Introdução: O papel da igreja é ganhar
almas, porem ela tem perdido muito. É a partir daí que devemos pensar... Será
que vocês já fizeram um analise de quantas almas foram ganhas este ano para
Cristo? E já analisaram quantas se perderam? “A Bíblia diz: pois que
aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” Mc.8.36 Se o
valor de uma alma é maior que o
mundo inteiro; é capaz de se calcular o tamanho da perda?
Em estudos feitos recentes em faculdades teológicas, a avaliação que se tem, é que um dos grandes motivos destas perdas é a falta de comunhão, a falta de união no meio da igreja. Em atos dos apóstolos capitulo dois e versículo 42 aponta quatro grandes pilares que contribuíam para o crescimento da igreja primitiva: “A perseverança na Doutrina, na Comunhão, no Partir do Pão e nas Orações”. Vejamos com detalhes cada um desses pilares:
Em estudos feitos recentes em faculdades teológicas, a avaliação que se tem, é que um dos grandes motivos destas perdas é a falta de comunhão, a falta de união no meio da igreja. Em atos dos apóstolos capitulo dois e versículo 42 aponta quatro grandes pilares que contribuíam para o crescimento da igreja primitiva: “A perseverança na Doutrina, na Comunhão, no Partir do Pão e nas Orações”. Vejamos com detalhes cada um desses pilares:
1.
Perseveravam na doutrina dos
apóstolos v.42a – “Mt.
28. 18 – 20. para perseverar na doutrina dos apóstolos é necessário conhecer
intimamente a dita doutrina, estudando as Escrituras de versículo em versículo,
participando de todo o coração dos cultos domésticos, aproveitando das lições
da Escola Dominical e assistindo as pregações da palavra”. Em Mt.28.18 A Jesus
é dada autoridade na terra e nos céus, no versículos 19 – 20a Jesus dá uma
tarefa a comissão, formada pelos discípulos, que devem alcançar e ensinar todas
as nações. “confirmando a sua presença com eles”. Entendemos que a igreja esta
incumbida de fazer a maior missão do mundo, mas com ela está a maior presença
no mundo. O
ensinamento na primeira igreja foi chamado a doutrina dos apóstolos. Jesus
revelou a sua vontade aos apóstolos e mandou que eles a entregassem ao mundo.
Observe que este ensinamento não foi chamado “a doutrina da igreja”. A doutrina da igreja primitiva veio
dos apóstolos porque eles a receberam diretamente de Deus. Todos os membros da
primeira congregação foram dedicados à palavra. Todos desejavam aprender. Isso
não significa que todos fossem mestres ou peritos.
Os
primeiros cristãos desejavam aprender porque queriam fazer. O cristianismo não
é uma busca acadêmica. No livro de Atos, Lucas escreveu sobre vidas
transformadas, não sobre formaturas de faculdades. Os Tessalônicos suportaram
perseguições. Os efésios queimaram livros de artes mágicas. Um casal, Áqüila e
Priscila, saíram de Roma, foram para Corinto e depois para Éfeso, e depois
voltaram para Roma pelo seu desejo de divulgar o evangelho. Pessoas de fé se
mostram dedicadas em ouvir e praticar!
2. Perseveravam… na Comunhão At.2.42b: (Koinonia) significa:
participação de algo indivisível. Podemos entender comunhão como unidade, pois
ter algo em comum é o mesmo que ter unidade na igreja “Alegravam-se na convivência
daqueles que criam como eles mesmos criam. Os crentes, muitas vezes, procuram
alegrar-se com aqueles que vivem fora da igreja. Mas a mais doce comunhão
encontra-se com os que amam o mesmo Salvador que eles amam”. Quando Jesus se
preparou para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade
dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles
que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos
sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós;
para que o mundo creia que tu me enviaste" Jo.17:20-21 – assim Jesus ora
pela unidade entre os crentes e ele mesmo; entre os crentes e o pai e entre os
crentes e outros crentes, tendo o mesmo caráter e a mesma unidade que ele tem
com o pai.
“A
historia da igreja cristã oferece também varias provas amplas de que essa
oração é necessária! A maioria do povo judeu fica ao menos confusa, se não
escandalizada, pelas distinções entre vários tipos de cristãos que parecem
dividir-se mais do que se unir”. Quantas vidas têm sido sacrificadas através
dos séculos pelas guerras entre cristãos? Como frequentemente a mídia relata
conflitos de grupos de cristãos contra outros.
“Contudo”,
tão sérios quantos as “cismas” entre as varias denominações cristãs: “centenas
de milhares de denominações protestantes (a maioria das quais esta numa posição
versus a outra), milhares de denominações de uma única igreja sem uma filiação
organizacional”.
Não é de se admirar, então, que
Jesus orasse como orou. Enquanto as Escrituras declara que já há uma unidade espiritual
entre os crentes e Cristo Rm.12.4. O povo de Deus é uma unidade orgânica, um
corpo. ICo.12.4,5 Cada membro do corpo recebe dons vv.6-8, que devem ser usados
devidamente e não abusados. Cl.18; 2.19 – Portanto, todos os membros do corpo
de Cristo, judeus ou gentios, escravos ou livres, tem seus lugares determinados
por Deus e tem funções apropriadas (ministérios), que devem descobrir e
desenvolver, confiando em Deus para receber do Espirito Santo o poder. Eles
deveriam ter apreço e não inveja, pelos dons e ministérios de outras pessoas. O
proposito dos dons não é o engrandecimento pessoal, mas a edificação de todo
corpo em amor.
A
importância da comunhão
O ser
humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano
sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é
senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia,
assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma
coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano. O Escritor aos
Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb 10.25. É por meio
de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e nos tornamos
adultos, é assim também na vida espiritual, através de relacionamentos com os
irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que evitam o
relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do tabernáculo
eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo de errar, que
não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos irmãos. Quanto
mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos tornamos aos irmãos.
Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais distantes nos
tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha intimidade
com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia
correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é
individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus.
Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A
comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não
perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros
cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam
diariamente. Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto
menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas
razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.
1. Você é parte da família de Deus
A Bíblia ensina que somos da
família de Deus Gl 6.10; “Aqueles que semeiam o que é bom herdarão a vida
eterna” Ef 2.19. O que une você a seus
irmãos naturais é muito mais que viver debaixo do mesmo teto. Vocês são irmãos
porque levam a mesma carga genética de sua família. O mesmo se aplica à igreja.
Somos uma família, compartilhamos a mesma vida que vem de Cristo, temos a mesma
carga genética espiritual: somos filhos de Deus. Isso também nos fala de um mesmo
tipo de vida. Porque você agora é luz, não pode mais ter comunhão com as
trevas. Para esse tipo de convivência, você precisa da sua família espiritual.
2. Ninguém cresce sozinho
Assim como uma criança aprende
com seus pais e irmãos mais velhos, você também precisa de irmãos e pais
espirituais para crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos a você.
Há igrejas nas quais as pessoas apenas vão fazer campanhas e buscar uma bênção.
Isso é bom. Não é errado, mas comunhão é mais que isso. Há ocasiões em que você
precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes
carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado, perdoar, ser amado e amar.
Para crescer, você precisa ter compromisso e relacionamento com Deus, e a única
forma de tê-los é através do seu corpo, a igreja, a família espiritual.
3. A comunhão é proteção espiritual
Não é difícil imaginar o que
acontece com uma brasa sozinha, fora do braseiro. Você percebe que, cada vez
que nos reunimos, estamos nos aquecendo mutuamente? Também nem é preciso
discutir a inutilidade de um soldado que vai sozinho à guerra. Nenhum soldado
vai à guerra sozinho. A comunhão da igreja é segurança espiritual para você.
Por meio dela, seu fogo é mantido e suas batalhas são vencidas. Em Eclesiastes,
aprendemos que o cordão de três dobras não se rompe facilmente Ec 4.9-12. Isto provavelmente se
refere à vantagem do companheirismo e significa que se a comunhão com dois é
boa, então com três ainda é melhor.
4. A comunhão traz a presença de
Deus
A unção que se manifesta na
comunhão é maior do que a unção individual. Se eu junto a minha unção com a
sua, já temos uma unção maior. Então, imagine o que acontece quando uma
multidão resolve ministrar a Deus. A unção é poderosa ali, é maior. Por isso, o
Senhor disse que, onde houver dois ou três reunidos no nome d’Ele, ali Ele
estará no meio deles Mt 28.20. uma promessa bendita da presença de cristo para
a comissão, que daria continuidade a obra. De certa forma, estar fora da
comunhão é o mesmo que estar distante da presença do Senhor. Normalmente, as
pessoas se expressam por meio do próprio corpo. Se, porém, de alguma forma,
nosso corpo está inválido, então não temos como nos expressar e fazer o que
queremos. O mesmo princípio se aplica a Cristo e à igreja. A igreja é o corpo
de Cristo e é por meio dela que Ele se expressa.
5. O poder é liberado na comunhão
Certas orações só serão atendidas
se orarmos juntos, em concordância, em comunhão Mt 18.19. Há muita coisa que
você poderá fazer sozinho, mas as maiores e as mais importantes sempre deverão
ser feitas em equipe. Todas as grandes conquistas, todas as grandes obras foram
resultado de trabalho em equipe. Jesus disse que é preciso haver concordância.
Você precisa estar nas reuniões da igreja para concordar a respeito do mover de
Deus, da obra de Deus.
6. A comunhão manifesta o amor de
Deus
Uma das orações mais fantásticas
da história está em João 17. Ali, Jesus pede ao Pai algo simplesmente
espantoso: que os irmãos na igreja sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Você consegue imaginar isso? Jesus é um só Deus
junto com o Pai. Mas o mais extraordinário é o motivo pelo qual Ele fez essa
oração. Ele disse: E como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em
nós; para que o mundo creia que tu me enviaste Jo17.21;23.O mundo somente crerá
em Jesus se vivermos uma vida de comunhão e unidade.
Na verdade, Jesus disse que só
nos reconheceriam como seus discípulos se amássemos uns aos outros Jo 13.35.
Quando, as pessoas de fora perceberem o carinho que temos uns pelos outros,
elas serão fortemente tocadas pelo poder de Deus.
Normalmente, as pessoas se
convertem primeiro a nós e só depois a Jesus. Primeiro, elas desejam a nossa
comunhão e só depois aprendem a ter comunhão com Deus. Isso acontece porque é
na comunhão amorosa dos irmãos que o mundo conhece a Jesus.
7. Somos membros uns dos outros
A ordem de Deus para nós é que
sirvamos uns aos outros IPd 4.10. A igreja é o sonho que estava oculto no
coração de Deus desde a eternidade. Você tem o privilégio de ser parte desse
sonho de Deus. A palavra “comunhão”, koinnonia no
original grego, literalmente significa “vida compartilhada”. Ninguém possui a
plenitude de Cristo dentro de si. Mas, quando temos comunhão, é como se as
diversas partes se juntassem e formassem um todo.
A marca da igreja cristã é a
comunhão. Sem amor uns pelos outros, não podemos ser conhecidos como discípulos
de Cristo. Somos um corpo, um rebanho, uma família, ramos da mesma videira,
pedras do mesmo santuário. A falta de comunhão é sinal de carnalidade e
infantilidade.
Como ter comunhão em uma igreja tão
grande
Comunhão é muito mais que ir ao
culto e sentar-se ao lado de um irmão cujo nome, provavelmente, você nem sabe.
Há uma comunhão espiritual que une todos os crentes de todas as épocas. Isso é
real e muito bom, mas nós também precisamos de uma comunhão viva que envolva
comunicação. Todos necessitamos conhecer e ser conhecidos, compartilhar nossa
vida e nos sentir parte de uma comunidade.
3.Perseveravam… no partir do pão At.2.42c. Isto se refere a Ceia do
Senhor. Ao participarem do pão, ao participarem do pão e do cálice,
lembravam-se novamente de Cristo crucificado e do rei que vinha. Como podemos
ausentar – nos da mesa do Senhor sem sofrer de fraqueza espiritual?
a) O partir do pão fala da nossa
participação com Cristo, no que diz respeito a sua morte e ressurreição. Cristo
nos atraiu na sua morte “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a
mim. E dizia isso significando de que morte havia de morrer” Jo. 12.32,33. Em
Cristo fomos mortos para a vida de pecado; e nele fomos ressuscitados para uma
nova vida Rm.6.3-6.
b) O partrir do pão fala da nossoa
comunhão com Cristo e com os irmãos em Cristo formando com Cristo um só crpo
ICo.12.27;Rm.12.5; Ef.1.22,23 Em Jesus todos os homens e todas as nações podem ser um.
Mas antes de que isto aconteça todos os homens e todas as nações devem conhecer
Jesus Cristo; sua verdade, sua graça, seu perdão e seu amor devem transmitir-se
a todos os homens Cl.1.24. não que o sofrimento de Paulo fosse uma expiação
pelo pecado como o sofrimento de Cristo foi. Porem o sofrimento de Paulo e de
outros bons ministros assemelhava a Cristo.
c) O partir do pão fala
do sacrifício de Cristo como alimento para nossa alma; pois está escrito: “Quem
come a minha carne e bebe o sangue permanece em mim, e eu nele” Jo.6.56.
Rm.6.3-6 fala de Cristo nos atraindo para participarmos com ele na sua morte e
ressureição; agora, é nós que, pelo o partir do pão, atraímos a vida de Cristo
para preencher e governar a nossa vida Gl.2.20
d) Através do partir do
pão expressamos nossa gratidão eterna uma perene ação de graça (gr.
Eucaristia), lembrando que Deus
nos amou de tal maneira que deu o seu filho único para morrer em nosso lugara
fim de nos resgatar da maldição, fazendo – se maldição por nós Jo.3.16; Gl.3.13.
e) O partir do pão é um memorial
Lc.22.19, que vem fortalecer a nossa vida cristã e deixar bem vivo na nossa
memoria a motivação para vivermos uma nova vida, em Cristo jesus. Por isso a
Biblia diz: “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” IICo.5.17.
f) O partir do pão
lembra que somos um só corpo, em Jesus Cristo; então mais do que um ato
realizado de maneira periódica, o partir do pão deve ser vivido por nós, em
cada momento da nossa vida cristã.
4.Perseveravam… nas orações at.2.42d. Os discípulos em Jerusalém
passavam muito tempo em oração At.1.14 Eles oravam frequentemente e se
demoravam em oração. Nunca perdiam uma hora de oração. Os recém salvos adotaram
logo o mesmo costume. Os crentes no pentecoste não fizera, como muitos: uma vez
batizados no Espirito Santo, não deixaram de orar.
PB. RINALDO SANTANA
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