segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A SANTIDADE POSICIONAL EM CRISTO

Introdução: Na operação divina da conversão, a santidade de Cristo passa a ser a nossa santidade Cl 2.10; Hb 10.10,14 e Rm 8.2. Seus méritos são creditados à nossa conta. Estamos tratando da santificação posicional em Cristo, não da santificação progressiva, no viver diário do crente, como mostrada em 2 Coríntios 7.1 e Apocalipse 22.1.
A santificação posicional deve tornar-se experimental no viver diário do crente. A santificação é primeiramente interna, isto é, pureza interior, purificação do pecado, refletindo isso em nosso exterior, traduzido em separação do pecado e dedicação a Deus. É um termo ligado ao culto a Deus e consagração ao seu serviço, conforme se vê no livro de Levítico, através de pessoas e coisas, sacerdotes, templo, objetos etc. Quem pensa ser santo deve ser separado do mal e dedicado a Deus para seu uso. A santificação no coração é a nossa preparação para toda boa obra  2Tm 2.21. A santificação, como acabamos de ver, tem um lado posicional e outro prático: um santo viver.
A santificação pode ser plena em dois sentidos:
1) No sentido da obediência - obediência e plena consagração
2) No sentido da consagração - consiste em ser estabelecida, confirmada, preservada, continuada  em um estado de santificação ou de consagração plena a Deus
a) Sede santo em toda vossa maneira de viver - provisão plena para vencermos os três grandes inimigos de nossa alma : O mundo a carne e Satanás
1) O mundo: Porque todo aquele  que é nascido de Deus vence o mundo e esta é a vitória que vence o mundo a nossa fé 1 Jo. 5.4 ,5
2) A carne: Anda em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne Gl. 5.16
3) Satanás: O escudo da fé com o qual podeis apagar todos os dardos inflamados do maligno Ef. 6.16 E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés Rm. 16.20
Meios pelos quais devemos receber a santificação
1- Por Deus - 1Ts. 5.23 todos aqueles que são santificados em Cristo serão preservados para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
2- Por Cristo- Jo. 17.19- e por eles mim santifico para que eles sejam santificados, 1- Co 1.2- Os crentes da igreja de Corinto eram santificados em Cristo, chamados santos.
3 – Pelo Espirito 2Ts. 2.13 – Salvação, em Santificação. O resultado disto é que a vida do homem já não pertence a este para dispor dela como quiser; pertence a Deus para que ele faça dela o que Ele quer.
4- Pela leitura da palavra de Deus  Jo. 5.39
Ex. o Eunuco At. 8.26-ss Através da leitura foi salvo
Jo.17.17 Santifica –os na verdade a tua palavra é a verdade
Hb.4.12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz
Sl. 1.2- Na tua lei medito dia e noite
Sl. 119.2- bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos
Sl. 119.9- O jovem purifica o caminho conforme a tua palavra
V- 11- Escondi a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti
V- 16 - Não me esquecerei da tua palavra
V- 25- Vivifica-me segundo a tua palavra
V- 28- A mina se consome de tristeza; mas a minha fortaleza está na tua palavra
V- 61- Bandos de ímpios me despojaram; apesar disso eu não me esqueci da tua palavra.
V- 72- Melhor para mim é a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou em prata
V- 103- Doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doce que o mel à minha boca
V- 105- Lâmpada para os meus é a tua palavra e luz para o meu caminho
V- 116- Sustenta-me conforme a tua palavra, para que viva.
Conclusão: Hb. 12.14- sem a santificação ninguém verá a Deus.

PB: Rinaldo Santana











sábado, 4 de agosto de 2018

CUIDADO COM A RAIZ DE AMARGURA HB.12.14,15


Introdução: Há pessoas que têm guardado mágoas em seus corações por muitos anos e estas mágoas criaram raízes profundas, ao longo desse tempo, assumindo parte ou totalidade do caráter e comportamento dessas pessoas. Rejeições e traumas são experiências dolorosas que criam o ambiente fértil para que raízes de amargura sejam geradas, com profundidade, nos corações das pessoas. E o que é raiz de amargura?
É sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por uma mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir profundamente, estar magoado, ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso, angustiado.
Ressentir é trazer á tona momentos ruins dolorosos, inacabados, uma sensação de amargura, raiva ou vingança. É ficar contemplando cenas de um passado doloroso, através de imagens mentais; Reviver com as mesmas sensações fatos que nos causaram mágoas.
Esses sentimentos ruins tendem a ficar escondidos no coração de tal maneira que as pessoas não percebem de imediato. Todos acham que está tudo bem, mas um dia os frutos amargos são produzidos e ninguém mais deseja estar próximo de uma pessoa com raízes de amargura.
1 – A amargura de Levi e de Simeão – Gn. 34
a)    A raiz de amargura faz brotar em nós o desejo de vingança Gn.34.14; 
b)    A raiz de amargura nos cega de tal maneira que não medimos o que fazemos G.34 25, 26; 
Ilustração: A mágoa plantada no coração é como um veneno que você toma e espera que o outro morra (mas quem está se envenenando é você!). Há pessoas que vivem no veneno. Li, já faz um bom tempo, sobre a história de Amós e Andy, apresentada num programa de televisão nos Estados Unidos. Andy estava muito chateado porque um colega sempre que o via dava-lhe um tapa no peito como forma de saudação. Aquilo deixava Andy furioso. Um dia ele teve a idéia de vingança e colocou uma bomba no peito, por baixo da roupa para destruir a mão do colega no momento que repetisse aquela brincadeira desagradável. O problema é que Andy esqueceu que não só a mão do colega seria destruída, mas o seu próprio coração e vida.
c)    A raiz de amargura nos leva a pensar que o que fazemos está certo Gn.34.31; 
d)    A raiz de amargura afeta a todos os que nos rodeiam Gn.34.30.
2 – A amargura de Simeão – At. 8: 23
a)    O desejo de figurar, de anelar cargos na igreja, termina gerando amargura. O humilde não se amargura e serve o que Deus lhe dá At. 8.18,19. 
b)    A inveja gera amargura para com os líderes, os irmãos, e até mesmo com Deus At.8.23.
3 – As Consequências da amargura:
a)    A alma amarga impede que entendamos os verdadeiros propósitos de Deus em determinadas situações; 
b)    A alma amarga contamina a outros. Por meio de suas palavras o amargurado busca adeptos à sua causa. E quem se une é seu amigo e quem não se une é seu inimigo Pv.26:21; Tg.3:5-6. 
c)    A alma amargurada dá lugar ao diabo Ef.4:26-27 . Uma das coisas que tem que desaparecer da nossa vida é a amargura. A amargura (pikria). Os gregos definiam este termo como ressentimento prolongado; é o espírito que rechaça a reconciliação. Muitos de nós encontramos forma de nutrir nossa cólera, de mantê-la abrigada, de "incubar" os insultos, injúrias e desprezos que sofremos. Quanto mais pensamos nestas coisas, mais profundamente se arraigam. Todo cristão faria bem em pedir a Deus que o ensine a esquecer. (Barclay).
d)     A alma amargurada pode afetar a saúde Tg.3:5-6.
4 – Como se libertar da amargura:
a)    Reconhecer que o que estamos sentindo é pecado e arrepender-nos de senti-lo Hb.12:14; 
b)    Não justificar que temos razão para sentir-nos assim, nem por isso deixa de ser pecado; 
c)    Perdoar ao ofensor como Deus nos perdoou Ef.4:31-32; Mt.18:23-35; 
d)    Se a pessoa não reconhece a sua falta, devemos fazer cumprir a nossa parte com amor, perdoando-lhe e pedindo-lhe perdão.
Conclusão: Todo sentimento contrário à vontade de Deus, expresso em sua Palavra, deve ser eliminado da nossa vida para que o projeto de Jesus se cumpra em nós, e sejamos vitoriosos.

PB. RINALDO SANTANA

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A TERRA E SUA PLENITUDE É DO SENHOR SL.24


Introdução: Classificado como Salmo Messiânico, o salmo vinte e quatro tem sido visto como litúrgico,  pois celebra a entrada no santuário. Crê-se que no contexto da liturgia dos cultos dos Hebreus, esse seja um dos salmos que fosse entoado por um coro postado nos portões do Templo.
O Salmo faz parte de um grupo de 11 salmos que eram usados nos cultos dos Hebreus: 24, 50, 68, 81, 82, 95, 108, 115, 121, 132 e 134.
Na maioria dos salmos de David, o salmo inicia-se com o título Mizmor LeDavid, ou “Cântico de David”. Em raras exceções, como o Sl.101 e o 24, por exemplo, o início do salmo é LeDavid Mizmor, ou “De David, um Cântico”. Há uma diferença entre “Cântico de Davi” e “De Davi, um Cântico”. O significado é bem profundo.
Segundo os sábios do judaísmo, Davi cantava e tocava, com o intuito de elevar-se e obter inspiração, a partir disso, ele compunha maravilhosos louvores,  estes são conhecidos no mundo todo e esses salmos foram intitulados “Cântico de Davi”. Mas, às vezes, Davi, através do isolamento e da meditação, atingia certo grau de inspiração. Dessa inspiração compunha mesmo sem cantar. Estes cânticos traziam o título “De David, um Cântico”, pois a inspiração veio à Davi antes da música.
Todos os salmos são belíssimos, e é interessante saber mais sobre a forma como que eles foram compostos, isso ajuda a compreender melhor o real significado do Salmo e a mensagem nele contido e nos aproxima mais do autor/compositor, dando um clima intimista ao estudo à execução deste louvor.
Salmo 24 foi composto por Davi assim que o terreno para o Templo Sagrado foi comprado, e ele levantou um altar para oferecer sacrifícios de agradecimentos, como podemos ler em II Samuel 24:18-25. Este Salmo faz parte dos Cânticos Diários: é o cântico para ser cantado no primeiro dia da semana, o domingo.
Três partes dividem o Salmo 24: a primeira fala da obra da Criação e reforça que tudo pertence a Ele; a segunda nos mostra os requisitos para estar diante do altar de Deus; a terceira exalta a Grandeza do Sagrado diante do Templo. Assim encontramos no salmo 24 três motivos para louvar a Deus:
1º Motivo: Tudo pertence a Deus v.1
a)    Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
b)    Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios. Davi fala que toda a Criação pertence ao Criador
c)    O salmista é enfático ao declarar: "Do Senhor é a terra e a sua plenitude...!" v. 1.
d)    O motivo é evidente: tudo pertence ao Senhor porque tudo foi criado por Ele, e por Ele tudo subsiste! v. 2.
e)     "Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez" Jo 1:3.
2° Motivo: Só os servos de Cristo subirá ao monte do SENHOR V.3
a)    Este Salmo complementa a ideia do Salmo 15 ao demonstrar quem pode estar no santo lugar de Deus. Porém, o Salmo 24 demonstra que as mesmas qualidades anunciadas pertencem aos filhos de Deus.
b)    As perguntas do verso 3 são as mesmas que abrem o Salmo 15: "Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?" v. 3.
c)     “As características daquele que subirá ao monte que pertence ao Senhor, e que se assentará no lugar que lhe é próprio, vem no verso seguinte: Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente" v. 4.
d)    Todos os homens nasceram de Adão, e, portanto, nenhum deles nasceu puro de coração, pois em iniquidade foram formados e em pecado foram concebidos Sl 51:5.
e)    Não há dentre os nascidos de mulher alguém que seja justo e puro de coração, pois todos se desviaram e tornaram-se culpáveis e imundos diante de Deus Rm 3:9- 18.
f)      Quando o salmista especifica que Cristo receberá de Deus a 'bênção' e a 'justiça', isto demonstra que tais bênçãos são concedidas somente por direito. A retidão e integridade de Cristo concedeu-lhe o direito de receber bênçãos e delicias perpetuamente à direita do Pai Sl 16:11.
g)    Deste ponto em diante o salmista passa a descrever os co-herdeiros com Cristo". Até o verso 5 o salmista profetizou acerca de Cristo, e no verso 6 ele profetizou acerca dos filhos de Deus gerados em Cristo. Ele demonstra sua fé, dizendo a Deus que aquela geração seria a geração que teria tais condições. E a nossa geração, como está?
h)    "Tal é a geração daqueles que o buscam..." v. 6. Da mesma forma que Jesus declarou ser limpo de mãos e puro de coração, os que creem em Cristo conforme a Escritura também são limpos de mãos e puros de coração.
i)      Da mesma forma que Cristo é, são os cristãos aqui neste mundo: "Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo" I Jo 4: 17. “O apóstolo João ao escrever este versículo tinha em mente o que Davi profetizou acerca da nova geração e da nova condição que teriam aqueles que cressem em Cristo, o Deus de toda a terra v. 1”.
j)      A geração dos que buscam a Deus através de Cristo são qual Cristo é! Estes são nascidos da água e do Espírito, e portanto, são filhos de Deus Jo 3: 5. Deus é luz, e os que são nascidos de Deus são luz Ef 5: 8.
k)    Da mesma forma que Cristo andou entre os homens com um coração humilde e manso, os que aprenderam dele também são mansos e humildes no intimo: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" Mt 11: 29.
l)      Todos quantos buscam a face do Deus de Jacó, que Cristo manifestou aos homens Jo 1: 18, são geração do Senhor, filhos do Altíssimo I Jo 3:1-2; Gl 3:26. Nasceram da semente incorruptível, que é a palavra de Deus, e são novas criaturas em Cristo Jesus II Co 5: 17.
3° Motivo: Cristo é o Rei da Glória V.8
a)    Observemos o que diz os seguintes versos: "Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra" Pv 31: 23.
b)     "Quando eu saía para a porta da cidade, e na rua fazia preparar a minha cadeira..." Jó 29:7. Quando o Salmista clama: "Levantai, ó portas as vossas cabeças..."v. 7, ele profetizou acerca dos poderosos (príncipes, juízes, magistrados, anciões, nobres) que exercem domínio e juízo entre os homens.
c)    Quando os homens, na época de Jó, viam-no aproximar-se da "porta" da cidade, ou seja, do lugar próprio aos que exerciam a liderança na antiguidade, eles de pronto preparavam a cadeira (lugar) para Jó se assentar. Os jovens deixavam o recinto, os príncipes nada diziam  e os velhos colocavam-se e permaneciam em pé em sinal de reverência Jó 29:7-10.
d)    O rei Lemuel deixou registrado que a mulher, quando cheia de virtudes, faz com que o seu marido assuma posição de destaque às portas da cidade, assentando-se entre os anciões da terra Pv 31:23. Ou seja, o 'assentar-se' à porta em Provérbios 31:23 é o mesmo que a 'cadeira preparada' no livro de Jó 29:7.
e)    O lugar onde os magistrados, príncipes, sábios, se reuniam na antiguidade era denominado de "portas". As portas eram vetadas as pessoas comuns do povo. Somente os que exerciam influência na sociedade é que poderiam ter acesso ao local denominado "portas".
f)      Assim, o verso 7 do Salmo 24 refere-se ao domínio eterno de Cristo,quando na segunda vinda, como filho de Davi, Rei e Senhor de toda a terra. De igual modo, ele já se assentou na condição de Senhor nos céus.
g)    "Levantar" é sinal de reverência e admiração, ou seja, quando o salmista profetiza: "Levantai, ó portas, ...", ele diz para que os que exercem domínio levantem-se em reverência àquele que subiu ao monte do Senhor e que se assentará para reinar no seu Santo monte! É um ato semelhante ao recomendado por Davi: "beijai o Filho" Sl 2:12.
h)    Enquanto que 'beijar o Filho' é um reconhecimento da divindade de Cristo, 'levantai' refere-se ao ato reverente dos que exercem domínio quando Cristo se assentar para reger com vara de ferro as nações Salmo 2: 9. É o mesmo que dizer: Levantem-se e reverenciem o Rei da Glória, pois ele entrou e se assentou entre as nações para exercem o domínio.
i)      Além de Jesus exercer o domínio entre os homens, Ele exercerá o domínio sobre os principados e as potestades celestiais Ef 3:10, e por isso o Salmo diz: "... levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória" v. 7.
j)       As "entradas eternas" (portas) diz de um reino que não é deste mundo onde Cristo exercerá domínio para sempre. "As portas" diz do governo humano, e os "portais eternos" do governo celestial. Cristo é poderoso em batalhas (forte e poderoso) e Ele mesmo conquistará os reinos e o domínio sobre toda a terra com mão poderosa. Ele se assentará para dominar a todos os povos "Quem é esse Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra" v. 8.
k)      O rei da Glória é o mesmo que está entronizado entre os  serafins, pois Ele é o Senhor dos Exércitos v. 1.

Conclusão: Os versos 1 e 2 demonstram a quem pertence a terra e porque pertence a Ele o domínio "Do Senhor é a terra, pois ele a fundou..." vs. 1 e 2. A terra pertence ao Senhor porque Ele a estabeleceu.
As primeiras perguntas indaga sobre quem se assentará no santo lugar, o monte santo do Senhor v. 3, e completa-se com o segundo ciclo de perguntas: "Quem é o rei da glória?" v. 8.
O rei da glória que entrará e assentará diante dos que O reverenciam (cabeças) levantando-se, é Cristo Jesus, o Senhor. Ele é o Senhor de toda a terra v. 1, Aquele que é limpo de mãos e puro de coração v. 4, o Rei da Glória v. 8!
Portanto louvemos sempre a esse Rei da Glória, pois “fica-lhe bem o cântico de louvor” Sl. 147.1. Engrandeçamos o nome de Adonai Tzevaot, o Eterno dos Exércitos, pois Ele é o Rei da Glória!

PB.RINALDO SANTANA



quinta-feira, 26 de julho de 2018

O QUE É IGREJA SEGUNDO A BÍBLIA


Introdução: A Bíblia destaca vários pontos básicos sobre o que é a Igreja, dos quais podemos citar como exemplo:
      I.           A Igreja é a família de Deus Jo. 10.16, Somos irmãos em Cristo.  Tratamos uns aos outros como membros da mesma família: Não repreendas ao homem idoso, antes exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, com toda a pureza 1 Tm 5.1,2. Será que eu e você tratamos a nossa igreja local como nossa família?  Sentimos saudades quando precisamos nos ausentar das suas reuniões por um período?  Amamos nossos irmãos de fato?  Apoiamos os ministérios da igreja como atividades da nossa família?  Acolhemos pessoas novas como receberíamos visitas em casa? Fazemos sacrifícios em nome do amor pelos irmãos necessitados da família da fé Gl 6.10, assim como faríamos para nossos próprios familiares? Porque somos filhos do mesmo pai Ef. 2.18, a família de Deus na terra 3.15, 4.6, 1Pd. 5.2-4.
    II.           A Igreja é o templo do Espírito Santo 1Co. 3.16. Para Paulo a Igreja era o templo de Deus porque era a sociedade em que o Espírito de Deus habitava. Como disse Origens mais tarde: "Somos acima de todo o templo de Deus quando nos preparamos para receber o Espírito Santo." Mas, se os homens introduzirem discórdia, luta e divisões na sociedade e na comunidade da Igreja destroem o templo de Deus.
  III.           A Igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo exclusivo de Deus 1Pd. 2.9; 5:13. Quando falamos de relacionamento de homens para com Deus, existem pelo menos três povos sobre a terra. Primeiro: O povo que não quer saber de Deus. João 5.40 diz: ...contudo não quereis vir a mim para terdes vidas... Segundo: O povo que diz ser de Deus, mas não é. Tito 1.16 diz:...professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas suas obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra... E o terceiro grupo, é o povo exclusivo de Deus, conforme 1Pd.2.9.
 IV.           A Igreja é o Corpo de Cristo, a Noiva do Cordeiro Ef. 1.22,23, Na Bíblia, a igreja é chamada de o corpo de Cristo para explicar nossa união com Cristo e uns com os outros. Assim como todas as partes do corpo estão ligados e trabalham juntas, os cristãos devem trabalhar unidos para a obra de Deus. Assim como a cabeça comanda o resto do corpo, Jesus comanda a igreja. Ap.19.7, 21.2,9-27. A noiva é semelhante ao noivo. Por isso, está escrito em 1 Pedro 1.15: «Mas, como é Santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver.» Noiva de Cristo são aqueles que vão brilhar com uma clareza, pureza e santidade, assim como ele, que a chamou, é santo. «É-lhe dado vestir-se de puro linho fino. Porque o linho fino são as obras justas dos santos.» Ap. 19,8. A Noiva de Cristo está se preparando para ele, o noivo. Cada segundo que ela tem na terra, ela usa para se preparar para seu noivo. Seu vestido de linho fino não lhe é dado durante a festa de casamento, mas é algo que ela mesma se teceu, andando em justiça, enquanto ela estava aqui na terra.
   V.           A Igreja pertence a Deus e foi comprada com o sangue de Cristo Mt. 16.18. “Resgatada pelo seu próprio sangue At. 20.28”, Ef. 3:21, 5.25, 1Tm. 3.15,  Hb. 9.12.
 VI.           A Igreja é gloriosa, irrepreensível, sem mácula, sem ruga e vestida de justiça pelos méritos de Cristo Ef. 5.27. No lado espiritual, podemos entender que a mesma preocupação que as noivas têm com a sua vestimenta, a noiva de Cristo deve ter para o que está denominado na bíblia de “as bodas do cordeiro”. Sabemos, porém que nada corruptível, nem carne e nem sangue pode herdar o reino dos céus. Então como escolher e como zelar pelas nossas vestimentas espirituais? O primeiro passo está descrito em Ap. 3.5 – “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” Em primeira instância, somos presenteados com as vestes celestes (ou de salvação) pela graça e misericórdia de Deus no ato em que recebemos a salvação em Cristo Jesus. Ap. 19.8.
VII.           A Igreja revela a multiforme sabedoria de Deus Ef. 3.10. dois motivos para o mistério de cristo:
a)    A sabedoria de Deus ser experimentada pela a Igreja Ef. 3.10b.
b)    A  sabedoria de Deus ser exibida pelos anjos Ef. 3.10a.  
VIII.           A Igreja é perseguida pelos ímpios, mas guardada por Deus At. 8.1-3. A perseguição fez com que os cristãos ficassem dispersos, mas o interessante é que aonde os cristãos chegavam anunciavam a palavra de Deus e na medida, que a igreja se dispersava o evangelho se expandia At.8.4, muitas vezes precisamos deixar a zona de conforto para que haja um avanço na obra que Deus tem nos confiado.
Conclusão: A igreja de Cristo foi o grande projeto de Deus para a formação de uma família para si IICo.6.18, Ef.1.3-5

PB. RINALDO SANTANA


domingo, 22 de julho de 2018

NINGUÉM CRESCE SOZINHO ESPIRITUALMENTE


Introdução: Assim como uma criança aprende com seus pais e irmãos mais velhos a dar os primeiros passos, a pronunciar as primeiras palavras, você também precisa de irmãos e pais espirituais para crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos a você. Há igrejas nas quais as pessoas apenas vão fazer campanhas e buscar uma bênção. Isso é bom. Não é errado, mas comunhão é mais que isso. Podemos destacar três passos importantes:
1)    Buscar o novo convertido para os cultos. Os novos convertidos precisam ser contactados e levados para igreja;
2)    Integrar. Quando você busca um novo convertido, você se envolve com ele, quando você integra um novo convertido, ele se envolve na igreja local. O novo convertido precisa fazer parte do cotidiano da igreja. Nesta oportunidade é necessário apresentar o novo convertido aos demais irmãos a fim de  promover o entrosamento e o envolvimento com pessoas da igreja. Barnabé nos deu o exemplo quando buscou Saulo e o levou para a igreja, primeiro, em Jerusalém e, depois, em Antioquia. O Pr. Abe Huber faz a seguinte observação:
“Quando Barnabé o resgatou, Saulo era apenas um soldado. Na segunda Epístola a Timóteo, quando encerra o seu ministério, Paulo já é um general, um comandante vitorioso que ganhou grandes batalhas e grandes guerras para o Reino de Deus. Um general que conquistou muitos territórios, treinou muitos outros oficiais, que combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé. (II Timóteo 4.7)”
3)    Discipular. Jesus nos ordenou fazer discípulos e os ensinar a guardar tudo o que Ele mandou (Mt 28:20). A busca do novo convertido e sua integração da igreja devem conduzir ao discipulado, isto é, ao estudo da Palavra de Deus e a prática da vida cristã, do contrário, a igreja se tornaria apenas mais um clube social sem formar discípulos de Cristo.
O discipulado ajuda o novo convertido a viver uma vida cristã vitoriosa, a ter formado em si o caráter de Cristo, a vencer as tentações e as ciladas do inimigo.
A melhor forma de discipulado é o discipulado um a um, mas, se não for possível, classes especiais e equipes de visitação devem estar preparadas para ensinar ao novo convertido os princípios da fé cristã. Toda igreja local deve ter uma equipe de discipulado e visitação para acompanhar os novos convertidos e ajudá-los a crescer na fé.
Conclusão: Há ocasiões em que você precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado, perdoar, ser amado e amar. Para crescer, você precisa ter compromisso e relacionamento com Deus, e a única forma de tê-los é através do seu corpo, a igreja, a família espiritual.

PB. RINALDO SANTANA



segunda-feira, 2 de julho de 2018

A IMPORTÂNCIA DA COMUNHÃO


O ser humano não nasceu para viver sozinho e que não existe desenvolvimento humano sem vínculos com pessoas. Isso já foi comprovado pela Antropologia e hoje é senso-comum. O sentimento de solidão é um alerta para a busca de companhia, assim como a fome e a sede são alertas que o corpo está precisando de alguma coisa. A comunhão é uma das necessidades básicas do ser humano.
A verdadeira comunhão cris­tã gera frutos na vida da igreja, tornando-a verdadeiramente o Corpo de Cristo.

Sua igreja cultiva a verdadeira comunhão? É hora de voltarmos ao cenáculo e reviver os tempos de refrigério e avivamento. Somente uma igreja que experimenta a verdadeira comunhão com Cristo e com os seus membros em par­ticular, sobreviverá nestes tempos difíceis e trabalhosos. O Espírito Santo quer operar em nosso meio. Mas só o fará se estivermos viven­do a genuína comunhão cristã.

"No Pentecostes, depois da vin­da do Espírito Santo, o grupo de 120 explodiu! Em um dia três mil pessoas adotaram a fé, e passaram a servir a Cristo. Elas foram agregadas à igreja, isto é, imediatamente se uniram à co­munhão de crentes. Os três mil novos crentes se reuniram com os outros como eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes. Lucas ressaltou a natureza cotidiana das reuniões da igreja. Os crentes se reuniam tanto no templo ([...]), como em casa, para o partir do pão e, supostamente, para comunhão, para darem atenção às necessidades e para a prática da oração. Uma má interpretação co­mum sobre os primeiros cristãos (que eram judeus) era que eles rejeitavam a religião judaica. Mas estes crentes viram a mensagem e a ressurreição de Jesus como o cumprimento de tudo o que eles conheciam, e do Antigo Testamento e em que criam. A princípio, os crentes de origem judaica não se separaram do restante da comunidade judaica. Eles ainda iam ao Templo e às sinagogas para adorarem e aprenderem mais sobre as Escrituras. Mas a sua fé em Jesus Cristo criou um grande atrito com os judeus que não acreditavam que Jesus fosse o Messias. Assim, os crentes judeus eram forçados a se reunirem nas suas casas para compartilharem as suas orações e os ensinos a res­peito de Cristo. No final do século I, muitos desses crentes judeus foram excomungados das suas sinagogas" (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. l. RJ: CPAD, 2009, pp.632-34).

O Escritor aos Hebreus já exortava os crentes a não deixaram de congregar Hb 10.25. É por meio de relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade e nos tornamos adultos, é assim também na vida espiritual, através de relacionamentos com os irmãos, desenvolvemos nossa vida espiritual. Aqueles que evitam o relacionamento estão fugindo dos tratamentos de Deus. As tábuas do tabernáculo eram ajustadas lixando-as uma nas outras. Podemos dizer, sem medo de errar, que não é possível servir a Deus apropriadamente sem a comunhão dos irmãos. Quanto mais perto de Deus estamos, mais sensíveis e abertos nos tornamos aos irmãos. Inversamente, quanto mais envolvidos com o pecado, mais distantes nos tornaremos, mais nos escondemos entre as árvores do jardim. Minha intimidade com Deus é revelada na minha comunhão com os irmãos.
Não importa a sua teologia correta, seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica, se você é individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade de Deus. Sem comunhão, você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo. A comunhão é algo a respeito do qual precisamos perseverar. Alguns crentes não perseveram nem em ir aos cultos aos domingos. Atos diz que os primeiros cristãos “diariamente perseveravam unânimes no templo” At 2.46. Eles se reuniam diariamente.  Este é um dos padrões da espiritualidade: quanto menos culto menos realidade espiritual. Além de tudo isso, gostaria de enumerar algumas razões fundamentais para vivermos na comunhão dos santos.