domingo, 24 de setembro de 2017

A NECESSIDADE DE CONGREGARMOS HB. 10.25

Introdução: Quando decidimos seguir a Cristo, logo surge a necessidade de nos congregarmos, para o crescimento e amadurecimento na fé.  Não podemos ter uma vida espiritual sozinho. A vida no Espírito é como uma semente que precisa de terreno fértil para crescer. Este terreno fértil inclui não só uma boa disposição interior, mas também um ambiente favorável.
Vivemos em uma época em que a correria faz parte de nosso dia a dia. Não há tempo para tudo aquilo que queríamos, pois há inúmeros compromissos e muitas outras coisas a se fazer. A sociedade moderna vive num ritmo frenético e tal situação prejudica inclusive a comunhão entre família e igreja.
Busquei algumas referencias bíblicas sobre congregar. IRs. 8.1, Sl 50.5, Jr. 32. 37, Ez. 36.24, Ed.10.2, Sl. 26.12. temos que se congregar, se agregar, se juntar, se reunir, em união, para que o Sl. 133 se cumpra em nossas vidas.
Quando levamos a vida espiritual a sério, somos responsáveis por criar um ambiente para que a mesma possa crescer e amadurecer, se torna favorável, então é possível à semente que Deus semeou em nós, crescer até atingir as dimensões de uma grande planta.
1.    PORQUE É IMPORTANTE CONGREGARMOS?
a)    Para se ajuntar na igreja ICo. 11.18. os crentes de Corinto estavam se reunindo para  dissensões e debates, que não trazia nenhum elevo espiritual.Em nossos dias é muito comum considerar a participação do culto como algo secundário e até mesmo desnecessário para a vida cristã.
b)    Congregar estar reunidos em nome de Cristo. Mt. 18.20, Os primeiros cristãos, entendiam a importância de estarem reunidos, sabiam que quando se reuniam um grande poder espiritual era liberado At. 2.46 e 5.42.
c)    Podemos analisar nosso maior exemplo Jesus, que não abria mão de estar semanalmente com os outros irmãos na sinagoga Lc. 4.16-21.
d)    Congregar é ir a casa de Des Sl. 122.1
e)    Porque um dia na casa de deus vale mais do que mil em outro lugar Sl. 84.10
2. PORQUE ALGUNS IRMÃOS NÃO VALORIZAM AS      REUNIÕES? Hb. 10.25.
a)    Muitos estão enfraquecidos e impedidos de se locomoverem, mas as grandes maiorias possuem outros “motivos” que aos olhos do Senhor são reprováveis.
b)    Uma das piores atitudes que podemos ter contra o Senhor Deus é deixá-lo em posição secundária, colocando-o em segundo plano em nossas vidas, como a falta de tempo, a preguiça, a presunção, o mundanismo e o cansaço, etc
3.    QUAIS SÃO OS PREJUÍZOS POR NÃO CONGREGARMOS?
a)    Deus realmente se manifesta em vários lugares, porém há manifestações de Deus que só estarão disponíveis para nós ao nos reunirmos com outros.
b)    Perda da intimidade com Deus; perda de benção espiritual; sentimento de culpa, (pois sabemos que deveríamos estar lá reunidos); Perda do fervor espiritual.
4.    QUAIS SÃO AS BENÇÃOS PROMETIDAS AOS QUE CONGREGAM?
a)    Ao nos reunirmos, há uma medida maior da presença de Deus, por isso, devemos sempre buscá-lo com outros irmãos e não apenas individualmente: como por exemplo: a graça coletiva é liberada; a proteção espiritual; o poder é liberado.
CONCLUSÃO: Há um proverbio que diz que um cavalo ao puxar uma carroça, pode trazer consigo uma tonelada, mas quando se une a mais um cavalo, conseguem puxar quase cinco toneladas. Daí pode ver de uma maneira mais ampla, a força que passamos a ter ao nos unirmos. Precisamos nos reunir e buscar uma sinergia, para que possamos viver o que diz a Palavra em Dt. 32.30 , que “um pode perseguir mil, mas dois juntos dez mil”. Isso não é maravilhoso?
Deus está ainda recrutando pessoas para o Seu exército. Você consegue reconhecer o valor que obtemos ao nos reunirmos? Em algum momento você já recebeu socorro da parte de Deus, ao reunir-se com o corpo de Cristo? Existe algum empecilho que você precisa vencer para poder estar em maior unidade com a igreja? Aceite como verdade o que diz o Salmos 133:1 “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”.


Dc. RINALDO SANTANA

domingo, 23 de julho de 2017

UM HOMEM CHAMADO DANIEL

Introdução: Daniel foi um profeta, o quarto dos chamados “Profetas Maiores”, e personagem principal do livro de Daniel presente no Antigo Testamento. Nada se sabe sobre sua vida além do que é relatado no livro que traz seu nome.
O nome Daniel “Deus é o meu juiz” foi contemporâneo de Jeremias e Ezequiel, é o quarto dos profetas maiores. Sabemos que o Profeta Daniel foi um israelita de linhagem nobre e real Dn 1:3, levado cativo de Judá para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor, em aproximadamente 605 a.C., no terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá Dn 1:1.
Na Babilônia, juntamente com outros companheiros com qualidades semelhantes a ele, Daniel foi educado para o serviço no Império Babilônico, sendo instruído sobre a língua e a civilização dos caldeus Dn 1:4. Dentre os companheiros de Daniel na Babilônia, o relato bíblico destaca três nomes: Hananias, Misael e Azarias, também conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abednego respectivamente. Conforme o costume babilônico que atribuía nomes que faziam referências as suas deidades, Daniel também recebeu outro nome, no caso Beltessazar.
O rei da Babilônia determinou que fossem servidas aos jovens capturados as mesmas iguarias que eram servidas no banquete real da corte pagã. Porém, Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia Dn 1:8. Isso parece indicar que possivelmente o alimento real era conflitante as regras alimentícias estabelecida na Lei de Moisés.
Daniel então conversou com o chefe dos eunucos, a qual Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia Dn 1:8, para que ele não precisasse comer daquele banquete. Inicialmente, foi feito um acordo para que durante dez dias fosse servido a Daniel e seus três amigos apenas legumes e água. Ao final dos dez dias, eles seriam examinados e comparados com os demais jovens que estavam se banqueteando com as iguarias do palácio. Após dez dias, Daniel, Hananias, Mizael e Azarias estavam com aspecto mais saudável do que qualquer outro jovem.
A Bíblia diz que Deus concedeu a estes quatro jovens, conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria, mas a Daniel, Deus também deu entendimento em toda a visão e sonhos Dn 1:17.
1.    Um homem decidido Dn. 1.8
A.    Decidiu não provar as iguarias do rei 1.8a
B.    Decidiu não provar o vinho do rei 1.8b
C.   Decidiu não praticar a religião do rei 2.20
2.    Um homem de oração Dn. 6.10
A.    Mesmo sabendo do decreto, Daniel continuou seu ritual de três orações diárias a Deus 6.10
B.    Os inimigos de Daniel ficaram furiosos 6.11-13
3.    Um homem perseverante Dn. 6.20
A.    Mesmo lançado na cova dos leões não desistiu de servir a Deus
B.    O rei reconhece a Daniel como um servo fiel a Deus
4.    Um homem prospero Dn. 6.28
A.    Prosperou no reinado de Dario 6.28a
B.    Prosperou no reinado de Ciro, o Persa 6.28b
Conclusão: Daniel no final de sua carreira podemos ver a consideração de Deus pelo seu servo e o reconhecimento do seu trabalho prestado e a promessa de descanso e recompensa. A lealdade, fidelidade e decisão de Daniel deixa-nos um legado de ânimo encorajamento, para continuarmos ate o fim Dn. 12.3., para continuarmos até o fim Dn.12.13.


sexta-feira, 30 de junho de 2017

AS DOZE PEDRAS DO ALTAR

 Introdução: A palavra “ALTAR” tanto no Grego quanto no Hebraico significa lugar de sacrifício. O altar tinha uma importância muito grande no culto a Deus no Antigo Testamento. Era sobre o altar que a oferta ou o holocausto eram oferecidos e em volta dele se reuniam os convidados em santa reverência perante o Senhor. Todos os altares tinham modelos, com critérios predefinidos por Deus. O altar que tinha sido construído no monte Carmelo e que neste texto bíblico foi reconstruído pelo profeta Elias, continha três  elementos indispensáveis para que uma oferta fosse aceita diante de Deus. 
 1º elemento eram as pedras. Em geral eram utilizadas 12 pedras não trabalhadas, como se vê na ordem divina em Êx. 20:25 - "E se me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas...". 
 2º elemento era a lenha - "... mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã..." Lv. 6:12. 
3º elemento era o animal que deveria ser oferecido. No caso do monte Carmelo, o animal imolado foi um "bezerro". Para cada sacrifício no Antigo Testamento, havia um animal específico. O bezerro era utilizado para holocausto, para ofertas pacíficas e para consagração de alguém ao Senhor - "E, havendo-o desmamado, tomou-o consigo, com três bezerros, e um efa de farinha, e um odre de vinho, e levou-o à casa do SENHOR, em Siló, e era o menino ainda muito criança". 1 Sm.1:24.
No altar de Elias um novo elemento foi introduzido - a água. Elias ordenou que derramassem bastante água sobre o altar, ordenando antes, que fizessem um rego em volta do altar para represar a água que seria derramada. O objetivo de Elias era provar que não haveria nenhum truque, até a lenha que em via de regra, precisava ser bem seca, ficou encharcada para que não pairasse qualquer dúvida da manifestação do poder de Deus.
Cada um desses elementos tem um significado para a vida cristã, uma vez que a Bíblia é o livro dos símbolos e por meio deles Deus fala com o seu povo.
PORQUE AS PEDRAS NÃO PODIAM SER LAVRADAS?
Êx. 20:25 - E se me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; se sobre ele levantares o teu buril(instrumento de ferro), profaná-lo-ás.
Por que as pedras tinham de ser brutas? Não lavradas, não lapidadas, não boleadas, não polidas, não trabalhadas com ferramentas nem esculpidas, apenas brutas, no seu mais primordial estado e forma, naturais, ásperas, opacas, informes, imperfeitas?
Na obra de Deus há um mistério: Não são as nossas habilidades que determinam os frutos, os resultados. Para se alcançar o coração de um pecador com a mensagem do Evangelho não é necessário a eloquência, os recursos técnicos da oratória, a aparência impecável do orador. Todos esses recursos são úteis, mas não são necessários/indispensáveis. "E eu irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria". 1 Co. 2:1. "Porque Cristo enviou-me, (...) para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã". 1 Co. 1:17.
 Não precisamos recorrer a técnicas de recursos humanos, para atrairmos a glória do Senhor e alcançarmos mais "fiéis" para nossa igreja.
PORQUE TINHA QUE SER DOZE PEDRAS?
A primeira vez que o Senhor exigiu que fossem utilizadas 12 pedras na edificação de um altar, foi na passagem do rio Jordão, em Josué 4. Cada pedra seria retirada do leito do rio por um representante de cada uma das doze tribos de Israel. O motivo? - O Próprio Deus respondeu: "... assim estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel". Js 4:7. O povo de Deus precisava trazer sempre, em memória, que Deus é o Deus de Israel, ou seja, que em todo o Israel, em todas as tribos, em todos os municípios, em todas as cidades, somente Deus Jeová - IHVH era e deveria ser o Deus de Israel.
Elias certamente tinha essa mesma intenção, um altar com doze pedras, para dizer a Israel, mais uma vez que somente o SENHOR deveria ser adorado e servido como Deus em todo o Israel.
O QUE AS DOZE PEDRAS REPRESENTAM EM NOSSOS DIAS?
1º - As pedras representam as pessoas, cada crente em particular é uma pedra no altar de Deus. Se levarmos em conta que a reunião de salvos forma um altar de adoração, cada crente deve se sentir e se comportar como uma pedra. Pd. 2:5.
2º - Se considerarmos que cada um de nós devemos erguer um altar, sobre o qual devemos apresentar a Deus nosso sacrifício de louvor, como diz em Rm 12.1.
COM QUE PEDRAS DEVEMOS CONSTRUIR ESSE ALTAR?
1ª Pedra - AMOR - "Deixa que o Espírito implante em teu ser, o amor de Cristo, divinal prazer..." - 4ª estrofe do hino 77 da Harpa Cristã.
         A. O amor de Cristo, uma vez implantado em nosso ser, regulará todo o nosso comportamento, nossos sentimentos e, inclusive, nossa adoração.
           B.   Nada pode nos separar do amor de Deus Rm. 8.38,39
           C.  O grande amor que ele nos amou Ef. 2.4,5.
2ª Pedra - UNIÃO - "Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união..." Sl. 133:
         A .  É algo precioso como o oléo que ungiu a Arão Sl 133.2
         B.   É refrescante como o orvalho que desce no monte Sião Sl.133.3
3ª Pedra - ALEGRIA - "Servi ao Senhor com alegria..." Sl 100:4a.
         A. Celebrem com jubilo ao Senhor Sl. 100.1;
         B. Sirvam ao Senhor com alegria Sl. 100.2;
         C.  Entre diante dele com canto Sl. 100.2b;
         D.  Saibam que o Senhor é Deus Sl. 100.3;
         E.  Saibam que foi ele que nos fez Sl. 100.3b;
         F.  Saibam que não foi nós que nos fizemos a nós mesmos Sl.100.3c;
         G.  Saibam que somos povo seu Sl.100.3d;
         H. Saibam que somos ovelhas do seu pasto Sl.100.3e
I         I. Entrem pelas portas dele com gratidão Sl. 100.4a;
J       J. Entrem em seus átrios com louvor Sl. 100.4b;
         K. Louvem-no Sl. 100.4c;
         L.   Bendigam o seu nome Sl. 100.4d.
4ª Pedra - CÂNTICOS DE LOUVOR - "... Sl. 27:6
          A.  Profiram louvor Sl. 119.171
          B.  Apresentai-vos a ele com cântico Sl. 100.2
          C. Use o louvor para incentivar outros e para adorar a Deus Ef. 5.19.
5ª Pedra - FÉ - "Porque sem fé é impossível agradar a Deus" Hb. 11:6.
        A.   Com ela as pessoas do antigo Testamento foram aprovadas por Deus Hb. 11.2;
           B.   Com ela somos capazes de crer no poder de Deus Hb. 11.3;
           C. Sem ela somos incapazes de agradar a Deus Hb. 11.6.
6ª Pedra - A PALAVRA DE DEUS - A leitura da Bíblia deve ser elemento indispensável em um culto de adoração. "Js. 1:7
       A.  Para que voce possa prosperar aonde você vá Js.1.7;
       B.  Para que você faça prosperar o seu caminho Js. 1.8;
       C.  Você será bem sucedido Js. 1.8
       D. Deus está com você até onde você vá Js. 1.9;
7ª Pedra - DONS ESPIRITUAIS - "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação". 1 Co. 14:26
      A. Usem estes dons e todos os demais solenemente, para edificação dos outros 1Co. 14.26;
         B.  Façam tudo de forma correta e adequada 1 Co. 14.33,40
8ª Pedra - O ANSEIO POR DEUS - Apresentar-se diante do Senhor sem o anseio por Deus é uma tremenda perca de tempo. Sl. 63:1. “O anseio de Davi”
         A.  Ele anela por Deus em uma terra seca e exausta Sl. 63.1,2;
         B. Ele promete honrar e louvar a Deus Sl. 63.3-5
      C. Na lembrança – Davi declara quando me lembro de ti no meu leito Sl. 63.6;
         D. No livramento Sl. 63.8,11;
         E.   Na destruição Sl. 63.3,9,10
9ª Pedra - OFERTA - Dt. 6:16 A ordem é todo homem levar consigo parte de sua prosperidade a cada uma das três festas anuais.
      A. Todo homem aparecerá perante o Senhor e celebrará festas no lugar onde ele escolherá para colocar o seu nome Dt.16.16;
      B. Eles não apareceram vazios, mas trarão ofertas voluntarias para as festas Dt. 16.10,15,16;
    C. Cada um dará a sua oferta voluntaria conforme for capaz, e conforme o Senhor lhe fizera prosperar Dt. 16.17.
10ª Pedra - HUMILDADE - "Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas...". At. 20.19
       A.   Servindo ao Senhor com toda a humildade at. 20.19a;
       B.  Com lagrimas Sl 126.6;
       C. A humildade precede a honra Pv. 15.33;
       D. Andando com toda humildade e mansidão Ef. 4.2
11ª Pedra - REVERÊNCIA - "Deus é muito formidável na assembleia dos santos”. Sl. 89:7. Ec. 5:1                                    
                A.  A sua formosura nos leva a um patamar de reverencia:                              B. Por sua misericórdia, seu amor, sua fidelidade e seus milagres Sl. 89.1-2,5;
                C. Por sua singularidade Sl. 89.6-8; ninguém pode se comparar a ele;
              D. Por sua justiça e sua retidão Sl. 89.14; seu trono está fundado nelas. 
  12ª Pedra - GLORIFICAÇÃO - "E no seu templo todos dizem glória" – Sl. 29:9."Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará".Sl. 50.23.
A.   Glorificar pelo livramento no dia da angustia Sl. 50.15;
B.   Todas as nações glorificarão o nome do Senhor Sl. 86.9;
Conclusão: Qual a pedra que estar faltando em sua vida? Devemos com cuidado observar o altar e consertar, para que o fogo do Espirito Santo continue aceso em nossas vidas. Se vivermos em submissão e santidade, não há demônio que possa nos resistir. E hoje o fogo de Deus virá sobre nós e nos fará como Elias, reconstrutores de altares. Aqueles que serão usados por Deus para levantar altares caídos e fazer deles altares de adoração ao único e vivo Deus.

Dc. Rinaldo Santana

domingo, 25 de junho de 2017

AS TEMPESTADES DO MAR DA VIDA

INTRODUÇÃO: Nesta passagem das Escrituras, encontramos os discípulos de nosso Senhor presos nas garras de uma tempestade feroz. Eles se envolveram nessa tempestade por terem sido ordenados pelo Senhor para atravessar o Mar da Galileia. Esses homens estavam na vontade do Senhor e, no entanto, nós os vemos lutando contra a tempestade. Por mais que tentassem, no entanto, parece que eles eram incapazes de fazer qualquer progresso. O vento era contrário. Estes 12 homens estavam presos em uma tempestade e eram incapazes de sair. Enquanto vemos tudo de maneira limitada Deus vê o todo, nós vemos um barco no meio de uma tempestade, Deus vê homens aprendendo a dominar o medo e confiar em Seu poder. Deus usa situações difíceis para nos ensinar a caminhar neste mundo. As tempestades da vida não anulam a bondade de Deus. Não haveria o arco-íris sem a tempestade, nem o dom das lágrimas sem a dor. Só conseguimos enxergar a majestade dos montes quando estamos no vale. Só enxergamos o brilho das estrelas quando a noite está trevosa É das profundezas da nossa angústia que nos erguemos para as maiores conquistas da vida. William Hendriksen, analisando este texto, diz que podemos sintetizá-lo em seis pontos básicos:
1.    Uma noite a bordo;
2.    Uma tempestade furiosa;
3.    Um clamor desesperado;
4.    Um milagre impressionante;
5.    Uma reprovação amorosa;
6.    Um efeito profundo.
I.               COMO SÃO AS TEMPESTADES DA VIDA
Em primeiro lugar, as tempestades da vida são inesperadas. William Barclay diz que o Mar da Galiléia era famoso por suas tempestades. É um lago de águas doces, de 21 quilômetros de comprimento por 14 de largura, há 220 metros a baixo do nível do Mar Mediterrâneo e é cercado de montanhas por três lados, que têm até 300 metros de altura. Os ventos gelados do Monte Hermon 2.790m, coberto de neve durante todo o ano, algumas vezes, descem com fúria dessa região alcantilada e sopram com violência, encurralados pelos montes, caindo sobre o lago, encrespando as ondas e provocando terríveis tempestades. Mt. 24:7. As tempestades da vida são também inesperadas: é um acidente, uma enfermidade, uma crise no casamento, um desemprego. As tempestades não mandam telegrama. As aflições e as tempestades da vida fazem parte da jornada de todo cristão. 
Em segundo lugar, as tempestades da vida são perigosas. Mateus diz que o barco era varrido pelas ondas Mt. 8:24. Marcos diz que se levantou grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água Mc. 4:37. Lucas diz que sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo eles o perigo de soçobrar Lc. 8:23. As tempestades da vida também são ameaçadoras. Elas são perigosas. São verdadeiros abalos sísmicos e terremotos na nossa vida. 
Em terceiro lugar, As tempestades da vida são inadiministráveis. Elas são maiores do que nossas forças. Os discípulos se esforçaram para contornar o problema, para saírem ilesos da tempestade. Mas eles nada puderam fazer para enfrentar a fúria do vento. Seus esforços não puderam vencer o problema. Eles precisaram clamar a Jesus. Certa feita, Josafá, rei de Judá, foi encurralado por três inimigos que se armaram até os dentes para atacar Jerusalém. Mandaram-lhe um recado insolente, dizendo que o rei não podia escapar de suas mãos. Josafá teve medo, pôs-se a buscar a Deus e decretou um jejum em toda a nação. Então, Josafá orou e disse: “Ó Deus não há em nós força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós e não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos estão postos em ti” 2 Cr 20:12. 
Em quarto lugar, As tempestades da vida são surpreendentes. Elas podem transformar cenários domésticos em lugares ameaçadores. O Mar da Galiléia era um lugar muito conhecido daqueles discípulos. Alguns deles eram pescadores profissionais e conheciam cada palmo daquele lago. Muitas vezes eles cruzaram aquele mar lançando suas redes. Ali era o lugar do seu ganha pão. Mas agora, estão em apuros. Ainda hoje, há momentos em que as crises maiores que enfrentamos nos vêm daqueles lugares onde sentíamo-nos mais seguros.
II. OS CONFLITOS QUE ENFRENTAMOS NAS TEMPESTADES DA VIDA
1.    Como conciliar a obediência a Cristo com a tempestade Mc. 4:35.
A.    Os discípulos entraram no barco por ordem expressa de Jesus e mesmo assim, enfrentaram a tempestade.
B.    Eles estavam no centro da vontade de Deus e ainda enfrentaram ventos contrários.
C.   Eles estavam onde Jesus os mandou estar, fazendo o que Jesus os mandou fazer, indo para onde Jesus os mandou ir e mesmo assim, enfrentaram uma terrível borrasca.
D.   Você tem sofrido oposição e perseguição por ser fiel a Deus. Tem perdido oportunidade de negócios por não transigir. Tem perdido concorrências em seus negócios por não dar propina.  
2.    Como conciliar a tempestade com a presença de Jesus 4:35, 36. O fato de Jesus estar conosco não nos poupa de certas tempestades.
A.    Ser cristão não é viver numa redoma de vidro, numa estufa espiritual. O céu não é aqui.
B.    Jesus foi a uma festa de casamento e mesmo ele estando lá, faltou vinho. Um crente que anda com Jesus pode e muitas vezes enfrenta também terríveis tempestades.
C.   A tempestade ajudou os discípulos a entenderem que podemos confiar em Jesus nas tempestades da vida. 
3.    Como conciliar a tempestade com o sono de Jesus. Talvez o maior drama dos discípulos não foi a tempestade, mas o fato de Jesus estar dormindo durante a tempestade.
A.    Na hora do maior aperto dos discípulos, Jesus estava dormindo.
B.     Às vezes, temos a sensação de que Deus está dormindo. O Salmo 73 fala sobre o sono de Deus. Aquele que não dormita nem dorme, às vezes, parece não estar atento aos dramas da nossa vida e isso gera uma grande angústia em nossa alma.
III. AS GRANDES PERGUNTAS FEITAS NAS TEMPESTADES DA VIDA
1. Mestre, não te importa que pereçamos Mc. 4.38
 Em tempos de doença, perigo de morte, desastres naturais, catástrofes, terremotos, guerras, comoção social, tragédias humanas, explode do nosso peito este mesmo grito de medo e dor: “Mestre, não te importa que pereçamos?” Mc 4:38. Mateus registra: “Senhor, salva-nos! Perecemos!” Mt 8:25. Lucas diz: “Mestre, Mestre estamos perecendo!” Lc 8:24. 
Quantas vezes, nas tempestades avassaladoras da vida também encharcamos a nossa alma de medo. Não há Deus como o nosso que trabalha para aqueles que nele esperam. Ele trabalha no turno da noite preparando algo melhor e maior para a nossa vida. Quando ele permite a tempestade é porque está desejoso de nos ensinar profundas lições de vida.
2. Por que sois assim tímidos. Por que não tendes fé Mc. 4.40
A.    Em primeiro lugar, a promessa de Jesus Mc.4:35. Jesus havia empenhado sua palavra a eles: “passemos para a outra margem”.
B.    O destino deles não era o naufrágio, mas a outra margem.
C.   O Senhor vela pela sua palavra em a cumprir. Quando ele fala, ele cumpre.
D.   Promessa e realidade são a mesma coisa. A Palavra de Jesus, as promessas de Jesus não podem ser frustradas. São planos são perfeitos. Pode passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão.
E.    Para ele não há impossíveis. Ele caminha sobre as ondas. Ele põe termo à guerra. Ele salva o perdido, cura o enfermo, levanta o caído e faz novas todas.
F.    Em segundo lugar, a presença de Jesus Mc. 4:36. É a presença de Jesus que nos livra do temor.
G.    Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum Sl 23:4. Não porque o vale seria um caminho seguro. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus era o seu amparo. A presença de Deus nas tempestades é nossa âncora e nosso porto seguro.
H.    Quando precisássemos cruzar os rios caudalosos eles não nos submergiriam. Quando tivéssemos que entrar nas fornalhas acesas da perseguição e do sofrimento, a chama não arderia em nós, porque Deus estaria conosco Is 43:1-3.
I.      Jesus disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” Mt 28:20. Os discípulos se entregaram ao medo porque esqueceram-se de que Jesus estava com eles. O Rei do céu e da terra estava no mesmo barco e por isso, o barco não podia afundar. O criador do vento e do mar está conosco, não precisamos ter medo das tempestades. 
4.    Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem Mc. 4
 Conclusão: Jesus é perfeitamente Deus Mc. 4:39. Ele é o criador, sustentador e o interventor na natureza. O vento ouve a sua voz. O mar se acalma quando ele fala. Todo o universo se curva diante da sua autoridade. Ele é o verdadeiro Deus. É ele quem livra o seu povo e acalma as nossas tempestades. É ele quem acalma os terremotos da nossa alma. Antes eles estavam amedrontados pelo vento, agora estão cheios de temor pelo Senhor do vento. Agora eles estão cheios de temor e admiração diante do poder de Jesus.
A quem você teme: as circunstâncias ou o Senhor das circunstâncias?
DC. RINALDO SANTANA