segunda-feira, 1 de outubro de 2018

JESUS ENSINAVA DE FORMA CLARA


A palavra “parábola” deriva do grego parabole que, etimologicamente tem como significado “colocar de lado”, isto é, serve para comparar a realidade natural com uma verdade espiritual. Por isso que, quando lemos os Evangelhos, encontramos algumas passagens onde Jesus está dizendo: “O reino dos céus é semelhante…; A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei”? .
O Senhor Jesus naturalmente não inventou parábola. Elas são encontradas no Antigo Testamento, por exemplo: IISm.12.1-14, Is.5.1-7 e nos escritos rabínicos. Exercendo seu ministério, como Mestre, tomou a parábola e valorizou-a, usando-a como veículo para anunciar as mais sublimes de todas as verdades. Sabedor de que os mestres judeus ilustravam suas doutrinas com o auxílio de parábolas e comparações, Cristo adotou essas antigas formas de ensino e deu-lhes renovação de espírito, com a qual proclamou a transcendente glória e excelência de seu ensino. Aproximadamente um terço dos ensinos de Jesus foi modelado sob a forma de parábola. Depois de Jesus, as parábolas poucas vezes foram usadas pelos apóstolos.
Deus pela sua infinita misericórdia lançou mão daquilo com que os seres humanos estivessem familiarizados e de acordo com os costumes da região, com o objetivo de comunicar à limitada mente humana a sublime revelação de sua vontade. Não podemos ensinar dizendo que as parábolas foram usadas para facilitar a compreensão dos discursos de Jesus. Não é bem assim. Nem todos os discípulos de Jesus eram leigos ou sem nenhuma instrução, alguns deles, podemos assegurar que eram cultos e, mesmo assim, teve momentos em que nenhum deles entendeu o que Jesus disse por parábolas: “Explica-nos essa parábola”.
Nosso Senhor Jesus compreendia que a verdade não é tão suave para todos os ouvidos. Na verdade, há aqueles que não têm nenhum interesse ou estima pelas coisas profundas de Deus. Por que, então, Ele falava em parábolas? Para aqueles com uma verdadeira fome de Deus, a parábola é um veículo tanto eficaz quanto memorável para a transmissão das verdades divinas. As parábolas de Nosso Senhor contêm grandes volumes de verdade em poucas palavras-- e Suas parábolas, ricas em imagens, não são facilmente esquecidas. A originalidade, o vigor e o talento de suas parábolas não encontram paralelo nem no Antigo Testamento nem nos escritos dos rabinos. Assim, então, uma parábola é uma bênção para aqueles com ouvidos dispostos. Entretanto, para aqueles com corações endurecidos e ouvidos lentos para ouvir, uma parábola é também uma declaração de julgamento.
Nas parábolas, encontramos a imagem do mundo real, físico e visível sendo emprestada e acompanhando uma verdade do mundo espiritual. As parábolas são os portadores, os canais da doutrina e da verdade espiritual. Cumpre ressaltar que as parábolas não foram feitas para ser interpretadas de uma única forma. Em algumas, há grandes disparidades e aspectos que não podem ser aplicados espiritualmente.
Patrick Fairbairn, escreveu: pode-se dizer que a parábola é uma narrativa, ora verdadeira, ora com aparência da verdade; exibe na esfera da vida natural um processo correspondente ao que existe no mundo ideal e espiritual. É possível que a Parábola do filho pródigo seja o relato de fatos reais. As parábolas são “pomos de ouro em molduras de prata

Fonte de pesquisa: Dicionário Bíblico Wycliffe e Bíblia de Estudo Matthew Henry.

PB. RINALDO SANTANA



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