A palavra “parábola”
deriva do grego parabole que, etimologicamente tem como significado “colocar de
lado”, isto é, serve para comparar a realidade natural com uma verdade
espiritual. Por isso que, quando lemos os Evangelhos, encontramos algumas
passagens onde Jesus está dizendo: “O reino dos céus é semelhante…; A que é semelhante o reino de
Deus, e a que o compararei”? .
O Senhor Jesus naturalmente não inventou parábola. Elas são encontradas no
Antigo Testamento, por exemplo: IISm.12.1-14, Is.5.1-7 e nos escritos rabínicos.
Exercendo seu ministério, como Mestre, tomou a parábola e valorizou-a, usando-a
como veículo para anunciar as mais sublimes de todas as verdades. Sabedor de
que os mestres judeus ilustravam suas doutrinas com o auxílio de parábolas e
comparações, Cristo adotou essas antigas formas de ensino e deu-lhes renovação
de espírito, com a qual proclamou a transcendente glória e excelência de seu
ensino. Aproximadamente um terço dos ensinos de Jesus foi modelado sob a forma
de parábola. Depois de Jesus, as parábolas poucas vezes foram usadas pelos
apóstolos.
Deus pela sua infinita misericórdia lançou mão daquilo com que os seres
humanos estivessem familiarizados e de acordo com os costumes da região, com o
objetivo de comunicar à limitada mente humana a sublime revelação de sua
vontade. Não podemos ensinar dizendo que as parábolas foram usadas para
facilitar a compreensão dos discursos de Jesus. Não é bem assim. Nem todos os
discípulos de Jesus eram leigos ou sem nenhuma instrução, alguns deles, podemos
assegurar que eram cultos e, mesmo assim, teve momentos em que nenhum deles entendeu
o que Jesus disse por parábolas: “Explica-nos essa parábola”.
Nosso Senhor Jesus compreendia que a verdade não é tão
suave para todos os ouvidos. Na verdade, há aqueles que não têm nenhum
interesse ou estima pelas coisas profundas de Deus. Por que, então, Ele falava
em parábolas? Para aqueles com uma verdadeira fome de Deus, a parábola é um
veículo tanto eficaz quanto memorável para a transmissão das verdades divinas.
As parábolas de Nosso Senhor contêm grandes volumes de verdade em poucas
palavras-- e Suas parábolas, ricas em imagens, não são facilmente esquecidas. A
originalidade, o vigor e o talento de suas parábolas não encontram paralelo nem
no Antigo Testamento nem nos escritos dos rabinos. Assim, então, uma parábola é
uma bênção para aqueles com ouvidos dispostos. Entretanto, para aqueles com
corações endurecidos e ouvidos lentos para ouvir, uma parábola é também uma
declaração de julgamento.
Nas parábolas, encontramos a
imagem do mundo real, físico e visível sendo emprestada e acompanhando uma
verdade do mundo espiritual. As parábolas são os portadores, os canais da
doutrina e da verdade espiritual. Cumpre ressaltar que as parábolas não foram
feitas para ser interpretadas de uma única forma. Em algumas, há grandes
disparidades e aspectos que não podem ser aplicados espiritualmente.
Patrick Fairbairn, escreveu: “pode-se dizer que a parábola é uma narrativa, ora verdadeira, ora com
aparência da verdade; exibe na esfera da vida natural um processo
correspondente ao que existe no mundo ideal e espiritual. É possível que a
Parábola do filho pródigo seja o relato de fatos reais. As parábolas são “pomos
de ouro em molduras de prata“
Fonte
de pesquisa: Dicionário Bíblico Wycliffe e Bíblia
de Estudo Matthew Henry.
PB.
RINALDO SANTANA
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