quarta-feira, 23 de maio de 2018

QUATRO PILARES DA IGREJA PRIMITIVA



Introdução: O papel da igreja é ganhar almas, porem ela tem perdido muito. É a partir daí que devemos pensar... Será que vocês já fizeram um analise de quantas almas foram ganhas este ano para Cristo? E já analisaram quantas se perderam? “A Bíblia diz: pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” Mc.8.36  Se o  valor de uma alma é  maior que o mundo inteiro; é capaz de se calcular o tamanho da perda?
Em estudos feitos recentes em faculdades teológicas, a avaliação que se tem, é que um dos grandes motivos destas perdas é a falta de comunhão, a falta de união no meio da igreja. Em atos dos apóstolos capitulo dois e versículo 42 aponta quatro grandes pilares que contribuíam para o crescimento da igreja primitiva: “A perseverança na Doutrina, na Comunhão, no Partir do Pão e nas Orações”. Vejamos com detalhes cada um desses pilares:
1.   Perseveravam na doutrina dos apóstolos v.42a – “Mt. 28. 18 – 20. para perseverar na doutrina dos apóstolos é necessário conhecer intimamente a dita doutrina, estudando as Escrituras de versículo em versículo, participando de todo o coração dos cultos domésticos, aproveitando das lições da Escola Dominical e assistindo as pregações da palavra”. Em Mt.28.18 A Jesus é dada autoridade na terra e nos céus, no versículos 19 – 20a Jesus dá uma tarefa a comissão, formada pelos discípulos, que devem alcançar e ensinar todas as nações. “confirmando a sua presença com eles”. Entendemos que a igreja esta incumbida de fazer a maior missão do mundo, mas com ela está a maior presença no mundo. O ensinamento na primeira igreja foi chamado a doutrina dos apóstolos. Jesus revelou a sua vontade aos apóstolos e mandou que eles a entregassem ao mundo. Observe que este ensinamento não foi chamado “a doutrina da igreja”. A doutrina da igreja primitiva veio dos apóstolos porque eles a receberam diretamente de Deus. Todos os membros da primeira congregação foram dedicados à palavra. Todos desejavam aprender. Isso não significa que todos fossem mestres ou peritos.
Os primeiros cristãos desejavam aprender porque queriam fazer. O cristianismo não é uma busca acadêmica. No livro de Atos, Lucas escreveu sobre vidas transformadas, não sobre formaturas de faculdades. Os Tessalônicos suportaram perseguições. Os efésios queimaram livros de artes mágicas. Um casal, Áqüila e Priscila, saíram de Roma, foram para Corinto e depois para Éfeso, e depois voltaram para Roma pelo seu desejo de divulgar o evangelho. Pessoas de fé se mostram dedicadas em ouvir e praticar!
2.   Perseveravam… na Comunhão At.2.42b: (Koinonia) significa: participação de algo indivisível. Podemos entender comunhão como unidade, pois ter algo em comum é o mesmo que ter unidade na igreja “Alegravam-se na convivência daqueles que criam como eles mesmos criam. Os crentes, muitas vezes, procuram alegrar-se com aqueles que vivem fora da igreja. Mas a mais doce comunhão encontra-se com os que amam o mesmo Salvador que eles amam”. Quando Jesus se preparou para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" Jo.17:20-21 – assim Jesus ora pela unidade entre os crentes e ele mesmo; entre os crentes e o pai e entre os crentes e outros crentes, tendo o mesmo caráter e a mesma unidade que ele tem com o pai.
“A historia da igreja cristã oferece também varias provas amplas de que essa oração é necessária! A maioria do povo judeu fica ao menos confusa, se não escandalizada, pelas distinções entre vários tipos de cristãos que parecem dividir-se mais do que se unir”. Quantas vidas têm sido sacrificadas através dos séculos pelas guerras entre cristãos? Como frequentemente a mídia relata conflitos de grupos de cristãos contra outros.
“Contudo”, tão sérios quantos as “cismas” entre as varias denominações cristãs: “centenas de milhares de denominações protestantes (a maioria das quais esta numa posição versus a outra), milhares de denominações de uma única igreja sem uma filiação organizacional”.
Não é de se admirar, então, que Jesus orasse como orou. Enquanto as Escrituras declara que já há uma unidade espiritual entre os crentes e Cristo Rm.12.4. O povo de Deus é uma unidade orgânica, um corpo. ICo.12.4,5 Cada membro do corpo recebe dons vv.6-8, que devem ser usados devidamente e não abusados. Cl.18; 2.19 – Portanto, todos os membros do corpo de Cristo, judeus ou gentios, escravos ou livres, tem seus lugares determinados por Deus e tem funções apropriadas (ministérios), que devem descobrir e desenvolver, confiando em Deus para receber do Espirito Santo o poder. Eles deveriam ter apreço e não inveja, pelos dons e ministérios de outras pessoas. O proposito dos dons não é o engrandecimento pessoal, mas a edificação de todo corpo em amor.
A importância da comunhão
O ser humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia, assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano. O Escritor aos Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb 10.25. É por meio de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e nos tornamos adultos, é assim também na vida espiritual, através de relacionamentos com os irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que evitam o relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do tabernáculo eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo de errar, que não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos irmãos. Quanto mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos tornamos aos irmãos. Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais distantes nos tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha intimidade com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus. Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam diariamente.  Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.
1. Você é parte da família de Deus
A Bíblia ensina que somos da família de Deus Gl 6.10; “Aqueles que semeiam o que é bom herdarão a vida eterna”   Ef 2.19. O que une você a seus irmãos naturais é muito mais que viver debaixo do mesmo teto. Vocês são irmãos porque levam a mesma carga genética de sua família. O mesmo se aplica à igreja. Somos uma família, compartilhamos a mesma vida que vem de Cristo, temos a mesma carga genética espiritual: somos filhos de Deus. Isso também nos fala de um mesmo tipo de vida. Porque você agora é luz, não pode mais ter comunhão com as trevas. Para esse tipo de convivência, você precisa da sua família espiritual.
2. Ninguém cresce sozinho
Assim como uma criança aprende com seus pais e irmãos mais velhos, você também precisa de irmãos e pais espirituais para crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos a você. Há igrejas nas quais as pessoas apenas vão fazer campanhas e buscar uma bênção. Isso é bom. Não é errado, mas comunhão é mais que isso. Há ocasiões em que você precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado, perdoar, ser amado e amar. Para crescer, você precisa ter compromisso e relacionamento com Deus, e a única forma de tê-los é através do seu corpo, a igreja, a família espiritual.
3. A comunhão é proteção espiritual
Não é difícil imaginar o que acontece com uma brasa sozinha, fora do braseiro. Você percebe que, cada vez que nos reunimos, estamos nos aquecendo mutuamente? Também nem é preciso discutir a inutilidade de um soldado que vai sozinho à guerra. Nenhum soldado vai à guerra sozinho. A comunhão da igreja é segurança espiritual para você. Por meio dela, seu fogo é mantido e suas batalhas são vencidas. Em Eclesiastes, aprendemos que o cordão de três dobras não se rompe facilmente Ec 4.9-12. Isto provavelmente se refere à vantagem do companheirismo e significa que se a comunhão com dois é boa, então com três ainda é melhor.
4. A comunhão traz a presença de Deus
A unção que se manifesta na comunhão é maior do que a unção individual. Se eu junto a minha unção com a sua, já temos uma unção maior. Então, imagine o que acontece quando uma multidão resolve ministrar a Deus. A unção é poderosa ali, é maior. Por isso, o Senhor disse que, onde houver dois ou três reunidos no nome d’Ele, ali Ele estará no meio deles Mt 28.20. uma promessa bendita da presença de cristo para a comissão, que daria continuidade a obra. De certa forma, estar fora da comunhão é o mesmo que estar distante da presença do Senhor. Normalmente, as pessoas se expressam por meio do próprio corpo. Se, porém, de alguma forma, nosso corpo está inválido, então não temos como nos expressar e fazer o que queremos. O mesmo princípio se aplica a Cristo e à igreja. A igreja é o corpo de Cristo e é por meio dela que Ele se expressa.
5. O poder é liberado na comunhão
Certas orações só serão atendidas se orarmos juntos, em concordância, em comunhão Mt 18.19. Há muita coisa que você poderá fazer sozinho, mas as maiores e as mais importantes sempre deverão ser feitas em equipe. Todas as grandes conquistas, todas as grandes obras foram resultado de trabalho em equipe. Jesus disse que é preciso haver concordância. Você precisa estar nas reuniões da igreja para concordar a respeito do mover de Deus, da obra de Deus.
6. A comunhão manifesta o amor de Deus
Uma das orações mais fantásticas da história está em João 17. Ali, Jesus pede ao Pai algo simplesmente espantoso: que os irmãos na igreja sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Você consegue imaginar isso? Jesus é um só Deus junto com o Pai. Mas o mais extraordinário é o motivo pelo qual Ele fez essa oração. Ele disse: E como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste Jo17.21;23.O mundo somente crerá em Jesus se vivermos uma vida de comunhão e unidade.
Na verdade, Jesus disse que só nos reconheceriam como seus discípulos se amássemos uns aos outros Jo 13.35. Quando, as pessoas de fora perceberem o carinho que temos uns pelos outros, elas serão fortemente tocadas pelo poder de Deus.
Normalmente, as pessoas se convertem primeiro a nós e só depois a Jesus. Primeiro, elas desejam a nossa comunhão e só depois aprendem a ter comunhão com Deus. Isso acontece porque é na comunhão amorosa dos irmãos que o mundo conhece a Jesus.
7. Somos membros uns dos outros
A ordem de Deus para nós é que sirvamos uns aos outros IPd 4.10. A igreja é o sonho que estava oculto no coração de Deus desde a eternidade. Você tem o privilégio de ser parte desse sonho de Deus. A palavra “comunhão”, koinnonia no original grego, literalmente significa “vida compartilhada”. Ninguém possui a plenitude de Cristo dentro de si. Mas, quando temos comunhão, é como se as diversas partes se juntassem e formassem um todo.
A marca da igreja cristã é a comunhão. Sem amor uns pelos outros, não podemos ser conhecidos como discípulos de Cristo. Somos um corpo, um rebanho, uma família, ramos da mesma videira, pedras do mesmo santuário.  A falta de comunhão é sinal de carnalidade e infantilidade.
Como ter comunhão em uma igreja tão grande
Comunhão é muito mais que ir ao culto e sentar-se ao lado de um irmão cujo nome, provavelmente, você nem sabe. Há uma comunhão espiritual que une todos os crentes de todas as épocas. Isso é real e muito bom, mas nós também precisamos de uma comunhão viva que envolva comunicação. Todos necessitamos conhecer e ser conhecidos, compartilhar nossa vida e nos sentir parte de uma comunidade.
3.Perseveravam… no partir do pão At.2.42c. Isto se refere a Ceia do Senhor. Ao participarem do pão, ao participarem do pão e do cálice, lembravam-se novamente de Cristo crucificado e do rei que vinha. Como podemos ausentar – nos da mesa do Senhor sem sofrer de fraqueza espiritual?
       a)  O partir do pão fala da nossa participação com Cristo, no que diz respeito a sua morte e ressurreição. Cristo nos atraiu na sua morte “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isso significando de que morte havia de morrer” Jo. 12.32,33. Em Cristo fomos mortos para a vida de pecado; e nele fomos ressuscitados para uma nova vida Rm.6.3-6.
     b)  O partrir do pão fala da nossoa comunhão com Cristo e com os irmãos em Cristo formando com Cristo um só crpo ICo.12.27;Rm.12.5; Ef.1.22,23 Em Jesus todos os homens e todas as nações podem ser um. Mas antes de que isto aconteça todos os homens e todas as nações devem conhecer Jesus Cristo; sua verdade, sua graça, seu perdão e seu amor devem transmitir-se a todos os homens Cl.1.24. não que o sofrimento de Paulo fosse uma expiação pelo pecado como o sofrimento de Cristo foi. Porem o sofrimento de Paulo e de outros bons ministros assemelhava a Cristo.
      c)  O partir do pão fala do sacrifício de Cristo como alimento para nossa alma; pois está escrito: “Quem come a minha carne e bebe o sangue permanece em mim, e eu nele” Jo.6.56. Rm.6.3-6 fala de Cristo nos atraindo para participarmos com ele na sua morte e ressureição; agora, é nós que, pelo o partir do pão, atraímos a vida de Cristo para preencher e governar a nossa vida Gl.2.20
    d)  Através do partir do pão expressamos nossa gratidão eterna uma perene ação de graça (gr. Eucaristia), lembrando          que Deus nos amou de tal maneira que deu o seu filho único para morrer em nosso lugara fim de nos resgatar da maldição, fazendo – se maldição por nós Jo.3.16; Gl.3.13.
    e)   O partir do pão é um memorial Lc.22.19, que vem fortalecer a nossa vida cristã e deixar bem vivo na nossa memoria a motivação para vivermos uma nova vida, em Cristo jesus. Por isso a Biblia diz: “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” IICo.5.17.
    f)     O partir do pão lembra que somos um só corpo, em Jesus Cristo; então mais do que um ato realizado de maneira periódica, o partir do pão deve ser vivido por nós, em cada momento da nossa vida cristã.
4.Perseveravam… nas orações at.2.42d. Os discípulos em Jerusalém passavam muito tempo em oração At.1.14 Eles oravam frequentemente e se demoravam em oração. Nunca perdiam uma hora de oração. Os recém salvos adotaram logo o mesmo costume. Os crentes no pentecoste não fizera, como muitos: uma vez batizados no Espirito Santo, não deixaram de orar.

PB. RINALDO SANTANA


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