo, em todas as circunstâncias, indiferente das múltiplas adversidades e das diversas situações. Lc.1.18b.
b)   Quem persevera na oração é privilegiado Lc.18.7.
                       I.         Contudo, por causa da perseverança da viúva, o juiz resolveu atendê-la. Cristo chama a atenção para o seguinte fato: “Considerai no que diz este juiz iníquo” Lc 18. 6. 
                     II.         Cristo estimula os crentes para que orarem sem esmorecer, porque Deus escuta os seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite. Lc.18.7.
                   III.         A nossa perseverança em oração deve passar pelo crivo do privilégio que temos. Lc.18.7c.
c)    A perseverança na oração é o termômetro da fé Lc.18.8.
“Isto é certo, mas devemos lembrar sempre que não há razão para esperar obter tudo o que pedimos em oração. Muitas vezes um pai tem que negar o pedido de seu filho, porque sabe que o que pede o machucará em vez de ajudá-lo. Deus é assim. Não sabemos o que vai acontecer na próxima hora, ou na semana seguinte ou em um mês, ou em um ano. Só Deus vê o tempo em sua totalidade, e, portanto, só ele sabe o que é bom para nós à prazo. Esta é a razão pela qual Jesus disse que não devemos nos desalentar ao orar. Esta é a razão pela qual duvidava se a fé do homem suportaria a longa espera antes que o Filho do Homem chegasse. Não nos cansemos de orar e nunca nos faltará a fé, se depois de haver devotado a Deus nossas orações e pedidos, agregamos a oração perfeita: que se faça sua vontade”.
                       I.         Entre os benefícios de quem ora está o significativo estimulo à fé, quando se contempla e declara a grandeza de Deus IISm.7.22.
                     II.         Dar o devido valor ao povo remido de Deus, aqueles que lhes pertencem para sempre, é igualmente importante IISm.7.23,24
                   III.         A nossa oração deve abranger tanto a casa de Deus como a casa dos servos de Deus IISm.7.25-29.
Conclusão: a nossa oração deve estar em consonância com a vontade de Deus. Enquanto a vontade divina não estiver determinada, pouca expectação poderá haver de que receberemos  respostas positivas das nossas orações.

PB. RINALDO SANTANA






quarta-feira, 23 de maio de 2018

QUATRO PILARES DA IGREJA PRIMITIVA



Introdução: O papel da igreja é ganhar almas, porem ela tem perdido muito. É a partir daí que devemos pensar... Será que vocês já fizeram um analise de quantas almas foram ganhas este ano para Cristo? E já analisaram quantas se perderam? “A Bíblia diz: pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” Mc.8.36  Se o  valor de uma alma é  maior que o mundo inteiro; é capaz de se calcular o tamanho da perda?
Em estudos feitos recentes em faculdades teológicas, a avaliação que se tem, é que um dos grandes motivos destas perdas é a falta de comunhão, a falta de união no meio da igreja. Em atos dos apóstolos capitulo dois e versículo 42 aponta quatro grandes pilares que contribuíam para o crescimento da igreja primitiva: “A perseverança na Doutrina, na Comunhão, no Partir do Pão e nas Orações”. Vejamos com detalhes cada um desses pilares:
1.   Perseveravam na doutrina dos apóstolos v.42a – “Mt. 28. 18 – 20. para perseverar na doutrina dos apóstolos é necessário conhecer intimamente a dita doutrina, estudando as Escrituras de versículo em versículo, participando de todo o coração dos cultos domésticos, aproveitando das lições da Escola Dominical e assistindo as pregações da palavra”. Em Mt.28.18 A Jesus é dada autoridade na terra e nos céus, no versículos 19 – 20a Jesus dá uma tarefa a comissão, formada pelos discípulos, que devem alcançar e ensinar todas as nações. “confirmando a sua presença com eles”. Entendemos que a igreja esta incumbida de fazer a maior missão do mundo, mas com ela está a maior presença no mundo. O ensinamento na primeira igreja foi chamado a doutrina dos apóstolos. Jesus revelou a sua vontade aos apóstolos e mandou que eles a entregassem ao mundo. Observe que este ensinamento não foi chamado “a doutrina da igreja”. A doutrina da igreja primitiva veio dos apóstolos porque eles a receberam diretamente de Deus. Todos os membros da primeira congregação foram dedicados à palavra. Todos desejavam aprender. Isso não significa que todos fossem mestres ou peritos.
Os primeiros cristãos desejavam aprender porque queriam fazer. O cristianismo não é uma busca acadêmica. No livro de Atos, Lucas escreveu sobre vidas transformadas, não sobre formaturas de faculdades. Os Tessalônicos suportaram perseguições. Os efésios queimaram livros de artes mágicas. Um casal, Áqüila e Priscila, saíram de Roma, foram para Corinto e depois para Éfeso, e depois voltaram para Roma pelo seu desejo de divulgar o evangelho. Pessoas de fé se mostram dedicadas em ouvir e praticar!
2.   Perseveravam… na Comunhão At.2.42b: (Koinonia) significa: participação de algo indivisível. Podemos entender comunhão como unidade, pois ter algo em comum é o mesmo que ter unidade na igreja “Alegravam-se na convivência daqueles que criam como eles mesmos criam. Os crentes, muitas vezes, procuram alegrar-se com aqueles que vivem fora da igreja. Mas a mais doce comunhão encontra-se com os que amam o mesmo Salvador que eles amam”. Quando Jesus se preparou para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" Jo.17:20-21 – assim Jesus ora pela unidade entre os crentes e ele mesmo; entre os crentes e o pai e entre os crentes e outros crentes, tendo o mesmo caráter e a mesma unidade que ele tem com o pai.
“A historia da igreja cristã oferece também varias provas amplas de que essa oração é necessária! A maioria do povo judeu fica ao menos confusa, se não escandalizada, pelas distinções entre vários tipos de cristãos que parecem dividir-se mais do que se unir”. Quantas vidas têm sido sacrificadas através dos séculos pelas guerras entre cristãos? Como frequentemente a mídia relata conflitos de grupos de cristãos contra outros.
“Contudo”, tão sérios quantos as “cismas” entre as varias denominações cristãs: “centenas de milhares de denominações protestantes (a maioria das quais esta numa posição versus a outra), milhares de denominações de uma única igreja sem uma filiação organizacional”.
Não é de se admirar, então, que Jesus orasse como orou. Enquanto as Escrituras declara que já há uma unidade espiritual entre os crentes e Cristo Rm.12.4. O povo de Deus é uma unidade orgânica, um corpo. ICo.12.4,5 Cada membro do corpo recebe dons vv.6-8, que devem ser usados devidamente e não abusados. Cl.18; 2.19 – Portanto, todos os membros do corpo de Cristo, judeus ou gentios, escravos ou livres, tem seus lugares determinados por Deus e tem funções apropriadas (ministérios), que devem descobrir e desenvolver, confiando em Deus para receber do Espirito Santo o poder. Eles deveriam ter apreço e não inveja, pelos dons e ministérios de outras pessoas. O proposito dos dons não é o engrandecimento pessoal, mas a edificação de todo corpo em amor.
A importância da comunhão
O ser humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia, assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano. O Escritor aos Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb 10.25. É por meio de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e nos tornamos adultos, é assim também na vida espiritual, através de relacionamentos com os irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que evitam o relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do tabernáculo eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo de errar, que não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos irmãos. Quanto mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos tornamos aos irmãos. Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais distantes nos tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha intimidade com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus. Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam diariamente.  Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.
1. Você é parte da família de Deus
A Bíblia ensina que somos da família de Deus Gl 6.10; “Aqueles que semeiam o que é bom herdarão a vida eterna”   Ef 2.19. O que une você a seus irmãos naturais é muito mais que viver debaixo do mesmo teto. Vocês são irmãos porque levam a mesma carga genética de sua família. O mesmo se aplica à igreja. Somos uma família, compartilhamos a mesma vida que vem de Cristo, temos a mesma carga genética espiritual: somos filhos de Deus. Isso também nos fala de um mesmo tipo de vida. Porque você agora é luz, não pode mais ter comunhão com as trevas. Para esse tipo de convivência, você precisa da sua família espiritual.
2. Ninguém cresce sozinho
Assim como uma criança aprende com seus pais e irmãos mais velhos, você também precisa de irmãos e pais espirituais para crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos a você. Há igrejas nas quais as pessoas apenas vão fazer campanhas e buscar uma bênção. Isso é bom. Não é errado, mas comunhão é mais que isso. Há ocasiões em que você precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado, perdoar, ser amado e amar. Para crescer, você precisa ter compromisso e relacionamento com Deus, e a única forma de tê-los é através do seu corpo, a igreja, a família espiritual.
3. A comunhão é proteção espiritual
Não é difícil imaginar o que acontece com uma brasa sozinha, fora do braseiro. Você percebe que, cada vez que nos reunimos, estamos nos aquecendo mutuamente? Também nem é preciso discutir a inutilidade de um soldado que vai sozinho à guerra. Nenhum soldado vai à guerra sozinho. A comunhão da igreja é segurança espiritual para você. Por meio dela, seu fogo é mantido e suas batalhas são vencidas. Em Eclesiastes, aprendemos que o cordão de três dobras não se rompe facilmente Ec 4.9-12. Isto provavelmente se refere à vantagem do companheirismo e significa que se a comunhão com dois é boa, então com três ainda é melhor.
4. A comunhão traz a presença de Deus
A unção que se manifesta na comunhão é maior do que a unção individual. Se eu junto a minha unção com a sua, já temos uma unção maior. Então, imagine o que acontece quando uma multidão resolve ministrar a Deus. A unção é poderosa ali, é maior. Por isso, o Senhor disse que, onde houver dois ou três reunidos no nome d’Ele, ali Ele estará no meio deles Mt 28.20. uma promessa bendita da presença de cristo para a comissão, que daria continuidade a obra. De certa forma, estar fora da comunhão é o mesmo que estar distante da presença do Senhor. Normalmente, as pessoas se expressam por meio do próprio corpo. Se, porém, de alguma forma, nosso corpo está inválido, então não temos como nos expressar e fazer o que queremos. O mesmo princípio se aplica a Cristo e à igreja. A igreja é o corpo de Cristo e é por meio dela que Ele se expressa.
5. O poder é liberado na comunhão
Certas orações só serão atendidas se orarmos juntos, em concordância, em comunhão Mt 18.19. Há muita coisa que você poderá fazer sozinho, mas as maiores e as mais importantes sempre deverão ser feitas em equipe. Todas as grandes conquistas, todas as grandes obras foram resultado de trabalho em equipe. Jesus disse que é preciso haver concordância. Você precisa estar nas reuniões da igreja para concordar a respeito do mover de Deus, da obra de Deus.
6. A comunhão manifesta o amor de Deus
Uma das orações mais fantásticas da história está em João 17. Ali, Jesus pede ao Pai algo simplesmente espantoso: que os irmãos na igreja sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Você consegue imaginar isso? Jesus é um só Deus junto com o Pai. Mas o mais extraordinário é o motivo pelo qual Ele fez essa oração. Ele disse: E como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste Jo17.21;23.O mundo somente crerá em Jesus se vivermos uma vida de comunhão e unidade.
Na verdade, Jesus disse que só nos reconheceriam como seus discípulos se amássemos uns aos outros Jo 13.35. Quando, as pessoas de fora perceberem o carinho que temos uns pelos outros, elas serão fortemente tocadas pelo poder de Deus.
Normalmente, as pessoas se convertem primeiro a nós e só depois a Jesus. Primeiro, elas desejam a nossa comunhão e só depois aprendem a ter comunhão com Deus. Isso acontece porque é na comunhão amorosa dos irmãos que o mundo conhece a Jesus.
7. Somos membros uns dos outros
A ordem de Deus para nós é que sirvamos uns aos outros IPd 4.10. A igreja é o sonho que estava oculto no coração de Deus desde a eternidade. Você tem o privilégio de ser parte desse sonho de Deus. A palavra “comunhão”, koinnonia no original grego, literalmente significa “vida compartilhada”. Ninguém possui a plenitude de Cristo dentro de si. Mas, quando temos comunhão, é como se as diversas partes se juntassem e formassem um todo.
A marca da igreja cristã é a comunhão. Sem amor uns pelos outros, não podemos ser conhecidos como discípulos de Cristo. Somos um corpo, um rebanho, uma família, ramos da mesma videira, pedras do mesmo santuário.  A falta de comunhão é sinal de carnalidade e infantilidade.
Como ter comunhão em uma igreja tão grande
Comunhão é muito mais que ir ao culto e sentar-se ao lado de um irmão cujo nome, provavelmente, você nem sabe. Há uma comunhão espiritual que une todos os crentes de todas as épocas. Isso é real e muito bom, mas nós também precisamos de uma comunhão viva que envolva comunicação. Todos necessitamos conhecer e ser conhecidos, compartilhar nossa vida e nos sentir parte de uma comunidade.
3.Perseveravam… no partir do pão At.2.42c. Isto se refere a Ceia do Senhor. Ao participarem do pão, ao participarem do pão e do cálice, lembravam-se novamente de Cristo crucificado e do rei que vinha. Como podemos ausentar – nos da mesa do Senhor sem sofrer de fraqueza espiritual?
       a)  O partir do pão fala da nossa participação com Cristo, no que diz respeito a sua morte e ressurreição. Cristo nos atraiu na sua morte “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isso significando de que morte havia de morrer” Jo. 12.32,33. Em Cristo fomos mortos para a vida de pecado; e nele fomos ressuscitados para uma nova vida Rm.6.3-6.
     b)  O partrir do pão fala da nossoa comunhão com Cristo e com os irmãos em Cristo formando com Cristo um só crpo ICo.12.27;Rm.12.5; Ef.1.22,23 Em Jesus todos os homens e todas as nações podem ser um. Mas antes de que isto aconteça todos os homens e todas as nações devem conhecer Jesus Cristo; sua verdade, sua graça, seu perdão e seu amor devem transmitir-se a todos os homens Cl.1.24. não que o sofrimento de Paulo fosse uma expiação pelo pecado como o sofrimento de Cristo foi. Porem o sofrimento de Paulo e de outros bons ministros assemelhava a Cristo.
      c)  O partir do pão fala do sacrifício de Cristo como alimento para nossa alma; pois está escrito: “Quem come a minha carne e bebe o sangue permanece em mim, e eu nele” Jo.6.56. Rm.6.3-6 fala de Cristo nos atraindo para participarmos com ele na sua morte e ressureição; agora, é nós que, pelo o partir do pão, atraímos a vida de Cristo para preencher e governar a nossa vida Gl.2.20
    d)  Através do partir do pão expressamos nossa gratidão eterna uma perene ação de graça (gr. Eucaristia), lembrando          que Deus nos amou de tal maneira que deu o seu filho único para morrer em nosso lugara fim de nos resgatar da maldição, fazendo – se maldição por nós Jo.3.16; Gl.3.13.
    e)   O partir do pão é um memorial Lc.22.19, que vem fortalecer a nossa vida cristã e deixar bem vivo na nossa memoria a motivação para vivermos uma nova vida, em Cristo jesus. Por isso a Biblia diz: “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” IICo.5.17.
    f)     O partir do pão lembra que somos um só corpo, em Jesus Cristo; então mais do que um ato realizado de maneira periódica, o partir do pão deve ser vivido por nós, em cada momento da nossa vida cristã.
4.Perseveravam… nas orações at.2.42d. Os discípulos em Jerusalém passavam muito tempo em oração At.1.14 Eles oravam frequentemente e se demoravam em oração. Nunca perdiam uma hora de oração. Os recém salvos adotaram logo o mesmo costume. Os crentes no pentecoste não fizera, como muitos: uma vez batizados no Espirito Santo, não deixaram de orar.

PB. RINALDO SANTANA


quinta-feira, 10 de maio de 2018

A ÉTICA CRISTÃ E DOAÇÃO DE ORGÃOS


Introdução: Não é própria do ser humano a ideia de doar, porem a lição que temos do Mestre, o Senhor Jesus Cristo é que: a demonstração do nosso amor está proporcionalmente ligada ao amor que temos ao nosso próximo. Assim sendo a doação de órgãos “expressa o verdadeiro amor cristão”. Em IJo.3.17,18 “Quem, pois tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos não amemos de palavras, nem de língua, mas por obra e em verdade”. Agrada a Deus que alguns dos irmãos cristãos sejam pobres para o exercício da caridade e amor daqueles que são ricos. Agrada ao mesmo Deus dar bens a alguns dos irmãos cristãos neste mundo para que possam exercitar a sua virtude em comunicar (em compartilhar) com os santos.
                              I.         DOAÇÃO DE ORGÃOS: CONCEITO GERAL
1)    Definição de transplante. É a substituição de um órgão enfermo por um saudável. A doação engloba basicamente a técnica de transplante e as pesquisas com células-tronco adultas embrionária. “As células tronco embrionárias são extraídas do doador na fase de mórula do zigoto. Essas são totipotentes e possuem grande capacidade de se transformar em outros tipos celulares, até mesmo de gerar um indivíduo por completo”. “como a Bíblia ensina que a vida está na fecundação Jr. 1.5”. A Ética Cristã desaprova o uso das células tronco embrionárias.
2)    O conceito de doação na Biblia. As Escrituras assevera que: “Bem – Aventurada coisa é dar do que receber At.20.35”. O Apostolo Paulo trabalhava para suprir as próprias necessidades; contudo, ele guardava um pouco do que recebia para aliviar os outros.
A reciprocidade estar no gesto de doar “dai e ser-vos-á dado Lc.6.38”. Se formos generosos Deus nos recompensará com a mesma medida. “Esta passagem encerra dois grandes aspectos da ética cristã”.
1) A ética cristã é positiva. Não consiste em não fazer coisas, e sim em fazer coisas. Jesus nos deu a Regra Áurea que nos ordena fazer a outros o que nós gostaríamos que outros nos fizessem.
2) A ética cristã está apoiada na coisa extra. Jesus descreveu os caminhos comuns da conduta consciente e logo os despediu com esta pergunta: "Que mérito têm?" Muitas vezes a pessoa diz ser tão boa como seus vizinhos. Provavelmente o sejam. Mas a pergunta de Jesus é a seguinte: "Quão melhores são que as pessoas comuns?" Não devemos nos comparar com nossos vizinhos; essa comparação pode ser muito adequada; devemos nos comparar com Deus; e nesta comparação todos nos encontramos em falta.

3)    A doação de si mesmo: pertencemos a Deus: Sl.116.12. “O que darei ao Senhor, por todos os beneficio que me tem feito? O Salmista fala de todos os seus benefícios, sensível a todas as misericórdias que recebeu de Deus. Não é que tenha pensado em retribuir proporcionalmente o que recebeu, mas gostaria de oferecer algo aceitável como reconhecimento de uma mente agradecida.
                                     II.         EXEMPLOS DE DOAÇÃO NA BIBLIA
1)    O Exemplo dos Galatas:  A igreja de da Galacia foi fundada por Paulo e na ocasião Paulo deixou transparecer que sofria de uma doença, doença essa que os historiadores e pesquisadores  não descobriram a ponto de afirmar qual era a doença que afligia o apostolo, em Gl, 4.13,14,15 parece ser uma doença nos olhos, quando Paulo dar testemunho dizendo que: se possível fora, arrancarieis os olhos, e mos daríeis.
2)    O desprendimento de Paulo 2Co,12.15 -  “Paulo fala aqui de suas várias formas de labor, incluindo o trabalho manual, realizado a fim de sustentar-se, e que haveria de caracterizar a sua permanência em Corinto. Paulo estava pronto para trabalhar e sofrer dificuldades”.
3)    A Suprema doação de Cristo. Jo. 10.18 – As Escrituras afirmam que essa doação estava fundamentada no seu amor para conosco. “Quando se defrontou com Pilatos, Jesus deixou bem claro que não era Pilatos quem o condenava, mas foi Jesus quem aceitava a morte (João 19:9-10). Jesus não foi uma vítima das circunstâncias. Não foi como um animal a quem se arrasta ao sacrifício contra sua vontade e que se debate nos braços do sacerdote sem saber o que acontece. Jesus entregou sua vida voluntariamente porque escolheu fazê-lo”.  “Não perdeu sua vida; entregou-a. Não o mataram; escolheu morrer. Não lhe foi imposto a cruz, aceitou-a voluntariamente, por nós”.
                                  III.         DOAR ORGAOS É UM ATO DE AMOR
1)    O principio da empatia e da solidariedade. A doação de órgãos pode ser definida por gesto de solidariedade, através da sensibilidade, quando uma pessoa tem a capacidade de sentir o que a outra estar sofrendo o ensinamento de Cristo foi; o que vós quereis que os homens vos faça assim façais a eles.
2)    O principio do verdadeiro amor. Mt.22.37-4 - Nosso amor a Deus deve manifestar-se em amor aos semelhantes. De fato, a única forma pela qual alguém pode demonstrar que ama a Deus é através de seu amor aos semelhantes. Mas devemos nos fixar na ordem em que aparecem os mandamentos; primeiro vem o amor a Deus e logo o amor aos semelhantes. “Só quando amamos a Deus sentimos o desejo de amar os semelhantes”. (Barclay).
Conclusão: Se você quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.

PB RINALDO SANTANA