sábado, 24 de fevereiro de 2018

A SÍNDROME DO MESSIAS

A Síndrome do Messias trata-se de um estado psicológico onde a pessoa acredita que é ou será uma figura de extrema importância para o meio religioso em que vive, ou seja: “excesso de religiosidade” É também muito comum se nomearem salvadores, pois sentem que são indivíduos enviados ou escolhidos por Deus para uma ou mais missões. E pelo fato de que no geral suas missões carregam uma forte característica religiosa, é muito comum que estas pessoas encontrem conforto nas ideias, reforço nas atitudes e até apoio ou seguidores. Mas vale ressaltar logo de início que este complexo não está relacionado ou mesmo é causado pela religiosidade ou por uma religião.
Em qualquer tipo de sociedade, oficial ou não, quando as coisas vão mal é comum as pessoas começarem a acreditar que uma certa pessoa mudará todo o rumo a favor.
"Síndrome de Messias". Uma expressão para significar a atitude de muitos líderes que trabalham incansavelmente, dias, noites e madrugadas, justificado pelo serviço ao Reino de Deus e bem estar do seu rebanho. Alguns pastores estão, literalmente, morrendo pela igreja de Cristo, ou, em outra versão, estão se “matando” e acabando com seus ministérios. "Somente um pode entregar a sua vida pela Igreja e morrer por ela: "Jesus". Ele já fez isso uma única vez e não pediu a ninguém mais para fazer novamente".
Lembre-se das rodas de papos ao redor das mesas de restaurantes e dos papos sobre política, cultura e religião. Lembrou? Em todos eles não faltam os visionários que apontam apaixonadamente tudo que está errado no mundo e deixam claro nas suas entrelinhas que acreditam que, se tivessem acesso ao poder, “há se fosse eu dizem eles” consertariam o planeta num estalar de dedos.
O mundo não se faz pela visão de um único salvador visionário, mesmo que ele esteja certíssimo. O mundo se faz através do senso comum e não adianta sonhar com saltos quânticos, pois não é possível transformar uma civilização por decreto. Nem mesmo é desejável que isso possa ser feito.
Essas pessoas por vezes possuem muitos conhecimentos, inclusive por meio de estudos e até condições sociais elevadas, mas não necessariamente isso é uma regra, pois temos que considerar que conhecimentos gerais são adquiridos com a vivência. Mas o que chama a atenção é que estes indivíduos sempre pregam suas verdades visionárias embasadas no seu próprio EU, mesmo que citem teorias ou pesquisas.
Reconheço que temos um alto preço a pagar para realizar um ministério, efetivo e liderar com excelência a Igreja de Cristo. Porém, não deve estar incluso neste preço a destruição ou desintegração das famílias. Se assim acontecer, falhamos! "Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?" 1Tm 3.4,5.

PB. RINALDO SANTANA




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