domingo, 15 de abril de 2018

ÉTICA CRISTÃ E OS DIREITOS HUMANOS


INTRODUÇÃO Uma das características centrais do cristianismo bíblico é a dignidade atribuída ao ser humano. A demonstração máxima da dedicação divina à humanidade é o fato de Deus ter-se feito homem (Jo. 1.1,14). Por isso, na lição de hoje, dando continuidade aos estudos sobre ética cristã, nos voltaremos para a importância dos cristãos defenderem os direitos humanos, não apenas por meio de palavras, também em atitudes. A princípio, iremos destacar o princípio dos direitos humanos, em seguida, nos voltaremos para o papel desses na Bíblia, e por fim, ressaltar a atuação da igreja na defesa dos direitos humanos
1. A ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS
Os Direitos Humanos remetem à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, promulgada pela primeira vez em 1789, na França. Ela é resultante do Iluminismo, que pretendia, por meio da razão, defender os direitos inalienáveis da pessoa humana. Um documento exponencial que reflete essa defesa é a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Ela assume que “todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre esses estão: a vida, a liberdade e a busca pela felicidade”. A Declaração do Homem e do Cidadão tornou-se um documento histórico, e um divisor de águas, passando a ter alcance universal. Em dezembro de 1948, após a Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou uma Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecendo os direitos fundamentais e universais do ser humano. Mais especificamente no Brasil, após o processo de democratização, principalmente depois das torturas do período da Ditatura Militar, fez-se necessário que se pautasse a luta pelos direitos humanos. Os Direitos Humanos devem ser preservados indistintamente, a pessoa humana deve ter seus direitos garantidos, e o direito de defesa deve ser mantido até as últimas instâncias, resguardando a presunção da inocência. Não podemos deixar de destacar que alguns servos de Deus foram injustamente incriminados, alguns deles condenados entre os pecadores, como aconteceu com Jesus (Lc. 22.37), e o próprio Apóstolo Paulo, mesmo sendo cidadão romano (At. 16.19-23).
2. OS DIREITOS HUMANOS NAS ESCRITURAS
As Escrituras são criteriosas na preservação dos direitos humanos, desde os tempos da Antiga Aliança. A preservação da vida humana e a manutenção dos seus direitos fundamentais estão elencados no Pentateuco (Ex. 22; Dt. 6). Ninguém deveria ser julgado injustamente, as testemunhas deveriam ser fieis, os juízes deveriam agir com retidão, e não poderiam atribuir valoração demasiada, além do que fora estabelecido para a pena. A justiça desigual era comum nos tempos dos profetas, por esse motivo Isaias chama a atenção dos juízes: “ai dos juízes injustos e dos que decretam leis injustas, que não deixam haver justiça para os pobres, para as viúvas e para os órfãos” (Is. 10.1). Os evangélicos precisam se dedicar um pouco mais a leitura dos profetas, e reconhecerem que há espaço para a denúncia da injustiça. Devemos defender principalmente os direitos dos pobres, para que esses possam defenderem-se das acusações que lhes são atribuídas. Em um país com desigualdade social gritante, os ricos corruptos podem pagar advogados, e alguns deles são soltos imediatamente após a prisão, a maioria deles sequer é presa. Enquanto isso, os mais pobres “apodrecem” em prisões que a ninguém reforma, não passam de depósitos de pessoas, “fábricas” de delinquentes. A esse respeito, devemos lembrar que Paulo foi acoitado e punido injustamente, sendo criminalizado tão somente porque pregava o evangelho de Jesus Cristo. Dependendo dos padrões sociais de justiça, qualquer pessoa que defenda um pensamento diferenciado da maioria poderá ser criminalizada. Por isso, precisamos ter cuidado para resguardar sempre o direito pleno à defesa. Paulo defendeu seu direito de defesa, ao ser acoitado sem ser ouvido, como era de praxe a um cidadão romano (At. 22.25-29). Não há respaldo bíblico para o jargão que circula na sociedade, inclusive entre alguns cristãos que “bandido bom é bandido morto”. Qualquer pessoa deve ter seu direito de defesa preservado, e após ser julgada deverá responder justamente pelos seus delitos.
3. A IGREJA E OS DIREITOS HUMANOS
O papel da Igreja, na defesa dos direitos humanos, é o de reconhecer que o ser humano, independentemente da sua condição socioeconômica, é valioso aos olhos de Deus. Tiago denunciou o favoritismo dentro e fora da igreja (Tg. 2.1), sobretudo em relação àqueles que nada têm. Os direitos humanos exigem um posicionamento equilibrado da igreja, a defesa que tanto o rico quanto o pobre tenham tratamento igualitário. Isso tem a ver também com os direitos trabalhistas, reformas têm sido aprovadas a fim de garantir a concentração cada vez maior de riqueza, e a condição servil de muitos trabalhadores, em alguns casos eles sequer têm a garantia dos seus salários, atitude já denunciada por Tiago (Tg. 5.4-6). A preocupação com aqueles que estão encarcerados também deve estar na pauta da Igreja, precisamos visitar aqueles que se encontram nessa condição, e conduzi-los ao evangelho de Jesus Cristo (Hb. 13.3). Não importa o que essa pessoa tenha feito no passado, existe sempre a possibilidade de arrependimento, e de dedicação da vida ao Senhor Jesus. Há vários obreiros nas igrejas cristãs que outrora estavam entregues à criminalidade, mas foram resgatados das trevas pela graça maravilhosa de Jesus. É preciso também considerar que algumas dessas pessoas, mesmo sendo responsáveis pelos seus atos, também foram influenciadas por um sistema injusto, que as mantem abaixo da linha da pobreza, e não lhes dá igualdade de oportunidades. Não eximimos as pessoas da responsabilidade, mas também não podemos deixar de ter uma visão mais ampla, e considerar que as condições sociais também determinam as atitudes dos seres humanos, sobretudo quando há baixo investimento social em educação, e poucas oportunidades de trabalho.
CONCLUSÃO: Não podemos ter a ilusão de que teremos um estado cristão (II Cr. 7.14), Israel foi a única nação teocrática, no contexto das Escrituras, e essa voltará a assumir esse papel no futuro, quando Jesus vier para reinar. A nação de Deus nos dias atuais é a Igreja (I Pe. 2.9), e essa deve influenciar positivamente a sociedade, buscando garantir os direitos humanos. Como enfatizamos anteriormente, a plenitude da justiça acontecerá somente no plano escatológico, por enquanto devemos nos posicionar sempre para que o Estado esteja a serviço de todos, principalmente daqueles que mais precisam.

BIBLIOGRAFIA
KAISER JR, W. C. O cristão e as questões éticas da atualidade. São Paulo: Vida Nova, 2015.
PLATT, D. Contracultura. São Paulo: Vida Nova, 2016.

sábado, 14 de abril de 2018

SOCIEDADE BÍBLICA REALIZA VIAGEM COM "BARCO DA BÍBLIA" PARA ALCANÇAR 3 MIL PESSOAS NA AMAZÔNIA


Um a das iniciativas mais significativas da Sociedade Bíblia do Brasil pretende alcançar cerca de 3 mil pessoas que vivem na região da Amazônia, através da Palavra de Deus. Para isso, a entidade colocou em prática o projeto  “Luz na Amazônia II”, onde é utilizado um barco que vai navegar por nove municípios dos estados do Pará e Amapá.No “Barco da Bíblia”, como também é chamado o projeto, há apresentações culturais, como o “Museu da Bíblia”, onde os ribeirinhos e moradoras das regiões próximas de onde o barco fica ancorado, podem conhecer maiores detalhes sobre o livro que é considerado um best-seller por excelência no mundo inteiro.
A viagem começou no dia 02 de abril e vai até 03 de junto. No barco, além da Bíblia, são ofertadas outras literaturas que envolvem o tema bíblico. A intenção é disponibilizar ao público uma compreensão maior sobre o surgimento da fé cristã. O horário de abertura do “Barco da Bíblia” é de 08 às 20h.
Confira abaixo a programação da viagem com os locais onde barco será ancorado:
Abril

03: Curralinho (PA)
07: Portel (PA)
14: Porto de Moz (PA)
18: Vitória do Jari (AP)
21: Laranjal do Jari (AP)
28: Macapá (AP)
Maio
21: Anajás (PA)
25: Breves (PA)
30: São Sebastião de Boa Vista (PA)
Junho
03: Belém (PA)
A oportunidade dos moradores entrarem em contato com o “Barco da Bíblia” também possibilita a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) conhecer melhor o perfil do público nessas regiões, suas dúvidas e necessidades, permitindo a entidade traçar novas estratégias para atingir um público ainda maior, bem como adequar o tipo de material que poderá ser mais adequado às necessidades da população.
Além de distribuir exemplares da Bíblia, o projeto “Luz na Amazônia II” também realiza ações sociais, como a oferta de consultas na área de saúde e outras orientações ao público. Em 2014 o projeto visitou oito cidades e distribuiu 15 mil obras da Palavra de Deus.


segunda-feira, 9 de abril de 2018

RELATIVISMO É PECADO


 Introdução: Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo.
O ato de relativizar é levar em consideração questões cognitivas, morais e culturais sobre o que se considera verdade. Ou seja, o meio que se vive é determinante para construir essas concepções.
A relativização é a desconstrução das verdades pré-determinadas, buscando o ponto de vista do outro. Aquele que relativiza suas opiniões é aquele que acredita que existem outros tipos de verdade, de perspectivas para as mesmas coisas, e que não há necessariamente certo ou errado.
“Porquanto escrito está: sede Santo porque eu sou Santo”IPd.1.16, mesmo vivendo em uma sociedade perversa, temos que ser puro e viver como sal e luz Mt. 5.13,14.
A palavra de Deus nos orienta a vivenciarmos os valores éticos do Reino. O Salmista no Salmo primeiro nos alerta: Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu  prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite.
Rejeitemos a relativização dos valores éticos morais, culturais e sociais, para vivermos de acordo com a palavra de Deus, para não sermos enganados pelas muitas filosofias mundanas, precisamos conhecer a palavra de Deus. Conhecer envolve: Meditar. Ler, Estudar e Viver a Palavra. Precisamos vigiar , pois o diabo quer nos destruir sedes sóbrios vigiai porque o diabo vosso adversário anda em derredor bramando como um leão buscando a quem possa tragar IPd.5.8.
Como todo pecado traz consequências o relativismo tem também as suas consequências: a falta de valores éticos morais são muitas  e todas maléficas. Vejamos algumas:
1.   A falta de Santidade: A santidade continua e continuará sendo indipensavel ao crente Hb. 12.14;
2.   Desestruturação familiar: A família vem divergindo muito dos padrões divinos e Biblicos. Se ela vai mal a sociedade também decai. O divorcio, o adultério, a traição vem destruindo muitos lares.
a)   Não podemos deixar de confrontar os nosos filhos com a verdade, lembra do Sacerdote Eli. ISm.3.13. Pv. 22.6
3.   Uma Sociedade centrada no homem: Is. 14.12-15, A sociedade moderna tem como base a ideia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Ele é o centro por esta razão, age e pensa como Satanas. Sabemos que o homem foi criado por Deus logo, ele não é maior do que o criador.
Conclusão: A inversão de valores, tem destruído muitas famílias que não teem buscado na palavra de Deus fundamentos sólidos para viverem uma vida de acordo e conforme a vontade de Deus. A palavra de Deus tem os valores absolutos que servem de referencias para a humanidade.

PB RINALDO SANTANA



segunda-feira, 2 de abril de 2018

QUATRO CHAMADAS DO SENHOR JESUS CRISTO


Introdução: Jesus ao iniciar seu ministério, começou a chamar pessoas, começando pelos doze apóstolos, esses chamados para missões especificas, para serem cooperadores no seu ministério. “Porem as quatro chamadas” a que nos referimos aqui são destaques na vida de cada pessoa. Chamadas especificas para: a Salvação, para aprender, para seguir e para permanecer em Jesus eternamente.
1."Vinde a Mim". - Mat. 11:28. Eu sou o Redentor.
a)   Jesus convida os cansados e oprimidos a descansar nele
2. "Aprendei de Mim". - Mat. 11:29. Eu sou o Ensinador.
a)   Jesus convida a todos aprender com
b)   Aprender a ser manso e humilde de coração
3. "Vinde após Mim". - Mat. 4:19. Eu sou o Mestre.
a)   Jesus faz dos pescadores de peixe pescadores de almas
4. “Permanecei em Mim". – Jo. 15:4. Eu sou a Vida.
a)   Devemos permanecer nele
Conclusão: os convites de Jesus Cristo, são convites gloriosos, não se deve rejeitar os seus convites.

PB. RINALDO SANTANA


terça-feira, 27 de março de 2018

O QUE É ÉTICA CRISTÃ


No próximo domingo dia 01/04/2018 estamos dando inicio ao segundo trimestre da EBD Escola Bíblica Dominica a CPAD caprichou no assunto trazendo assuntos com base na seguinte temática: “VALORES CRISTÃOS”, 13 lições sobre esse brilhante tema, que nos traz um aprendizado maravilhoso diante de assuntos tão polêmicos na atualidade:
LIÇÃO 1 – O QUE ÉTICA CRISTÃ
LIÇÃO 2 – ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GENERO
LIÇÃO 3 – ÉTICA CRISTÃ E DIREITOS HUMANOS
LIÇÃO 4 – ÉTICA CRISTA E O ABORTO
LIÇÃO 5 – ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANASIA
LIÇÃO 6 – ÉTICA CRISTÃ E SUICIDIO
LIÇÃO 7 – ÉTICA CRISTÃ E DOAÇÃO DE ORGÃOS
LIÇÃO 8 – ÉTICA CRISTÃ E A SEXUALIDADE
LIÇÃO 9 – ÉTICA CRISTÃ E PLANEJAMENTO FAMILIAR
LIÇÃO 10 – ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA
LIÇÃO 11 – ÉTICA CRISTÃ VICIOS E JOGOS
LIÇÃO 12 – ÉTICA CRISTÃ E POLITICA
LIÇÃO 13 – ÉTICA CRISTÃ E REDES SOCIAIS
                O QUE ÉTICA CRISTÃ?
A palavra “ética” vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.
A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas. O teólogo Emil Brunner declarou que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.
A ética é importante para a vida diária do cristão. A cada momento precisamos tomar decisões que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a encarar seus valores e deveres de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus. Ela mostra ao ser humano o quanto está distante dos alvos de Deus para a sua vida, mas o ajuda a progredir em direção esse ideal. Se fosse possível declarar em uma só sentença a totalidade do dever social e moral do ser humano, poderíamos fazê-lo com as palavras de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento... e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mt 22, 37 e 39 
1. A ÉTICA DO ANTIGO TESTAMENTO 
1.1 O caráter ético de Deus A religião dos judeus tem sido descrita como “monoteísmo ético”. O Velho Testamento fala da existência de um único DEUS, o criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela em seus atributos morais. Deus é Santo Lv 11, 45; Sl 99, 9, justo Sl 11, 7; 145, 17, verdadeiro Sl 119, 160; Is 45, 19, misericordioso Sl 103, 8; Is 55, 7, fiel Dt 7, 9; Sl 33, 4. 
1.2 A natureza moral do homem A Escritura afirma que Deus criou o ser humano à sua semelhança Gn 1, 26-27. Isso significa que o  homem partilha, ainda que de modo limitado, do caráter moral de seu Criador. Embora o pecado haja distorcido essa imagem divina no ser humano, não a destruiu totalmente. Deus requer uma conduta ética das suas criaturas: “Sede santos porque eu sou santo” Lv 19, 2; 20, 26.
1.3 A Lei de Deus A lei expressa o desejo que Deus tem de que as suas criaturas vivam vidas de integridade. Há três tipos de leis no Antigo Testamento: cerimoniais, civis e morais. Todas visavam disciplinar o relacionamento das pessoas com Deus e com o seu próximo. A lei inculca valores como a solidariedade, o altruísmo, a humildade, a veracidade, sempre visando o bem-estar do indivíduo, da família e da coletividade. 
1.4 Os Dez Mandamentos A grande síntese da moralidade bíblica está expressa nos Dez Mandamentos Ex 20, 1-17; Dt 5, 6-21. As chamadas “duas tábuas da lei” mostram os deveres das pessoas para com Deus e para com o seu próximo. O Reformador João Calvino falava nos três usos da Lei: judicial, civil e santificador. Todas as confissões de fé reformadas dão grande destaque à exposição dos Dez Mandamentos. 
1.5 A contribuição dos profetas Alguns dos preceitos éticos mais nobres do Antigo Testamento são encontrados nos livros dos Profetas, especialmente Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Sua ênfase está não só na ética individual, mas social. Eles mostram a incoerência de cultuar a Deus e oferecer-lhe sacrifícios, sem todavia ter um relacionamento de integridade com o semelhante. Is. 1, 10-17; 5, 7 e 20; 10 1-2; 33, 15; Os. 4, 1-2; 6, 6; 10, 12; Am. 5, 12-15, 21-24; Mq. 6, 6-8. 
2. A ÉTICA DO NOVO TESTAMENTO 
1. A ética do Novo Testamento não contrasta com a do Antigo, mas nele se fundamenta. Jesus e os Apóstolos desenvolvem e aprofundam princípios e temas que já estavam presentes nas Escrituras Hebraicas, dando também algumas ênfases novas.
2. A ética de Jesus: a ética de Jesus está contida nos seus ensinos e é ilustrada pela sua vida. O tema central da mensagem de Jesus é o conceito do “reino de Deus”. Esse reino expressa uma nova realidade em que a vontade de Deus é reconhecida e aceita em todas as áreas. Jesus não apenas ensinou os valores do reino, mas os exemplificou com a vida e o seu exemplo.
3. O Sermão da Montanha: uma das melhores sínteses da ética de Jesus está contida no Sermão da Montanha (Mateus Caps. 5 a 7). Os seus discípulos (os Filhos do Reino) devem caracterizar-se pela humildade, mansidão, misericórdia, integridade, busca da justiça e da paz, pelo perdão, pela veracidade, pela generosidade e acima de tudo pelo amor. A moralidade deve ser tanto externa como interna (sentimentos, intenções): Mt 5, 28. A fonte do mal está no coração: Mc 7, 21-23. 
4. A vontade de Deus: Jesus acentua que a vontade ou o propósito de Deus é o valor supremo. Vemos isso, por exemplo, em Mt 19, 3-6. O maior pecado do ser humano é o amor próprio, o egocentrismo Lc 12, 13-21; 17, 33. Daí a ênfase nos dois grandes mandamentos que sintetizam toda a lei: Mt 22, 37-40. Outro princípio importante é a famosa “regra de ouro”: Mt 7, 12. 
5. A ética de Paulo: Paulo baseia toda a sua ética na realidade da redenção em Cristo. Sua expressão característica é “em Cristo” II Co. 5, 17; Gl 2, 20; 3, 28; Fp. 4.1. Somente por estar em Cristo e viver em Cristo, profundamente unido a Ele pela fé, o cristão pode agora viver uma nova vida, dinamizado pelo Espírito de Cristo. Todavia, o cristão não alcançou ainda a plenitude, que virá com a consumação de todas as coisas. Ele vive entre dois tempos: o “já” e o “ainda não”. 
6. Tipicamente em suas cartas, depois de expor a obra redentora de Deus por meio de Cristo, Paulo apresenta uma série de implicações dessa redenção para a vida diária do crente em todos os aspectos (Rm 12, 1-2; Ef 4, 1) 
7. Entre os motivos que devem impulsionar as pessoas em sua conduta está a imitação de Cristo (Rm 15, 5; Gl 2, 20; Ef 5, 1-2; Fp 2, 5). Outro motivo fundamental é o amor (Rm 12, 9-10; I Co 13, 1-13; 16, 14; Gl 5, 6). O viver ético é sempre o fruto do Espírito (Gl 5, 22-23). 
8. Na sua argumentação ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o corpo de Cristo (Rm 12, 5; I Co 10, 17; 12, 13 e 27; Ef 4, 25; Gl 3, 28). Ao mesmo tempo, ele valoriza o indivíduo, o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14, 15; I Co 8, 11; I Ts 4, 6; Fm 16)
9. Acima de tudo, o crente deve viver para Deus, de modo digno dele, para o seu inteiro agrado: Rm 14, 8; II Co 5, 15; Fp 1, 27; Cl 1, 10; I Ts 2, 12; Tt 2, 12.
A Ética Cristã Á ética cristã é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos. Como as demais éticas já mencionadas acima, a ética cristã opera a partir de diversos pressupostos e conceitos que acredita estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único Deus verdadeiro. São estes:
1. A existência de um único Deus verdadeiro, criador dos céus e da terra. A ética cristã parte do conceito de que o Deus que se revela nas Escrituras Sagradas é o único Deus verdadeiro e que, sendo o criador do mundo e da humanidade, deve ser reconhecido e crido como tal e a sua vontade respeitada e obedecida.
2. A humanidade está num estado decaído, diferente daquele em que foi criada. A ética cristã leva em conta, na sistematização e sintetização dos deveres morais e práticos das pessoas, que as mesmas são incapazes por si próprias de reconhecer a vontade de Deus e muito menos de obedecê-la. Isso se deve ao fato de que a humanidade vive hoje em estado de afastamento de Deus, provocado inicialmente pela desobediência do primeiro casal. A ética cristã não tem ilusões utópicas acerca da "bondade inerente" de cada pessoa ou da intuição moral positiva de cada uma para decidir por si própria o que é certo e o que é errado. Cegada pelo pecado, a humanidade caminha sem rumo moral, cada um fazendo o que bem parece aos seus olhos. As normas propostas pela ética cristã pressupõem a regeneração espiritual do homem e a assistência do Espírito Santo, para que o mesmo venha a conduzir-se eticamente diante do Criador. 
3. O homem não é moralmente neutro, mas inclinado a tomar decisões contrárias a Deus, ao próximo. Esse pressuposto é uma implicação inevitável do anterior. As pessoas, no estado natural em que se encontram (em contraste ao estado de regeneração) são movidas intuitivamente, acima de tudo, pela cobiça e pelo egoísmo, seguindo muito naturalmente (e inconscientemente) sistemas de valores descritos acima como humanísticos ou naturalísticos. Por si sós, as pessoas são incapazes de seguir até mesmo os padrões que escolhem para si, violando diariamente os próprios princípios de conduta que consideram corretos. 
4. Deus revelou-se à humanidade. Essa pressuposição é fundamental para a ética cristã, pois é dessa revelação que ela tira seus conceitos acerca do mundo, da humanidade e especialmente do que é certo e do que é errado. A ética cristã reconhece que Deus se revela como Criador através da sua imagem em nós. Cada pessoa traz, como criatura de Deus, resquícios dessa imagem, agora deformada pelo egoísmo e desejos de autonomia e independência de Deus. A consciência das pessoas, embora freqüentemente ignorada e suprimida, reflete por vezes lampejos dos valores divinos. Deus também se revela através das coisas criadas. O mundo que nos cerca é um testemunho vivo da divindade, poder e sabedoria de Deus, muito mais do que o resultado de milhões de anos de evolução cega. Entretanto é através de sua revelação especial nas Escrituras que Deus nos faz saber acerca de si próprio, de nós mesmos (pois é nosso Criador), do mundo que nos cerca, dos seus planos a nosso respeito e da maneira como deveríamos nos portar no mundo que criou.
Assim, muito embora a ética cristã se utilize do bom senso comum às pessoas, depende primariamente das Escrituras na elaboração dos padrões morais e espirituais que devem reger nossa conduta neste mundo. Ela considera que a Bíblia traz todo o conhecimento de que precisamos para servir a Deus de forma agradável e para vivermos alegres e satisfeitos no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação exaustiva de Deus e do reino celestial, a Escritura, entretanto, é suficiente naquilo que nos informa a esse respeito. Evidentemente não encontraremos nas Escrituras indicações diretas sobre problemas tipicamente modernos como a eutanásia, a AIDS, clonagem de seres humanos ou questões relacionadas com a bioética. Entretanto, ali encontraremos os princípios teóricos que regem diferentes áreas da vida humana. É na interação com esses princípios e com os problemas de cada geração, que a ética cristã atualiza-se e contextualiza-se, sem jamais abandonar os valores permanentes e transcendentes revelados nas Escrituras. 
É precisamente por basear-se na revelação que o Criador nos deu que a ética cristã estende-se a todas as dimensões da realidade. Ela pronuncia-se sobre questões individuais, religiosas, sociais, políticas, ecológicas e econômicas. Desde que Deus exerce sua autoridade sobre todas as dimensões da existência humana, suas demandas nos alcançam onde nos acharmos – inclusive e principalmente no ambiente de trabalho, onde exercemos o mandato divino de explorarmos o mundo criado e ganharmos o nosso pão. 
É nas Escrituras Sagradas, portanto, que encontramos o padrão moral revelado por Deus. Os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte proferido por Jesus são os exemplos mais conhecidos. Entretanto, mais do que simplesmente um livro de regras morais, as Escrituras são para os cristãos a revelação do que Deus fez para que o homem pudesse vir a conhecê-lo, amá-lo e alegremente obedecê-lo. A mensagem das Escrituras é fundamentalmente de reconciliação com Deus mediante Jesus Cristo. A ética cristã fundamenta-se na obra realizada de Cristo e é uma expressão de gratidão, muito mais do que um esforço para merecer as benesses divinas.
A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.
Tomando Decisões: Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. Fazemos escolhas, optamos, resolvemos e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida individual; a vida da empresa, da igreja, a vida da nossa família... Enfim, a vida de nossos semelhantes.
Ninguém faz isso no vácuo. Antigamente pensava-se que era possível pronunciar-se sobre um determinado assunto de forma inteiramente objetiva, isto é, isenta de quaisquer pré-concepções ou pré-convicções. Hoje, sabe-se que nem mesmo na área das chamadas “ciências exatas” é possível fazer pesquisa sem sermos influenciados pelo que somos, cremos, desejamos, objetivamos e vivemos.
As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética.
A nossa palavra "ética" vem do grego eqikh, que significa um hábito, costume ou rito. Com o tempo, passou a designar qualquer conjunto de princípios ideais da conduta humana, as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros de uma sociedade. Ética é o conjunto de valores ou padrão pelo qual uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.


CINCO TIPOS DE FÉ


Introdução: Falar sobre fé é falar sobre um dos elementos mais importantes de nossa vida cristã, pois, sem fé, jamais iremos alcançar as bênçãos que Deus reservou à cada um de nós. Quem tem fé não desiste das circunstancias, mas enfrenta as circunstancias. Sem fé, jamais sairemos desse evangelho de "águas rasas", jamais iremos experimentar o sobrenatural de Deus e nunca iremos agradá-lo. A bíblia diz que sem fé, é impossível agradar a Deus. Listamos cinco tipos de fé com base na Bíblia.
      I.         FÉ NATURAL EX. TOMÉ JO.20.25. Todo homem tem essa fé. A natural.
    II.         FÉ EMOCIONAL .  EX. Eva ouviu a voz do Inimigo; ficou deslumbrada ao ver o fruto proibido e acabou tocando nele e comendo-o. Seus sentidos foram atraídos e dominados pelo mal Gn.3; I Sm.16, por pouco o profeta não ungiu um dos irmão de Davi.
  III.         A FÉ SALVIVICA EF. 2.8,9 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.
  IV.         FÉ COMO FRUTOS DO ESPIRITO GL.5.22. Mas o fruto do Espirito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
    V.         FÉ SOBRENATURAL
  Podemos entender isso através de quatro pontos essenciais:
1 - VER O INVISÍVEL Hb. 11:27: É ter a capacidade de enxergar o sobrenatural em meio às circunstâncias adversas. O moço de Elias viu apenas uma pequena nuvem, Elias viu uma grande chuva.
2 - OUVIR O INAUDÍVEL Rm 10:17 – Ap. 3:13: Elias ouviu o "som das águas" antes mesmo das nuvens se formarem.
Ilustração: Uma cidadezinha do interior sofria com uma grave seca que já durava vários meses. Os moradores já sofriam com a estiagem e já haviam pessoas que começavam a passar necessidades graves. Tudo faltava: Alimento, água, dinheiro…
Foi então que um grupo de crentes de uma igreja combinou de fazer uma reunião de oração especial para pedir que Deus enviasse a chuva tão necessária naquele momento.
No dia combinado, todos iam chegando e se acomodando na igreja, aguardando que o pastor iniciasse aquele momento especial de clamor.
Num determinado momento, uma menina chama todas as atenções, quando entra na igreja de guarda-chuva à tira-colo, capa de chuva e bota de borracha.
Houve quem quisesse rir, mas logo a “ficha caiu”:
Eles estavam diante da mais genuína demonstração de fé daquela criança; demonstração essa que não se viu em nenhum dos adultos crentes ali reunidos.
3 - TRANSPOR O INTRANSPONÍVEL Mt 21:21: É superar os limites e transpor barreira, ainda que estas sejam maiores. O salmista Davi disse: com o meu Deus eu pulo uma muralha, e com Ele, passo no meio de um exército.
4 - SUPORTAR O INSUPORTÁVEL Ex.: Jó: É contrariar as expectativas do inimigo e se manter firme mesmo em meio às tempestades dessa vida; É suportar as lutas e, como Jó, apenas adorar a Deus e reconhecer que Ele está no controle de todas as coisas.
A.    A fé autoriza agir Gn.12.11;
B.    A fé exige responsabilidade Gn. 13.2-10;
C.   A fé te torna acessível às promessas impossíveis Gn. 14.21-24;
D.   A fé te torna decidido Gn. 14.18-20; Dn 1.8;
E.    A fé abre a visão Gn.15
Conclusão: Precisamos ter fé para vencermos o nosso inimigo, uma vez que  “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé  IJo.5.

PB. RINALDO SANTANA


domingo, 25 de março de 2018

VALORES CRISTÃOS














O Proximo trimestre a CPAD caprichou no assunto da EBD "VALORES CRISTÃOS" 13 lições sobre esse brilhante tema, nos trazendo um aprendizado maravilhoso diante de assuntos tão polêmicos na atualidade:
LIÇÃO 1 – O QUE ÉTICA CRISTÃ
LIÇÃO 2 – ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GÊNERO
LIÇÃO 3 – ÉTICA CRISTÃ E DIREITOS HUMANOS
LIÇÃO 4 – ÉTICA CRISTA E O ABORTO
LIÇÃO 5 – ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA
LIÇÃO 6 – ÉTICA CRISTÃ E SUICÍDIO
LIÇÃO 7 – ÉTICA CRISTÃ E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
LIÇÃO 8 – ÉTICA CRISTÃ E A SEXUALIDADE
LIÇÃO 9 – ÉTICA CRISTÃ E PLANEJAMENTO FAMILIAR
LIÇÃO 10 – ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA
LIÇÃO 11 – ÉTICA CRISTÃ VÍCIOS E JOGOS
LIÇÃO 12 – ÉTICA CRISTÃ E POLITICA
LIÇÃO 13 – ÉTICA CRISTÃ E REDES SOCIAIS
PB. RINALDO SANTANA