sábado, 12 de novembro de 2011

VENCENDO O GIGANTE

"E um gigante saiu do arraial dos filisteus, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo." (1 Sm 17:4)

Golias era um homem fora dos padrões normais da humanidade, tinha exatamente 2,884 m. Nossas lutas podem ser comparadas a esse gigante, sendo tão grandes ou até maiores que este. Esses gigantes entram em nossas vidas através do pecado. Como isso pode ser verdade? Não somos nos cristãos filhos de Deus? O nosso pecado, foi não deixar que Deus agisse em favor de nossas vidas, foi a nossa infidelidade, com o Deus vivo.

Saul que era o Rei de Israel, tinha agido por conta própria em outra situação em que os filisteus sitiavam Israel, Deus tinha deixado uma ordem, porém ele não esperou o momento certo, e foi rejeitado por Deus, como rei (1 Sm 13 : 5 - 14). Portanto, ele deu legalidade para que esta situação se instalasse em Israel. Semelhantes somos nós, que com a nossa infidelidade damos legalidade para que os gigantes entrem em nossas vidas e nos escravizem, 1 Sm 17:9.

"O filisteu chegava pela manhã e à tarde; e se apresentou durante quarenta dias." (1 Sm 17 : 16)


O gigante quer nos intimidar, nos fazendo temer e recuar. A intimidação nos leva a escravidão, mas o povo eleito do Senhor não foi deve ser escravizado por gigantes ou qualquer outra coisa, pois o Senhor nos resgatou com Seu precioso sangue para de fato sermos livres, Deus quer que sejamos libertos, Ele veio para libertar os cativos.

Como então podemos nos livrar do gigante?


"E Davi disse a Saul: Ninguém perca a coragem por causa dele; teu servo irá, e lutará contra este filisteu. Mas Saul disse a Davi: Não poderás ir contra esse filisteu porque tu és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade.". (1 Sm 17 : 32 - 33)


"E Davi disse: O Senhor que me salvou do leão e do urso, me salvará deste filisteu. Então Saul disse a Davi: Vai, e o Senhor esteja contigo." (1 Sm 17:37)


Davi, que era um homem segundo o coração de Deus, era também dotado de uma ousadia sobrenatural, quando ele se ofereceu para lutar e derrotar Golias, Saul olhava para o natural, Davi era jovem, moço, entretanto, Davi olhava para o sobrenatural, para o Senhor dos Exércitos. Deus gosta de pessoas ousadas por isso Davi foi eleito por Ele. Somos eleitos por Deus quando permitimos que Jesus entre em nossas vidas, portanto, devemos crer que nenhum gigante nos abaterá, ou escravizará, devemos ser ousados tal qual Davi, que aos olhos humanos era incapaz de vencer Golias.

"Quando o filisteu olhou e viu Davi, ele o desprezou, porque era um rapaz, ruivo, e de belo aspecto." (1 Sm 17:42)


"Mas disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, com lança e com escudo mas eu venho contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos Exércitos de Israel, a quem afrontaste. Hoje o Senhor te entregará na minha mão; eu te vencerei, e vou tirar sua cabeça; hoje darei os cadáveres do arraial dos filisteus às aves do céu e as feras da terra; para que toda a terra fique sabendo que Israel tem um Deus; E toda essa assembléia saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; pois do Senhor e a batalha, ele vos entregará em nossas mãos." (1 Sm 17:45-47)


Davi não temeu e não duvidou, que Deus estivesse como ele. E ainda, mais, declarou a vitória de seu povo, este mesmo povo que temia a Golias e os filisteus. Quando um gigante age em nossas vidas, não conseguimos crer, e muito menos declarar a nossa vitória sobre ele por causa da nossa falta de ousadia. A Palavra do Senhor diz ainda que Davi venceu Golias sem uma espada (1 Sm17:50b), porque Davi não venceu Golias pela própria força, mas pela força do Senhor dos Exércitos. Não é pela nossa força, pois somos frágeis e incapazes de vencer, mas pela força de Deus, nossa rocha e salvação.

Depois que Davi matou Golias, todo o Israel se levantou contra os filisteus e os venceu (1 Sm 17 : 52). E como Davi declarou aconteceu, Deus honrou a sua fé. A ousadia de Davi era tanta que depois disso, apareceram mais quatro gigantes filisteus, e todos ele foram mortos, pelas mãos de Israel (2 Sm 21 : 15 - 22). Ou seja, quando temos ousadia, ela contagia também quem está a nossa volta, passamos então a ser um exército ousado do Senhor. Você quer vencer seu(s) gigante(s)? Quer fazer parte desse exército? Creia primeiramente no Senhor dos Exércitos, e seja ousado.

Que Deus possa falar em teu coração.



Fonte: Estudos Gospel

domingo, 6 de novembro de 2011

NEEMIAS LIDERA UM GENUINO AVIVAMENTO

Na Bíblia há diversos relatos de avivamentos. Os avivamentos registrados na Palavra de Deus devem ser observados como parâmetro para os dias atuais, visto que há muita coisa sendo chamada de avivamento, que de avivamento não tem nada (ou quase nada).Darei ênfase neste estudo sobre as características de um genuíno avivamento com base no livro de Neemias.
Contrição
E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; (Ne 1.4a)
Um genuíno avivamento promove contrição diante da miséria de indivíduos e povos. Choro, lamento, dor, tristeza e agonia são alguns sentimentos e emoções presentes na vida de gente avivada e sensível às condições adversas.
Oração
e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. (Ne 1.4b)
Um genuíno avivamento desperta os crentes para o jejum e a oração. Através do jejum e da oração entramos na presença de Deus, e manifestamos diante dele um sentimento de sincera e extrema dependência.
Confissão
Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu pai pecamos. (Ne 1.6)
Um genuíno avivamento resulta em confissão, que é a verbalização do sentimento de arrependimento, daquela tristeza que nos lança aos pés do Senhor, para lá nos derramarmos, gemermos, clamarmos, pedirmos e intercedermos por sua graça, misericórdia e intervenção na realidade.
Ação
e disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique. [...] Então, vim aos governadores dalém do rio e dei-lhes as cartas do rei; e o rei tinha enviado comigo chefes do exército e cavaleiros. [...] E cheguei a Jerusalém e estive ali três dias. [...] E, de noite, me levantei, [...] E, de noite, saí pela Porta do Vale [...].E passei à Porta da Fonte e ao viveiro do rei [...]. Então, de noite, subi pelo ribeiro e contemplei o muro; e voltei, e entrei pela Porta do Vale, e assim voltei. (Ne 2.5, 9, 11, 12, 13, 14, 15)
Um genuíno avivamento promove ações concretas. Não fica apenas na dimensão da contrição, da oração e da confissão. Os versículos acima estão recheados de verbos: cheguei, levantei, saí, passei, subi, contemplei, voltei, entrei etc. Avivamento genuíno faz. Avivamento genuíno é movimento do Espírito que não apenas comove, mas move pessoas. Move com propósito. Move para a glória de Deus.
Mobilização
Então, lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito. Então, disseram: Levantemo-nos e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem. [...]Então, lhes respondi e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos;[...]. (Ne 2.18-20)
Um genuíno avivamento envolve as pessoas em torno da causa. Não é movimento, e nem ação de um homem só. Mobilização e cooperação entre o povo de Deus na realização de sua obra, são marcas distintas e presentes em vidas motivadas e inflamadas pelo Espírito e pelo desejo de servir, de cooperar, de reconstruir.
Determinação
Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco de elul, em cinqüenta e dois dias. (Ne 6.15)
Um genuíno avivamento produzirá a conclusão das realizações. A força de um genuíno avivamento faz com que se avance, mesmo diante das adversidades, das ameaças, das tentativas de tirar o foco, de desestimular. Um genuíno avivamento promove desfechos bem sucedidos, fazendo a vontade de Deus prosperar, e nos fazendo prosperar na condição de canais por meio dos quais a sua vontade é executada.
Fundamentação
E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os sábios para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês. E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e sábios; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei. (Ne 8.1-3)
Um genuíno avivamento é movido, dirigido e mantido pela leitura, reflexão, pregação e ensino da Bíblia. Emoções, experiências e ações precisam estar fundamentadas na Palavra. Um avivamento que não considera a Palavra nunca foi de fato um genuíno avivamento. Um avivamento que negligencia a centralidade da palavra está destinado ao fracasso.
Celebração
E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fez cabanas e habitou nas cabanas; porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria. E, de dia em dia, ele lia o livro da Lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da festa sete dias e, no oitavo dia, a festa do encerramento, segundo o rito. [...] E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe. (Ne 8.17-18; 12.43)
Um genuíno avivamento é marcado por alegria e celebração. Diante da conclusão das realizações, alcançadas com a ajuda de Deus, resta-nos sorrir e celebrar. Um genuíno avivamento muda semblantes e atitudes. Um genuíno avivamento promove festas com propósitos legítimos, movidas por sentimentos nobres.
Adoração
E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do SENHOR, seu Deus, uma quarta parte do dia; e, na outra quarta parte, fizeram confissão; e adoraram o SENHOR, seu Deus. (Ne 9.3)
Um genuíno avivamento produz adoração a Deus. Reconhece sua bondade, santidade, justiça e verdade. Percebe sua grandeza, poder, majestade e soberania. Um genuíno avivamento não exalta os homens, exalta a Deus. Um genuíno avivamento é teocêntrico, em vez de antropocêntrico.
Contribuição
Também, no mesmo dia, se nomearam homens sobre as câmaras, para os tesouros, para as ofertas alçadas, para as primícias e para os dízimos, para ajuntarem nelas, das terras das cidades, as porções designadas pela Lei para os sacerdotes e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali. (Ne 12.44)
Um genuíno avivamento promove a contribuição voluntária através dos dízimos e das ofertas. Promove também uma administração responsável das mesmas por parte daqueles incumbidos desta responsabilidade. Num genuíno avivamento a “semeadura” não busca os interesses pessoais, nem qualquer tipo de barganha com Deus.
Santificação
Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura. [...] E, ordenando-o eu, purificaram as câmaras; e tornei a trazer ali os utensílios da Casa de Deus, com as ofertas de manjares e o incenso. (Ne 13.3)
Um genuíno avivamento produz uma forte aversão e um intenso desejo em romper radicalmente com o pecado. Liderança e liderados, quando vivenciam um genuíno avivamento, assumem uma nova postura e atitude diante de Deus e dos homens, sinalizando uma profunda tomada de consciência sobre o erro, e uma genuína transformação interior. Esquemas de corrupção, roubo, prostituição, política suja (inclusive eclesiástica), alianças vergonhosas, enriquecimento ilícito, adultério, prostituição e coisas semelhantes a estas são abominadas e abandonadas. Um genuíno avivamento gera mudança integral de vida. Um genuíno avivamento desencadeia em nós um contínuo e crescente processo de santificação.
Em tempos onde avivamento é confundido com mero barulho, emocionalismo descontrolado, apresentações coreográficas requintadas com truques tecnológicos, encenações e desempenho artístico de grupos, cantores e pregadores, ajuntamentos e manipulações de massas alienadas da Palavra, acúmulo egoísta de dinheiro, bens e propriedades motivados por distorções no ensino da prosperidade bíblica, clamemos e busquemos por um avivamento nos padrões daquele experienciado por Neemias e seus contemporâneos.