Introdução: Guerras, assassinatos,
fomes e violência. Tanto no passado como no presente, podemos afirmar que boa
parte desses males tem como causa primária o amor ao dinheiro. De fato, é o que
as Escrituras afirmam em 1 Timóteo 6.10. Já vimos que ser rico e possuir bens
não é errado, pois “a bênção do Senhor é que enriquece” Pv 10.22. Todavia, amar
o dinheiro significa torná-lo nosso senhor em vez de nosso servo. Isto traz um
grande mal, pois na condição de senhor o dinheiro torna-se um tirano cruel. Por
isso, nesta lição, aprenderemos como usar o dinheiro de forma que ele venha a
glorificar a Deus. A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria
por mercadoria, sem equivalência de valor.
O dinheiro ocupa
papel primordial na sociedade contemporânea, mas nem sempre os cristãos estão
atentos aos seus riscos. Por isso, na aula de hoje, estudaremos a respeito do
dinheiro na cosmovisão de Jesus. É preciso ter cuidado, para não adotar
pressupostos humanos, pensando que esses são cristãos. Inicialmente
destacaremos o papel do dinheiro no contexto do consumismo capitalista. Em
seguida, nos voltaremos para a percepção bíblica do dinheiro, com base no Novo
Testamento. Mt 6.24 “Jesus disse ninguém pode servir a
dois Senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom."
·
Mamom – É uma transliteração do Aramaico, que
sig, “Propriedade” bens terrenos ou dinheiro.
·
Em Lc 16 9-11 – Este termo também é descrito
como riqueza da injustiça, no sentido de adquirir posses desonestamente. A
riqueza juntada pelo homem às vezes de maneira injusta, causa um errôneo
proposito de segurança Lc. 12.15, 19, 20 tornando o homem escravo da riqueza e
não apto para o serviço de Deus. Opulência significa fartura, grande riqueza, abundância de bens materiais, ostentação.
É a presença de luxo
excessivo, pujança, fausto. É uma característica apresentada
por aquele ou aquilo que demonstra grande fortuna.
I
O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ.
1. Secular - O
homem moderno é produto da sociedade capitalista e tecnológica que o conduz ao
consumismo. Nesse contexto, o ter acabou se tornando mais importante do que o
ser, de modo que as pessoas são avaliadas não pelo que são, mas pelo que têm,
e, às vezes, não pelo que possuem, mas pelo que aparentam que possuem. A
propaganda é o meio que divulga os ideais consumistas, as pessoas são
incitadas, a todo instante, a adquirem mercadorias que não precisam para
satisfazerem não a si próprias, mas às exigências dos outros. Como resultando
dessa lógica, muitos estão entrando pelo caminho do endividamento, indo além
das suas capacidades de pagamento. O meio ambiente também está padecendo, tendo
em vista que o mercado está disponibilizando cada vez mais produtos descartáveis,
os quais, quando não são reciclados, demandam maior necessidade de
matéria-prima, e, por sua vez, comprometem a saúde do planeta.
A Sociedade
valoriza as pessoas pelo que elas têm, mas não por o que são. Há uma inversão
de valores. Ama as coisas e usa as pessoas. As pessoas são tratadas como coisas
e as coisas como pessoas.
2. Cristã - O
apóstolo Paulo alerta que aqueles que desejam obter riqueza caem em “muitos
desejos descontrolados e nocivos” I Tm. 6.9,10. “Não é o dinheiro em si mesmo,
porem o amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males”. “Amar ao dinheiro
conduz a todo tipo de mal”.
Extremos
1 – Existem seguimentos que
pregam a prosperidade - A ética
capitalista, conforme demonstrou Max Weber, tem fundo religioso, e mais
especificamente, protestante. Ao invés de investirem no Reino de Deus, e mais
especificamente, nos outros, os fiéis transformam o acúmulo em um fim em si
mesmo, em alguns casos, como vemos nos dias atuais, sacramentalizam a riqueza e
transformam a ostentação em benção divina “São igrejas comprometidas com a teologia da
prosperidade, é que elas enfatizam a parte egoísta do evangelho, a libertação
da opressão da miséria, da fome, do desemprego, da bancarrota, da doença, da
depressão, das crises matrimoniais etc. há igrejas vistas como “um pronto-socorro”
2
– Existem
Seguimentos sérios que se recusa a falar sobre dinheiro
·
Paulo em At, 20.27 ter ensinado aos efésios
todos os conselhos de Deus;
·
Mt. 6.24, Jesus viu que alguém poderia ter o
dinheiro com um deus, sendo escravizado pelos bens e riquezas que possuem. “A
lição que Jesus transmite é que somos mordomos e precisamos saber como
administrar, o dinheiro, os bens e a riqueza, que tudo seja para a gloria de
Deus”
·
Pv. 11.28 – Quem confia nas riquezas cairá...
·
Sl. 20.7 – Uns confiam em carros e outros em
cavalos, mas nós faremos missão do nome do Senhor nosso Deus.
a) Dinheiro, um recurso material. O crente deve
saber que o dinheiro é apenas um recurso material, que precisa ser aplicado com
sabedoria para que não traga prejuízos espirituais I Tm 6.10. Tais recursos não
devem nos tornar gananciosos Lc 12.16-19, pois a nossa vida não consiste na
abundância do que possuímos Lc 12.15.
b) Um meio para sermos abençoados. O dinheiro é
apenas um meio em si, e não o fim, por isso o conselho de Deus: “... se as
vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o vosso coração” Sl 62. 10b. Lembremo-nos que o dinheiro
é apenas uma “sombra” Ec 7.12, e não o principal em nossas vidas I Tm 6.8;
c) Uma bênção para a igreja. A casa do Senhor é
abençoada com o dinheiro do povo de Deus II Rs 12.9.
·
Nossa contribuição é empregada nas mais diversas necessidades da obra e
na expansão do reino de Deus Fp 4.15,16.
·
Qualquer que sejam os recursos eles devem ser aplicados com sabedoria II
Rs 12.11,12, para que o nome do Senhor seja glorificado.
·
Pv. 30.7 – não me dê poder nem riqueza, mas a porção do dia a dia.
II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAISMO DO TEMPO
DE JESUS
a) Ricos
e pobres: Tg. 2.6 – Os ricos Judeus oprimiam os pobres, e exigia um tratamento
especial dos pobres.
·
Ap. 2.9 - Conheço a tua pobreza, mas és rico. Deus
observava 3 coisas em Esmirna: as obras,
a tribulação e a pobreza.
·
Ap. 3.17 – Rico sou e de nada tenho falta. Deus vê
desgraçado, miserável, pobre cego e nú.
b)
Generosidade e prosperidade
v At. 20.35
– É melhor dá do que receber
v 1 Co. 9.6
– Quem semeia pouco, pouco ceifa.
·
Pv. 10.22 – A benção do Senhor é que enriquece e
não acrescenta dores.
v Abraão
Gn. 24.1 Abençoado em tudo
v Isaque
Gn. 25.11 e 26.12 Deus o abençoou
v Jacó
Gn.28.4 abençoado com a benção de Abraão
v Salomão
1Rs.13 Pediu sabedoria, Deus lhe deu riquezas e Gloria
·
A teologia da prosperidade vai ao extremo:
·
Se for rico é abençoado;
·
Se for pobre não tem a benção de Deus
III –
DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS
a) Os
Perigos da riqueza
·
O Amor ao dinheiro 1Tm. 6.10 – A ganancia e a falsa
confiança no dinheiro traz uma sensação errônea de segurança.
·
Ex. Lc. 12.18 – 20 Nunca procure as riquezas à
custa do bem estar da alma
·
Lc.12.22 – Confiar nos tesouros terrenos ira trazer
condenação para alma. 21,33,34
b)
Devemos Confiar em Deus
·
Sl. 20.7 – A nossa Confiança deve estar em Deus
v Carros v.
7 Is. 31.1
v Cavalos
v.7 ; 33.17;147.10
v O Nome do
Senhor v,7
Conclusão: Romanos
10:11 - Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será
confundido.
• Isaias 49:23 - E saberás
que eu sou o SENHOR, que os que confiam em mim não serão confundidos.
• Salmos 22:5 - Mas eu sou
verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
• Salmos 25:3 - Na
verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que
transgridem sem causa.
• Felipenses 1:20 -
Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei
confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre,
engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
Nas direções de Deus estão as
nossas certezas. Se ficamos confusos mediante as nossas decisões é porque
estamos ponderando entre a vontade de Deus e a nossa.
É nesses momentos que somos
testados. Se confiarmos e esperarmos no Senhor toda confusão se desfaz, pois
iremos seguir a direção Dele. Mas se seguimos nossos impulsos e vontades negamos
a voz de Deus e demonstramos que não confiamos e não esperamos no seu amor e
vontade para nós.
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