Introdução: Frequentemente,
constatamos que os relacionamentos na vida dos crentes tem sido uma área muito
afetada. Isso tem causado muitos males no meio do povo de Deus, uma vez que
tais problemas prejudicam o nosso crescimento espiritual e o serviço na obra de
Deus. Crentes que, com suas vidas espirituais enfraquecidas, carregando mágoas,
rancores, pecados não confessados e, muitas vezes, nem mesmo reconhecidos,
acabam por prejudicar todo o trabalho de suas igrejas. Nem percebem, talvez,
que em razão dessas coisas, eles mesmos não crescem e não glorificam a Deus no
trabalho que fazem.
Por este motivo vemos
quebrada e abandonada a unidade interna da igreja como se isso não fosse coisa
importante e necessária aos olhos de Deus Sl. 133.1. Por vezes, a maioria dos
crentes da igreja nem se dá conta do problema até que ele cresça e, por alguma
razão, venha à tona. Problemas não resolvidos de relacionamento entre irmãos
geram atitudes carnais. Assim, passam a gerar facções, boicotes, disputas,
rebeldias e coisas semelhantes, na igreja, ou mesmo entre igrejas. Deixam de
participar de certas áreas, na vida da igreja, onde aquela pessoa, com quem se
tem problemas, está envolvida e, principalmente, quando esta lidera aquela
atividade. Outras vezes, ainda, o trabalho acaba sendo feito de forma carnal e
motivada por disputa, tentando superar o seu “irmão inimigo”. Membros de uma
mesma igreja que não gostam de outros e, às vezes, nem falam com eles; é comum
a atitude de alegar que “não se tem raiva”, procurando justificar-se apenas com
uma desculpa de que prefere manter alguma distância ou que não é obrigado a
“andar grudado na outra pessoa”. O apostolo Paulo em Ef. 4,31,32 revela seis atitudes
pecaminosas no relacionamento dos crentes que agem dessa maneira vejamos:
I.
Amargura: Rejeições e traumas são experiências
dolorosas que criam o ambiente fértil para que raízes de amargura sejam
geradas, com profundidade, nos corações das pessoas. E o que é raiz de amargura?
É sentir de novo todas as emoções ruins
provocadas por uma mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir
profundamente, estar magoado, ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso,
angustiado.
Ressentir é trazer á tona momentos ruins
dolorosos, inacabados, uma sensação de amargura, raiva ou vingança. É ficar
contemplando cenas de um passado doloroso, através de imagens mentais; Reviver
com as mesmas sensações fatos que nos causaram mágoas.
Esses sentimentos ruins tendem a ficar
escondidos no coração de tal maneira que as pessoas não percebem de imediato.
Todos acham que está tudo bem, mas um dia os frutos amargos são produzidos e
ninguém mais deseja estar próximo de uma pessoa com raízes de amargura.
1 – A amargura de Levi e de Simeão – Gn. 34
a) A raiz de amargura faz brotar em nós o desejo de vingança
Gn.34.14;
b) A raiz de amargura nos cega de tal maneira que não medimos o
que fazemos G.34 25, 26;
Ilustração: A mágoa plantada no coração é como um
veneno que você toma e espera que o outro morra (mas quem está se envenenando é
você!). Há pessoas que vivem no veneno. Li, já faz um bom tempo, sobre a
história de Amós e Andy, apresentada num programa de televisão nos Estados
Unidos. Andy estava muito chateado porque um colega sempre que o via dava-lhe
um tapa no peito como forma de saudação. Aquilo deixava Andy furioso. Um dia
ele teve a idéia de vingança e colocou uma bomba no peito, por baixo da roupa
para destruir a mão do colega no momento que repetisse aquela brincadeira
desagradável. O problema é que Andy esqueceu que não só a mão do colega seria
destruída, mas o seu próprio coração e vida.
c) A raiz de amargura nos leva a pensar que o que fazemos está
certo Gn.34.31;
d) A raiz de amargura afeta a todos os que nos rodeiam
Gn.34.30.
2 – A amargura de Simeão – At. 8: 23
a) O desejo de figurar, de anelar cargos na igreja, termina
gerando amargura. O humilde não se amargura e serve o que Deus lhe dá At. 8.18,19.
b) A inveja gera amargura para com os líderes, os irmãos, e até
mesmo com Deus At.8.23.
II.
Cólera: Palavra grega
thimos, “cólera”, traz a ideia de uma fúria apaixonada. Refere-se a uma ira temporária;
III.
Ira: A Bíblia pressupõe
como um sentimento forte de desagrado tanto por parte de Deus como por parte de
homem. No caso do homem a ira é frequentemente misturada com a hostilidade e
com o ódio. Ou seja uma ira mais sutil e profunda;
IV.
Gritaria: A palavra grega
krauge, “gritaria”, descreve as pessoas que erguem a voz numa alteração,
começam a gritar e até a berrar umas contra as outras;
V.
Blasfêmia: A palavra grega
blasphemia, “blasfêmia”, quer dizer falar mal dos outros, especialmente pelas
costas com difamação destruindo a reputação das pessoas;
VI.
Malícia: A palavra grega
Kakia, “malicia”, quer dizer má vontade, incluindo o desejar e tramar o mal
contra as pessoas. “Deixando (Despojando),
pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente
nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;
se é que já provastes que o SENHOR é benigno; e, chegando-vos para ele, pedra
viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio
santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus
Cristo." 1 Pd. 2.1-5.
Conclusão: Todas estas atitudes
são prejudiciais ao crescimento de uma vida espiritual e destrutivas na área da
comunhão da igreja.
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