INTRODUÇÃO: A Ceia do Senhor Jesus, esta é a lembrança
contínua da Sua entrega por nós. A morte de Jesus significa a completa
demonstração do interesse divino em ter novamente comunhão conosco. A Ceia do
Senhor aponta para o passado 1Co 11:17 – 34, Paulo repreendeu os Coríntios por
sua pratica na observação da Ceia do Senhor o comportamento era exatamente o oposto
do Espírito de altruísmo que ele estava tentando comunicar. Era um contraste visível
ao ato do nosso Senhor em sua morte sacrificial que era lembrada na Ceia do
Senhor. O seu sacrifício vicário em
nosso favor, que também aponta para o
futuro 1Co11:26 e ali vemos o Céu, a festa das Bodas do Cordeiro Ap 19:9,
quando Ele vai nos receber como Anfitrião para o grande banquete celestial.
Jesus Cristo será o centro do banquete que Deus Pai vai oferecer Ap 2:7.
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
A Páscoa era uma festa fundamental para o povo de
Deus. Por isso, Lucas 22:7 destaca: ”Chegou
o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava comemorar a Páscoa”. Essa
festa era obrigatória e marcava a memória com a lembrança da libertação da
escravidão no Egito para uma vida nova e livre Ex 12.
1. A instituição da páscoa judaica. A festa da pascoa era uma das celebrações que
ocorria na primavera Êx 12:17-24. A Páscoa instituída por Yahweh no Egito foi
acompanhada por leis que regiam a sua observância.
A palavra Páscoa é derivada do verbo hebraico Pesah, que significa “passar por cima”. Esse nome surgiu em face do registro
bíblico de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, passou por sobre as casas
marcadas com o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos do
Egito - “E aquele sangue vos será por
sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e
não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”
Êx 12:23. O cordeiro foi imolado e seu sangue aspergido no batente das portas.
De igual modo, Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Isto tem a ver com
nossa redenção.
O nome hebraico do mês que aconteceu a primeira
Páscoa é Abibe, que significa
“espigas verdes”, que corresponde a março-abril em nosso calendário. Durante o
Exílio babilônico foi substituído pelo nome Nisã
que significa “começo, abertura” Ne 2:1.
2. Contexto histórico da Páscoa. Quando
os sofrimentos dos filhos de Israel estavam sendo insuportáveis, então clamaram
ao Seu Deus, e os seus clamores subiram aos céus por causa de sua servidão Êx
2:23. Deus interveio em favor de Seu povo, chamando Moisés, que após 40 anos de
preparo no deserto apascentando ovelhas, foi enviado diante de Faraó para que
começasse a libertação do Seu povo do Egito. Em obediência ao chamado de Deus,
Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma
festa no deserto” Êx 5:1. Para conscientizar Faraó da seriedade dessa
mensagem da parte de Deus, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas
como julgamento contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó
concordava em deixar o povo ir, mas a seguir, voltava atrás, uma vez a praga
suspendida. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixava
aos egípcios nenhuma alternativa senão a de libertar os israelitas. “Deus disse
a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo
meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o
primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até ao
primogênito da serva que está detrás da mó, e todo primogênito dos animais”. “E
haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e
nunca haverá” Êx 11:4-6.
Visto que os israelitas também habitavam no Egito,
como podiam escapar do anjo destruidor? O Senhor Deus emitiu uma ordem
específica ao Seu povo; a obediência a esta ordem traria a proteção divina a
cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha
que tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao
entardecer do dia 14 de Abibe; famílias menores podiam repartir um único
cordeiro entre si Êx 12:3-6. O sangue do cordeiro sacrificado devia ser
aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta de suas casas. Quando o Anjo
passasse, passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido
conforme ordenado (daí o termo Páscoa, do hebraico pesah, que significa
“pular além da marca”, “passar por cima”, dando a ideia de poupar, de proteger Êx
12:13. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da
condenação à morte executada contra os primogênitos egípcios.
3. O ritual da páscoa judaica. A pascoa Judaica obedecia a um ritual
detalhado em Dt. 16.1-4, Êx 12:3. Não podia ser um animal de qualquer
idade. Cada família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a idade de “um ano” Êx 12:5. O
cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe, e mantido ali até o
dia 14 do mesmo mês. Período durante o qual era observado pela família que iria
sacrificá-lo. Caso não possuísse algum defeito, o animal era então sacrificado Êx
12:3,6. O cordeiro (ou cabrito) após ser imolado, o seu sangue era aspergido
com um molho de hissopo nas ombreiras (partes verticais da porta) e na verga da
porta (parte horizontal sobre as ombreiras) da casa em que comeriam o cordeiro Êx
12:7,22. O sangue nas ombreiras e na verga da porta era o sinal que
identificava a casa dos hebreus dos egípcios. O Senhor Deus havia falado a
Moisés, seu servo em Êxodo 12:12,13: “E
eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra
do Egito, desde os homens até os animais; e sobre todos os deuses do Egito
farei juízos. Eu sou Deus. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que
estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós
praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”.
Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não
tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria
ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue,
preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus”, que séculos mais tarde
tiraria o pecado do mundo João 1:29.
A morte dos primogênitos era um desafio consumado
em juízo sobre os falsos deuses egípcios. Porque quase todos os deuses do Egito
eram semelhantes a algum animal, com feições humanas. Logo, a morte do
primogênito de cada tipo de animal mostraria a falibilidade e a impotência das
divindades pagãs que haveriam de protegê-los.
O cordeiro (ou cabrito) era abatido, esfolado (isto
é, tirava-se a pele), suas partes internas eram tiradas e assim eram limpas e
depois recolocadas no lugar, daí então o cordeiro era assado inteiro, com a cabeça,
as pernas e a fressura Êx 12:9. O animal tinha que estar bem assado, nada cru,
e sem que lhe quebrasse nenhum osso Êx 12:46; Nm 9:12. Após a carne ser assada
no fogo, era comida pela família com pães asmos e ervas amargas (alfaces
bravas, etc. - Êx 12:8). Cada um dos componentes desta celebração tinha um
sentido literal e espiritual, que Deus tinha em mente transmitir não somente
aos filhos de Israel, como a seus descendentes Êx 12:24-27. Se a família fosse
pequena demais para comer o cordeiro, chamavam-se os seus vizinhos mais
próximos até que houvesse número suficiente para comer o cordeiro todo naquela
noite Êx 12:4,8. Quaisquer sobras de carne deviam ser queimadas antes do
amanhecer Êx 12:10. De acordo com a
tradição judaica, família pequena significava aquela com menos de dez pessoas.
Eles deviam calcular quanto cada um poderia comer e assim determinar se deviam
se reunir com alguma outra família Êx 12:4. Depois da construção do
Templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro
fossem realizados em Jerusalém Dt 16:1-6.
Na Páscoa
realizada no Egito, a cabeça da família foi o responsável para abater
o cordeiro (ou cabrito) em cada casa, e todos deviam permanecer dentro da casa
até o amanhecer para que não fossem mortos pelo anjo da punição e da destruição
Êx 12:22,23. Os participantes comeram em pé, e com os lombos cingidos
(vestidos), com o cajado na mão, com as sandálias nos pés, e que comessem
apressadamente para que estivessem prontos para uma longa jornada. À meia-noite
(como Deus havia dito a Moisés), todos os primogênitos dos egípcios foram
mortos, mas o anjo passou por alto as casas em que o sangue havia sido
aspergido Êx 12:11,23. Toda família egípcia em que havia um varão primogênito
foi atingida, desde a casa do próprio Faraó até os primogênitos dos
prisioneiros, e assim, o Senhor Deus executou o seu juízo sobre os egípcios.
Deus
tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas
porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto Dt 7:7-10.
Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da
maravilhosa graça de Deus Ef 2:8-10; Tt 3:4,5.
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1. A preparação Lc 22:7-13. Os
preparativos se dá da seguinte maneira: Jesus encaminha os seus discípulos a um
homem com um cântaro de agua. Anthony Lee observa que um homem com um cântaro de
agua seria facilmente notado, pois esse era trabalho de mulher, porque tinham
por objetivo marcar profundamente o dia em que foi celebrada a grande Páscoa
para toda a humanidade, por toda a história. É a chamada Páscoa eficaz. Desse
dia em diante todo regime de escravidão do pecado estaria derrotado. Trata-se,
portanto, de caminhar para uma nova vida presenteada por Deus.
Segundo
Leon L. Morris, a páscoa
não era apenas mais uma refeição, mas, sim, uma festa muitíssimo importante.
Devia ser comida em posição reclinada, e havia exigências tais como a inclusão
de ervas amargas na refeição. Destarte, uma quantidade considerável de
preparação era necessária. A refeição não era solitária, mas, sim, era comida
em grupos que usualmente consistiam de dez a vinte pessoas.
Jesus encarregou Pedro e João de fazer os
preparativos necessários para o pequeno grupo (somente Lucas dá os nomes deles
aqui). Não é contrário à razão terem perguntado onde seria - “E eles lhe perguntaram: Onde queres que a
preparemos?” Lc 22:9. Eram galileus,
e precisariam de orientação quanto ao lugar aonde seria preparada a Páscoa. E
nessa agitação efervescente por causa da festa havia poucos lugares livres, a
despeito da tradicional disposição dos jerusalemitas de tornar disponíveis
acomodações sem nada cobrarem.
E Jesus disse a Pedro e João que eles deveriam
procurar um homem com um cântaro de água – “Eis
que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de
água; segui-o até à casa em que ele entrar” (Lc 22:10). Encontrar um homem
levando um cântaro seria um fato distintivo, pois somente as mulheres
usualmente carregavam cântaros de água (os homens carregavam odres de água). Os
discípulos haveriam de dizer certas palavras ao dono da casa: “O mestre te diz: Onde está o aposento em que
hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Então, ele vos mostrará um grande
cenáculo mobilado; aí fazei os preparativos”
Lc 22:11,12. “Grande cenáculo”
significava um espaçoso ambiente mobiliado, provavelmente havia sofás prontos
com cobertas estendidas sobre eles. “Os hospedeiros costumavam oferecer suas
casas durante a festa, em troca das peles de animais e utensílios usados para a
refeição. O preparo da Páscoa incluiria a busca de fermento na casa e o preparo
dos vários elementos da refeição”. Eles seguiram as instruções e prepararam a
refeição de Páscoa.
2. A celebração e a substituição. Jesus possuía
consciência de que a sua morte na cruz se aproximava e que ele era o cordeiro de
Deus do qual o cordeiro da pascoa era apenas um tipo Jo. 1.29 Lucas 22:19-23
quis mostrar que a Ceia cristã substituiu a Páscoa judaica, assumindo o
significado que a Páscoa possuía e levando esse significado ao máximo. Dessa
forma, a Ceia do Senhor assumiu um significado universal, e a libertação que
ela proporciona não é só a de Israel das mãos opressoras do Egito, mas a
libertação total e para todos os povos. É importante conhecermos os detalhes de
como Jesus modificou a Páscoa judaica transformando-a num memorial:
a) A Páscoa
judaica celebrava o fato de Deus ter libertado o seu povo do cativeiro egípcio;
a Ceia do Senhor celebra o fato de Deus nos ter libertado da escravidão do
pecado.
b) O cordeiro sacrifical da Páscoa judaica aplacou
o anjo da morte; o Pão da Ceia significa o corpo de Cristo, partido na
condenação do nosso pecado.
c) O vinho da Páscoa judaica simbolizava o sangue
do cordeiro nas portas; o vinho da Ceia do Senhor simboliza o sangue de Cristo
dado por nós. A sua morte é que nos compra a vida eterna.
d) A Páscoa judaica representava a antiga aliança
de Deus com o seu povo; a Ceia do Senhor nos lembra da sua Nova Aliança.
Através de todos esses detalhes, reconhecemos o
valor que devemos dar à Ceia do Senhor. O cordeiro pascal foi substituído na
Ceia cristã pelo pão, e o sangue do cordeiro pelo vinho, símbolo do sangue de
Jesus. Então, podemos definir qual é o significado da Ceia do Senhor: ela
simboliza o supremo dom do amor de Deus em Jesus, que entregou seu próprio
corpo e derramou seu sangue em nosso lugar para nos perdoar os pecados.
Mas é válido lembrar que o traidor também estava
participando dessa celebração: ”todavia,
a mão do traidor está comigo à mesa” Lc 22:21. Quem era ele? Jesus sabia,
mas não contou. Lucas 22:23 diz que a ansiedade tomou conta de todos os que
participavam daquele momento. “Serei eu? Será você? Quem vai trair Jesus e o
evangelho?”, indagaram os discípulos entre si. Que nós não traiamos Jesus de
maneira nenhuma, mas nos disponhamos, se preciso for, até a morrer anunciando a
nova vida que Ele dá.
III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
São
elementos da Santa Ceia: o pão e o vinho, por representarem, respectivamente, o
corpo e o sangue de Cristo, oferecidos em resgate da humanidade (1Co 11:24,25).
É a explicita, profunda e confortadora simbologia das Sagradas Escrituras.
1. O Pão. Jesus na noite em que fora
traído tomou o pão e tendo dado graças, o partiu e disse: “... Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido
por vós; fazei isto em memória de mim” Lc 22:19. Jesus manda os discípulos
pegar o pão e comer, pois o pão estava representando o seu corpo que fora
entregue por todos nós. Jesus aponta o objetivo pela qual deveriam pegar e
comer do pão: manter viva a memória do seu nome.
Quando Jesus disse que aquele pão era o seu corpo
oferecido por nós, não estava falando literalmente, porque ainda estava vivo e
o seu corpo não tinha sido partido por nós na cruz. Estando vivo, não podia
pegar com suas mãos parte do seu corpo em forma de pão para oferecer aos seus
apóstolos dizendo: “isto é o meu corpo que é oferecido por vós; fazei isto em
memória de mim” Lc 22:19. Jesus, então, usou uma linguagem simbólica, como fez
em outras ocasiões: “Eu sou a porta”, “Eu
sou o caminho”, “Eu sou a videira” João 10:7-9;14:6; 15:1 e assim por
diante. Representa, então, a sua encarnação, que ele tomou um corpo humano e
deixou sua glória Jo. 1:14; nasceu de uma virgem e viveu entre os
pecadores em perfeição de conduta. Era Ele o Homem Perfeito, idôneo para servir
de sacrifício pelos nossos pecados Hb 7:26; 2Co 5:21. Ele partiu o pão da Ceia
significando que ia se sacrificar em resgate da humanidade caída e escravizada
pelo Diabo.
2. O Vinho. Identificado na Bíblia como
"fruto da vide" e "cálice do Senhor" Lc 22:18;1Co 11:27, o
vinho na Ceia simboliza o sangue de Cristo vertido na cruz para redimir a todos
as pessoas que o aceitarem com Senhor e Salvador, e ratificar a “Nova Aliança”
ou “Novo Testamento” Lc 22:20. O apóstolo Pedro assim escreveu: "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por
tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como
de um cordeiro imaculado e incontaminado" 1Pe 1:18,19.
Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam
a expressão “fruto da vide” Mt 26:29; Mc 14:25; Lc 22:18. O vinho não
fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural, contendo
aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte
do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é
produzido pela videira.
A lei da Páscoa em Êx 12:14-20 proibia, durante a
semana daquele evento, a presença de fermento ou qualquer agente fermentador.
Deus dera essa lei porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado cf.
Mt 16:6,12; 1Co 5:7,8. Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas
exigências Mt 5:17. Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não
teria usado vinho fermentado.
Por isso, lemos que Jesus tomou o cálice depois de
haver ceado. Ao fazê-lo, declarou que o cálice era a Nova Aliança no seu
sangue. Trata-se de uma referência à aliança que Deus prometeu à nação de
Israel em Jr. 31:31-34. É uma promessa incondicional segundo a qual Deus
concordou em usar de misericórdia para com eles e não se lembrar de seus
pecados e iniquidades. Os termos da Nova Aliança também são descritos em Hb.
8:10-12. Todos os que creem no Senhor Jesus recebem os benefícios prometidos.
Quando o povo de Israel se voltar para o Senhor, também desfrutará as bênçãos
da Nova Aliança, um acontecimento que ocorrerá no reino milenar de Cristo na
terra.
Do mesmo modo que o pão, quando fez referência ao
cálice da Nova Aliança Lc 22:20 no seu sangue, que foi derramado por nós,
também falou de maneira simbólica. Portanto, não ocorreu e, ainda hoje quando
participamos da Ceia do Senhor, não ocorre a transubstanciação, isto é, a
transformação das substâncias que compõem o pão e o vinho em verdadeira carne e
sangue de Jesus. Não! Quem acredita que essa transformação ocorre entende o
texto de forma equivocada. Devemos crer, com toda a reverência e ação de
graças, mas, simbolicamente, em memória de Jesus Cristo 1Co 11:24,25
CONCLUSÃO: A Ceia do Senhor foi instituída por ocasião da
última Páscoa que Jesus participou com os apóstolos, na noite em que foi traído
e preso Lc 22:14,15,18. Trata-se não apenas de uma recordação, mas, sobretudo,
de um testemunho, pois anunciamos a sua morte “... anunciais a morte do Senhor...” e a sua volta (“... até que venha”). Sua morte nos reconciliou com Deus, e a sua volta
nos coroará de glória, por meio da nossa redenção 1Co 11:26;Rm 5:10;Ef 4:30.
A CEIA DO
SENHOR É O SÍMBOLO DA VERDADEIRA COMUNHÃO:
- A
ceia do Senhor é símbolo de união do corpo de Cristo que é a igreja ICo.
11.20-34 - sua importância se relaciona com o passado, o presente e o
futuro. Quando o apostolo Paulo fala da ceia do Senhor em ICo. 11, ele
está apenas corrigindo os excessos cometidos. Entendemos que os crentes se
reuniam numa grande festa e ali comemoravam a ceia do Senhor. Paulo nos dá
a entender que havia muita participação dos crentes quando estes se
reuniam
1- VISÃO
RETROSPECTIVA SUA IMPORTÂNCIA NO PASSADO
a) E um memorial “Gr. Anamnesis” “lembrar a morte
da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da
condenação”. O Calvário deve ser permanentemente o tema de nossa vida, onde o
Senhor com o seu precioso sangue pagou o resgate de nossas almas.
b) É um ato de ações de graças gr. Eucaristia -
Agradecer pelas bênçãos e salvação da parte de Deus. Provenientes da do
sacrifício de Jesus na cruz do por nós.
2- VISÃO
INTROSPECTIVA SUA IMPORTÂNCIA NO PRESENTE
a) Esta é a visão interior, pessoal, uma espécie de
sondagem para saber como está a nossa vida diante do Senhor a quem celebramos
quando participamos do pão e do vinho. Que valor temos dado ao seu sacrifício?
Em que posição nos encontramos concernente à nossa comunhão com o Salvador?
Este é um dos propósitos da ceia do senhor. Ela nos estimula a uma reflexão
interior sobre os nossos passos na vida cristã. A ceia do Senhor é um ato de
comunhão Gr. Kononia com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte
sacrifical e ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo;
b) É o reconhecimento e a proclamação da nova
aliança mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso
compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leal, de resistir o pecado e
de identificar-nos com a missão de Cristo.
3- VISÃO
EXPECTATIVA SUA IMPORTÂNCIA NO FUTURO.
a) A ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro
de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão
presentes com o Senhor Mt. 8.11.
b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o
seu povo e encena a oração venha o teu reino Mt. 6.10.
c) Todas as vezes que dela participamos a nossa
mente se volta para aquele glorioso dia quando nos assentaremos com o Senhor
nas bodas do cordeiro ITs.5.23
BIBLIOGRAFIA
SBB – Bíblia de estudo
Almeida
VIDA – Biblia de estudo
thompson
VIDA NOVA – Biblia de estudo
esperança
EDITORA BETANIA – Igreja lugar de
vida
EDITORA BETANIA – Adoração como
Jesus ensinou
ULTIMATO – Revista,
Janeiro-fevereiro 2006.
CPAD – O Cristão na
Cultura de hoje
CPAD – As verdades
centrais da fé Cristã
CPAD – Wycliffe
CPAD – Biblia de Estudo
Pentecostal
CPAD – Teologia
Sistemática
IMPRENSA BATISTA
REGULAR – Teologia Elementar
ATOS – Comentário Judaico
do Novo Testamento
CENTRAL GOSPEL – A Essência do Novo
Testamento
Dc. Rinaldo Santana