Introdução: Os fariseus e saduceus procuravam pegar Jesus em alguma
falha, porem ele tinha autoridade nos seus ensinos. Na oportunidade eles
elegeram um doutor da lei para interroga-lo sobre: “Qual o grande mandamento da
lei”?
A resposta de Jesus é uma de suas falas mais conhecidas. Podemos afirmar que aqui Jesus dá uma definição completa da religião.
A resposta de Jesus é uma de suas falas mais conhecidas. Podemos afirmar que aqui Jesus dá uma definição completa da religião.
1) “A religião consiste em amar
a Deus. O versículo que Jesus cita pertence a
Deuteronômio 6:5. Tal versículo formava parte do Shema, o credo básico e
essencial do judaísmo, a oração com a qual começa, até o dia de hoje, todo
culto judeu e o primeiro texto que todo menino judeu aprende de cor. Significa
que devemos a Deus um amor total, um amor que domina nossas emoções, que dirige
nosso pensamento, que é o motor de nossas ações. Toda religião começa com o
amor que é uma entrega total da vida a Deus. Como podemos amar a Deus, ao próximo e a nós
mesmos corretamente?” (Barclay).
2)
“O segundo mandamento que Jesus cita pertence
a Levítico 19:18. Nosso amor a Deus deve manifestar-se em amor aos
semelhantes. De fato, a única forma pela qual alguém pode demonstrar que ama a
Deus é através de seu amor aos semelhantes. Mas devemos nos fixar na ordem em
que aparecem os mandamentos; primeiro vem o amor a Deus e logo o amor aos
semelhantes. Só quando amamos a Deus sentimos o desejo de amar os semelhantes”.
(Barclay).
3)
Zelo pelas
coisas de Deus, mas não excesso de zelo
Zelo pelas coisas de Deus foi a marca de Jesus (lembre-se do que ele fez no templo com os comerciantes que desejavam tornar a Casa de Oração em mercado – Mateus21.12-13. Os fariseus do tempo de Jesus haviam aprendido a Lei, mas ela ainda não estava em seus corações. Uma das marcas do excesso de zelo é nos preocuparmos mais com as falhas alheias do que com as nossas. Outra marca é a religiosidade sem sentido. Tiago, entretanto nos diz que a verdadeira religião é a prática de amor: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” Tiago 1.27.
Zelo pelas coisas de Deus foi a marca de Jesus (lembre-se do que ele fez no templo com os comerciantes que desejavam tornar a Casa de Oração em mercado – Mateus21.12-13. Os fariseus do tempo de Jesus haviam aprendido a Lei, mas ela ainda não estava em seus corações. Uma das marcas do excesso de zelo é nos preocuparmos mais com as falhas alheias do que com as nossas. Outra marca é a religiosidade sem sentido. Tiago, entretanto nos diz que a verdadeira religião é a prática de amor: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” Tiago 1.27.
4)
“Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda esse é o que me ama” João 14.21: Quem ama a Deus obedece. Os cânticos atuais, com tanta
ênfase na paixão por Deus são imprecisos quando a ideia é obediência. Não
adianta respirar Deus, ser apaixonado, fascinado, envolvido e encantado, dar
rodopios e revirar os olhos por Deus se não o obedecemos. David Wilkerson diz:
“Estou cansado da música que faz jovens pularem ao invés de dobrarem seus
joelhos.” Quem ama a Deus deve levar em conta que ele espera de nós que
guardemos seus mandamentos. Mas para obedecer a Deus é necessário saber o que
ele quer de nós. Portanto o conhecimento das escrituras, mesmo da lei de Deus é
fundamental. Os fariseus que questionaram a Jesus sobre o mais importante
mandamento conheciam a Lei, mas ela ainda não havia descido de sua mente para o
coração. “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” Jeremias 31.33. A lei
de Deus já está escrita no seu coração? Ou você ainda se guia pelos seus
próprios impulsos?
5)
O amor a
Deus não é apenas sentimento, é uma atitude
Sentimento dá e pode passar, não é mesmo? Quem ontem estava contente, hoje chora. Quem vive ansioso poderá em pouco tempo gozar de tranquilidade. Sentimo-nos as vezes dentro de um mesmo dia alegres, tristes, desanimados, confiantes, sombrios, eufóricos ou medrosos. Se amor fosse um sentimento (que dá e passa) nossos casamentos não poderiam ser baseados nele. Amor é mais. É uma atitude diante da vida. É uma escolha, não um sentimento. O amor de Deus não esmorece diante de nossos pecados. Ele “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 1Coríntios 13. Amor é uma atitude de ir até o fim. Como vai seu amor a Deus quando ele parece ausente? Há em sua vida uma escolha pela santidade? Aqueles que tem o coração cheio do principio divino estão mais perto do estado celestial e da perfeição.
Sentimento dá e pode passar, não é mesmo? Quem ontem estava contente, hoje chora. Quem vive ansioso poderá em pouco tempo gozar de tranquilidade. Sentimo-nos as vezes dentro de um mesmo dia alegres, tristes, desanimados, confiantes, sombrios, eufóricos ou medrosos. Se amor fosse um sentimento (que dá e passa) nossos casamentos não poderiam ser baseados nele. Amor é mais. É uma atitude diante da vida. É uma escolha, não um sentimento. O amor de Deus não esmorece diante de nossos pecados. Ele “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 1Coríntios 13. Amor é uma atitude de ir até o fim. Como vai seu amor a Deus quando ele parece ausente? Há em sua vida uma escolha pela santidade? Aqueles que tem o coração cheio do principio divino estão mais perto do estado celestial e da perfeição.
6)
Amando ao
próximo sacrificialmente Para todos nós o exercício de amor ao próximo é sacrificial. Sobretudo
quando não nutrimos simpatia natural por alguém. Jesus diz que o segundo
mandamento é “semelhante” ao primeiro. Por isso não dá pra amar a Deus se não
amarmos também ao nosso próximo. 1João, capítulo 4. Ele se
manifesta nas relações de amor. "Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor". IJoão.4.12.
7)
Amar o
amável é fácil. Difícil mesmo é amar o detestável
Não raro ouço a seguinte expressão: “Me chatearam, não faço mais parte deste grupo”. A incidência desta ideia relacionada à vida na igreja é assustadoramente crescente. As pessoas que experimentam desprezo ou que não concordam com o tratamento que receberam na comunidade cristã tendem a desistir dos relacionamentos. Ou mudam de congregação, para uma que aparente o ideal de perfeição (de longe somos todos perfeitos, não é mesmo?). Ou abandonam de vez a Igreja, tentando viver com Jesus sozinhos (o que convenhamos é impossível, por que ele está onde estão dois ou três ao menos).
Acontece que gostamos de amar nossos amigos. Nossa dificuldade nunca é amar as pessoas de nossa preferência, as limpas, bondosas e polidas conosco. Esses são os amáveis. Mas não há mérito algum em amá-los. O mérito está em amar o que é desprezível, detestável e que não concorda com nossas opiniões. Amar quem me machucou. Amar quem não merece meu perdão. Mas sou convocado a dá-lo de graça, sem merecimento mesmo. Para amar quem nos ama não é preciso muito esforço. Para amar quem nos detesta é necessário o sobrenatural. É milagre! Aprendemos com Deus por que ele ama inclusive quem o detesta. Podemos entender portanto porque Deus abomina tanto a indiferença entre seus filhos. Quando alguém odeia, aborrece, ignora seu próximo o está fazendo contra o próprio Deus.
Não raro ouço a seguinte expressão: “Me chatearam, não faço mais parte deste grupo”. A incidência desta ideia relacionada à vida na igreja é assustadoramente crescente. As pessoas que experimentam desprezo ou que não concordam com o tratamento que receberam na comunidade cristã tendem a desistir dos relacionamentos. Ou mudam de congregação, para uma que aparente o ideal de perfeição (de longe somos todos perfeitos, não é mesmo?). Ou abandonam de vez a Igreja, tentando viver com Jesus sozinhos (o que convenhamos é impossível, por que ele está onde estão dois ou três ao menos).
Acontece que gostamos de amar nossos amigos. Nossa dificuldade nunca é amar as pessoas de nossa preferência, as limpas, bondosas e polidas conosco. Esses são os amáveis. Mas não há mérito algum em amá-los. O mérito está em amar o que é desprezível, detestável e que não concorda com nossas opiniões. Amar quem me machucou. Amar quem não merece meu perdão. Mas sou convocado a dá-lo de graça, sem merecimento mesmo. Para amar quem nos ama não é preciso muito esforço. Para amar quem nos detesta é necessário o sobrenatural. É milagre! Aprendemos com Deus por que ele ama inclusive quem o detesta. Podemos entender portanto porque Deus abomina tanto a indiferença entre seus filhos. Quando alguém odeia, aborrece, ignora seu próximo o está fazendo contra o próprio Deus.
1) O amor é consciente de si e sabe que precisará sofrer perda.
Portanto quem é maduro e deixou as coisas de menino, ama. Os meninos são
autocentrados. Os que amadureceram são capazes de olhar para fora de si e para
dentro dos outros. E mesmo com os defeitos, fraquezas e pecados alheios estão
aptos a amar. Só seremos maduros quando amarmos nosso próximo de fato. Ouso
afirmar que é mais fácil amar a Deus em sua perfeição do que amar as pessoas
que nos cercam com suas misérias. Mas é amando estas pessoas que atestamos que
de fato amamos a Deus. Todos sabemos João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna”. Mas 1João 3.16 é o complemento difícil da
promessa de salvação dada por Jesus a todo aquele que crê. “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a
sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.” "Que verdade dificil... Que verdade extraordinaria!"
8)
Amando a
mim mesmo equilibradamente Há um pressuposto que não está tão claro em Mateus 22.39. Quando
interrogaram a Jesus sobre o grande mandamento, a resposta de Jesus foi:
1. O primeiro grande mandamento Mt.22.37,38 “Amaras ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
2. O segundo grande mandamento Mt.22.39 “Amaras ao próximo como
a ti mesmo”.
3. A importância desses dois mandamentos Mt. 22.40 “Destes dois mandamentos
dependem toda a Lei e os profetas”.
“Ame o seu
próximo como a si mesmo”. É que
quem ama ao próximo precisa também se amar. Isso significa que minha visão do
outro passa também pelo que eu entendo e enxergo em mim. Vejo o mundo e outras
pessoas. Humildade exagerada não combina com a visão bíblica de
Jesus manso e humilde. Há pessoas que não apenas são forçadamente humildes,
como também não se amam. E na visão de Jesus, se eu não me amo não consigo
igualmente amar a meu próximo uma vez que devo amá-lo como amo a mim mesmo.
Precisamos cultivar uma auto-imagem equilibrada de nós mesmos. Somos filhos de
Deus, mas não reinamos no mundo. Por outro lado precisamos exercitar a
humildade sem permitir que as pessoas nos pisem ou tirem vantagem por isso. Eu
e você precisamos ter um amor próprio equilibrado baseado na ótica da cruz,
prisma pelo qual Deus nos enxerga.
Quando nos comparamos com alguém fatalmente é para mostrar com lentes próprias, o quanto somos melhores ou o quanto somos piores que aquela pessoa. Nenhuma das
duas visões seja a do “crente orgulhoso” seja a do “cristão coitadinho” combina
com a forma pela qual Deus nos vê. Não medimos nosso valor nos comparando aos
outros. Sequer nosso valor está em nossas concepções pessoais mais íntimas. Todavia
nosso valor está no sangue de Cristo derramado na Cruz. Por isso todos podemos
nos amar reflexivamente e mutuamente. Porque Ele nos amou primeiro e nos
ensinou a fazê-lo. Precisamos aprender a amar como Deus ama. E isso é projeto
para a vida toda.
Conclusão: o nosso amor a Deus está conectado ao nosso amor ao próximo.
Amar
a Deus é amar o semelhante que Deus fez à sua imagem, e amar o semelhante não
com um sentimentalismo nebuloso, e sim com essa entrega total que se manifesta
em devoção para Deus e serviço concreto aos homens.
PB. RINALDO SANTANA