Introdução: Ser missionário não é um privilegio; Temos como exemplo a chamada missionária de Abraão Gn. 12.1ss vejamos:
· Sai-te da tua terra,
· Da tua parentela
· E da casa de seu pai
É uma necessidade cristã ICo. 9.16, Paulo disse: é-me imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar. Este século tem se marcado, de um lado, por um ceticismo que ignora as coisas de Deus e da espiritualidade e, de outro lado, por um misticismo exagerado que resgata os postulados das religiões espiritualistas. Se não bastasse, ainda contemplamos com pesar um segmento, que opta pelo sincretismo religioso e que expressa sua fé a partir de práticas conflitantes e irremediáveis, tais como orações para descarrego, banho de sal grosso, óleo de Maria, copo com água benta, rosa vermelha, moedas de um centavo como amuleto da sorte na carteira para atrair prosperidade e fita preta com sete nós, entre outras práticas, como se fosse possível conciliar macumbaria com evangelho, todas estas supostas doutrinas, são ensinadas por pessoas que se dizem estar fazendo missões “missionários”, sem compromisso com as almas que caminham a passos largos para o inferno. Em meio a essa turbulência religiosa, o mundo precisa ouvir o evangelho em sua essência, ouvindo de nós a mensagem que anuncie unicamente a Cristo, o único suficiente Salvador, vencedor, e que ressuscitou dos mortos para conceder vida eterna aos que nele crêem.
Vejamos cinco pontos importantes de uma mensagem missionária
1. É uma mensagem vinda de Deus - vs. 1 e 2:Paulo compreendia que o trabalho da pregação não era vão, ou seja, não era esvaziado de sentido, e mesmo que maltratado e perseguido por pessoas inescrupulosas e de atitudes insolentes, não desanimava.
O desânimo não abatia o coração do apóstolo por que ele tinha plena consciência de que mensagem que proclamava era o Evangelho do Cristo de Deus, ou seja, a Boa Notícia do ano aceitável da salvação de Deus para o mundo, Isaías 61.2.
Somente a igreja de Jesus Cristo, consciente do seu papel como agência implantadora no reino de Deus na Terra, liberta da ganância do proselitismo, do tradicionalismo e do preconceito sociocultural, é habilitada para a proclamação da verdadeira mensagem Evangelho de Deus para o mundo.
Isto por quê? Por que somente uma igreja santa, revestida no poder e na unção do Espírito Santo, e que vivencia o milagre de ser o Corpo Vivo de Cristo, tem a mensagem da salvação que responde as questões dos céticos, que preenche o vazio dos espiritualistas e que elimina as discrepâncias e aberrações do sincretismo.
2. É uma mensagem segundo a vontade de Deus - vs. 3 e 4: O comunicador do evangelho deve ser aprovado por Deus, isto é, deve passar pelo crivo do Deus inspirador da mensagem.
Até creio que o espírito fala, mas não podemos usar a soberania do espírito Santo para justifica a negligência do pregador.
Nem sempre teremos a aprovação humana na proclamação do evangelho puro e cristalino, mas como afirma o texto, não devemos servir aos interesses humanos, antes, devemos estar motivados pela vontade de Deus. Nossa proclamação missionária deve sempre iniciar com a expressão "assim diz o Senhor", Zacarias 1.3, mesmo que colecionemos críticos, inimigos ou correligionários indiferentes, para que possamos encerrar com o oráculo profético; "o Senhor o disse", Isaías 40.5.
3. É uma mensagem com amor - vs. 5-9: Não podemos aniquilar as nossas emoções e os nossos sentimentos na pregação do evangelho, como nos obrigaram a fazer durante séculos.
Segundo George Barna, no livro o Marketing na Igreja, o produto mais raro e mais procurado pela humanidade em tempos de pós-modernidade é o relacionamento fraterno e sincero. Este tipo salutar de relacionamento deve ser encontrado na igreja, na prática da comunhão cristã.
Sentimento é sintoma de vida. É coração pulsante. Amor é ação que reflete a síntese entre razão e emoção. Amor é vontade propulsora que se expressa pelo toque, pelo olhar, pela palavra ou pelo afago.
Amar o pecador não é ser conivente com o pecado cometido. Isa. 59.1-3 O cristão que assume o seu papel na proclamação do evangelho deve apresentar sua mensagem com sincero amor, com afeição genuína e com dedicação extrema, em defesa do pecador escravizado pelo pecado, testemunhando a sua própria libertação do pecado e a vida abundante que recebeu em Jesus Cristo.
4. Devemos anunciar a mensagem que vivenciamos - vs. 10-12: Falarmos daquilo que é comum em nosso cotidiano. Falamos da vida. Da nossa vida, da vida alheia, porém, muitas vezes nos esquecemos de falar da vida abundante que recebemos em Jesus. Na verdade, deveríamos falar muito mais com as nossas vidas do que com nossas palavras sem vida que proferimos.
“No texto em pauta, o apóstolo Paulo alista o desafio do padrão da vida cristã nas expressões “santa”, “piedosa”, “agradável a Deus”, ou seja, uma vida justa e correta segundo as leis humanas, e irrepreensíveis”, ou seja, sem falta, inculpável. Pois bem, santidade, piedade, honestidade e probidade devem ser marcas de um verdadeiro missionário.
Não estamos comunicando apenas fatos, ensinos conceituais ou eventos extraordinários. Estamos anunciando vida e salvação. Temos sim o compromisso de ser exemplo para os nossos ouvintes, a fim de que creiam, de que se entreguem de corpo e alma, como escrito no original, a Jesus Cristo.
As pessoas que nos ouvem proclamar o evangelho deve perceber que nossa mensagem e nossa conduta diária são interativas, interligadas e convergentes no ideal de nos identificarmos com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
No verso 11, Paulo fala que agiu tal qual um pai age para com o seu filho. A figura do pai gera revolta ou o desejo de imitar. É referencial. Se praticamos a mensagem que pregamos, somos como que plasmadores de uma geração futura que pautará a sua existência de forma agradável a Deus. Serão dignos de Deus, como afirma o verso 12.
5. É uma mensagem que tem atuação efetiva na vida daqueles que a aceitam - vs. 13-16:
Discursos vazios, contraditórios, prepotentes e ofuscados pelo orgulho do preletor não servem para a comunicação do evangelho da salvação em Cristo Jesus.
Paulo tinha convicção de que anunciava a Palavra de Deus e isso se comprova na expressão do verso 13, que indica que os ouvintes receberam a mensagem como realmente ela é; a "Palavra de Deus". É interessante notar que o termo utilizado por Paulo é o mesmo que aparece em João 1.1 e 14, que apresenta a Jesus como o verbo, o logos, de Deus.
A nossa mensagem é Jesus. Só Jesus é a Palavra viva, eficaz, eterna e penetrante de Deus, que salva, liberta, regenera e transforma o homem pela sua atuação eficaz e pela manifestação do seu poder salvador.
Conclusão: Pois bem, para este tempo conturbado e massificado pelo ceticismo, pelo espiritualismo, pelo esoterismo, pelo sincretismo e pelo evangelho de peculiaridades esdrúxulas, devemos anunciar a mensagem pura, límpida e poderosa do evangelho de Jesus Cristo.
Nossa mensagem deve ser o próprio Jesus Cristo, a Palavra viva poderosa de Deus, que atua na vida de quem crê, promovendo a reconciliação com o Criador e a restauração das mazelas espirituais causadas pelo pecado. Rm 5.8. Mas Deus provou o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Se assim fizermos, alcançando os objetivos de Deus, de certo multidões e multidões, pelo poder do Espírito Santo, se tornarão eficazes. E a proclamação do evangelho há de operar salvação e há de possibilitar que milhares e milhares de pessoas migrem das profundezas do inferno para o reino de Deus.
Rinaldo Santana