sexta-feira, 6 de junho de 2008

O CRISTÃO PODE JULGAR?

Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? - Jeremias 5:30 - 31.

Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. - João 7:24

Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? 1 Coríntios 6:2 - 5

Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti -lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar -se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos... Gálatas 2:11 - 14.
O cristão pode julgar? Esta é uma pergunta que poderia ser irrelevante. Poderia não fosse a impressionante realidade que estamos vivenciando nos dias de hoje. Este autor tem escritos diversos artigos publicados no jesussite.org [2] os quais têm motivado alguns leitores a lhe escreverem mensagens eletrônicas. Alguns escrevem para agradecer, outros apenas para elogiar e outros para expressar sentimentos que variam de frustração à ira. Entre este último grupo as críticas podem ser facilmente classificadas em quatro categorias, a saber:

1) Em primeiro lugar, o campeão disparado, é a citação de alguns versículos bíblicos, com especial ênfase nas passagens de Mateus 7:1 - 5 e Romanos 14:4 e 10 visando mostrar quão errado, impróprio e até anti-cristão é o ato de julgar.

2) Em segundo lugar estão aqueles que sugerem que não é possível julgar a ninguém porque somente Deus sabe os verdadeiros motivos das pessoas. Estes sugerem que devemos deixar tudo correr como tem que correr e aguardar o juízo final de Deus.

3) Em terceiro lugar está a turma do "deixa disso" alegando que toda crítica é perniciosa e causa divisões no corpo de Cristo. "Irmão Alex", me escrevem "temos que manter a unidade a qualquer custo".

4) Em quarto lugar estão aqueles que pedem para que nomes não sejam mencionados porque este ato prejudica demais aos citados. Neste último lote se encontram muitos pastores que consideram um sinal de maturidade e maior espiritualidade não citarem nomes quando querem fazer uma crítica.

O autor não consegue evitar a profunda tristeza que experimenta ao perceber nestas mensagens eletrônicas o nível em que se encontram os cristãos em geral e a cristandade [3] em particular. Um velho professor e amigo costumava dizer o seguinte: "Alex, a ignorância é o paraíso". E hoje, 25 anos depois, sou obrigado a concordar absolutamente com ele.

Sinto-me motivado a escrever este artigo porque observo que muito desta ignorância é alimentada pelos próprios indivíduos que gostam de se intitular "Pastores, Reverendos, Mestres, Doutores, Bispos" e, ultimamente, "Apóstolos". Em vez de ensinarem o que a Bíblia diz acerca da responsabilidade cristã de julgar preferem alimentar a ignorância do povo. Este ato, o de alimentar a ignorância, visa à auto defesa que procura colocar estes indivíduos acima e fora do alcance de qualquer admoestação, censura ou repreensão. E infelizmente, para complicar ainda mais a situação, os crentes em geral se submetem a este tipo de abuso espiritual, fazendo-o, a grande maioria, de boa vontade. Este problema, a associação daqueles que têm a responsabilidade de guiar com aqueles que são guiados, para perverter a Palavra de Deus, não é novo. O profeta Jeremias enfrentou situação semelhante e se não soubéssemos que o mesmo profetizou entre 627 a 580 a.C. teríamos a impressão que ele estava se referindo aos nossos dias tamanha a atualidade de suas palavras. O profeta Jeremias diz o seguinte: "Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim? - ver Jeremias 5:30 - 31". Para entendermos de forma mais precisa estas palavras de Jeremias é necessário compreendermos o contexto em que elas foram ditas. A semelhança com os nossos dias, como se verá, é inescapável!


Referências:
1 - Todas as citações bíblicas neste artigo são da versão de Almeida Revista e Atualizada (ARA) publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil a menos que outra tradução seja indicada.
2 - Ver "A Igreja Cristã no Brasil no Século XXI", "As Contradições da Cristandade"; e "Enganados de Propósito".
3 - Por Cristandade o autor se refere a este sistema completamente falido representado por todos os grupos que se denominam cristãos e que pretendem estar seguindo os ensinamentos Bíblicos e imitando a Jesus.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

VOCE É OU NÃO, UNGIDO?


"NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS"
Quando criei esse blog, foi para divulgação da palavra de Deus, para que todos os visitantes, e leitores, fossem alimentados pela palavra,n porém sinto-me incomodado, com a falta da palavra na igreja, vendo essa necessidade e percebendo que o maior erro está nos lideres, certa vez em uma reunião, com os professores da Escola Biblica da igreja a qual sou membro. E tambem estou Superintendente da Ecola Biblica, depois de tanto reivindicar do pastor uma capacitação para os professores, foi negada ... Levantei uma tese de que há na igreja, lideres, pastores, presbitéros, evangelistas, missionarios, que são amantes de si mesmo, contrariando Efesios 4. 11,12 - E ele mesmo (Jesus Cristo) deu uns para apóstolos, e outros para profetas , e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo assim o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. Por conta disso e Heresias, e movimentos "pentecostais" promovidos aos longos dos dias tem se alargado a frieza, e a evazão na igreja. Vasta maioria dos membros das assim chamadas "igrejas evangélicas" de todos os matizes - sejam protestantes, evangélicas propriamente ditas, pentecostais, carismáticas, tradicionais e da terceira onda - já tiveram a oportunidade, em um ou outro momento, de presenciar um pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo, profeta ou algo que o valha, subir ao púlpito de uma comunidade qualquer e mandar ver um sermão acerca de "não toqueis nos meus ungidos". Junto com o sermão, bastante impróprio, diga-se de passagem, vem um besteirol. COMO: Eu vou fazer de conta, com a minha mão, que vou jogar a benção, e vou gritar : Receba a benção!! E quando eu fizer assim, vocês ergam a mão e façam de conta que seguraram alguma coisa, por que isso é um ato profético, que dará realmente a benção para vocês. Entenderam ? Vamos lá então.
REEECEEEBAAA A BEEENÇÃO!!”
Estes sermões são todos motivados pelo conceito errado e realmente perverso de que aqueles que servem ao Senhor nas funções de pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo ou profeta etc, são realmente "servos especiais" que pertencem a uma categoria que é distinta de todos os outros crentes. Como "servos especiais", estas pessoas, pois existem homens e mulheres nesta categoria, imaginam que estão acima de qualquer tipo de crítica e que podem mandar e desmandar na Igreja do Senhor, porque, segundo eles mesmos, o Senhor lhes concedeu poder e autoridade "especiais". Por este motivo todo e qualquer criticismo, não importa a intenção, será confrontado vigorosamente através de vários mecanismos entre os quais se encontra o famigerado sermão acerca de "não toqueis nos meus ungidos".

Não existem pessoas especiais para Deus; Não existem pessoas que recebem um batismo com o Espírito Santo que é mais poderoso do que o batismo com o Espírito Santo que veio sobre todos os outros cristãos; Não existe realmente uma unção que é maior, melhor, mais poderosa do que a unção com que o próprio Deus ungiu a todos os crentes no Senhor Jesus Cristo. 1Jo. 2.20 - Vós tende a unção do Santo e sabeis tudo. A unção do Santo faz alusão à consagração dos Sacerdotes e dos reis do AT mediante a unção com azeite, que aqui, se torna como simbolo e se aplica ao Espirito Santoderramado sobre os crentes Cf. Jl.2.28 e em atos 2.17.
Eu vou fazer de conta, com a minha mão, que vou jogar a benção, e vou gritar : Receba a benção!! E quando eu fizer assim, vocês ergam a mão e façam de conta que seguraram alguma coisa, por que isso é um ato profético, que dará realmente a benção para vocês. Entenderam ? Vamos lá então.

REEECEEEBAAA A BEEENÇÃO!!”

Um certo autor tomou conhecimento de que um falso mestre que atende pelo nome de Benny Hinn, declarou ter visitado os túmulos de duas mulheres fundadoras de igrejas cristãs do passado e que "coletou", para si mesmo, "a poderosa unção" que ainda se encontrava naqueles túmulos cheios de pessoas mortas. Não duvido que ele tenha realmente "coletado" alguma coisa, mas certamente o que ele coletou não tem nada a ver com o Espírito Santo de Deus. Este patético senhor e todos seus seguidores, e não são poucos, estão realmente fora de sintonia com o Deus da Bíblia e com a própria Bíblia como espero demonstrar neste artigo. Quando confrontado por tais práticas estranhas e realmente abusivas o senhor Benny Hinn reagiu com as seguintes palavras: "Se você falar mal de mim, ou contra a unção que está em mim e no meu ministério, seus filhos irão sofrer as conseqüências". Quão longe este tipo de atitude se encontra do verdadeiro ensino dos Evangelhos fica a critério do leitor decidir. Antes que qualquer leitor desavisado, resolva me escrever com argumentos do tipo "não devemos julgar", sugiro que leia outro artigo publicado também neste site cujo título é "O Cristão Pode Julgar?", onde tratamos deste assunto.

Mas como conseguimos chegar neste nível de desarranjo espiritual onde um homem que alega ser pregador da palavra de Deus age como um verdadeiro seguidor do espiritismo kardecista e procura recolher pretensas unções em cemitérios? Tudo isto acontece por um simples, mas poderoso fato, que pode ser assim representado: existem algumas pessoas que se arvoram ares de super-crentes ao mesmo tempo em que existem também, milhares de outras pessoas que estão dispostas a acreditar e seguir os super-crentes a qualquer custo, achando que com isto estão seguindo no caminho de Deus. O autor deseja dizer aqui com todas as letras, apenas que: NÃO EXISTEM SUPER-CRENTES. Tudo o mais será dito no restante deste artigo.

I. Os Abusadores

Abuso espiritual, pode parecer estranho, é um estado de coisas amplamente denunciado nas páginas das nossas Bíblias. No passado, durante os dias do Antigo Testamento, Deus levantou inúmeros profetas para denunciarem este tipo de perversidade. No Novo Testamento, o próprio Senhor Jesus tomou uma boa porção do Seu ministério para denunciar e confrontar aqueles que abusam espiritualmente de outras pessoas. Por estes motivos nós faremos muito bem em ouvir o que eles têm a dizer acerca dos desmandos e abusos que percebemos nos dias de hoje, da parte de homens e mulheres que são extremamente ágeis e rápidos em se proteger debaixo da couraça representada pela expressão "não toqueis nos meus ungidos".

A. O Profeta Ezequiel

A passagem de Ezequiel 34:1 - 6 é certamente a que melhor descreve, no Antigo Testamento, o assunto que é objeto deste artigo, a saber: Abuso Espiritual.

1 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2 Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?
3 Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4 A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo.
6 As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque.

Nesta passagem nós encontramos a palavra do Senhor vindo até o profeta Ezequiel lhe ordenando que profetize contra "os pastores de Israel". Por esta expressão, como fica evidente pelo contexto, devemos entender que o profeta não está se referido literalmente a pastores de ovelhas, e sim a todos os líderes da nação de Israel. Ele dirige suas palavras aos magistrados e aos príncipes, aos levitas e aos sacerdotes i.e. a todos aqueles que tinha a responsabilidade de cuidar do povo de Deus. De zelar sobre o povo de Deus, de protegê-lo e de não explorá-lo.

Através do profeta Ezequiel é o próprio Deus quem tem algo a dizer a estes líderes. E Deus fala de uma posição privilegiada já que Ele mesmo é reconhecido como o pastor por excelência sobre seu povo - ver Salmos 80:1. E como pastor sobre Seu povo, Deus é louvado, de forma magistral por Davi no Salmo 23 que começa exatamente com as palavras "O SENHOR é o meu Pastor, nada me faltará"! Fala o Deus-pastor de Israel e diz: "Ai dos pastores de Israel"! E nesta expressão nós encontramos uma vibrante contradição entre como aqueles homens se viam e como o Deus-pastor os via. Como iremos perceber os problemas causados por pastores abusadores, existem desde os tempos mais antigos.

Pastores, como líderes, gostam de pensar de si mesmo como pessoas diferenciadas, acima das outras pessoas. Gostam de se ver como sendo "especiais", como super-crentes. Apesar de gostarem de se ver desta maneira, Deus não está nem por um segundo interessado em participar no jogo deles. Suas palavras são de condenação absoluta desde o começo: "Ai dos pastores de Israel". Aqueles homens achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não entendiam que as posições que ocupavam, bem como as funções que executavam, realmente, não os isentavam de ter que admitir seus erros, de ter que confessar seus pecados e de sofrer as graves conseqüências dos juízos de Deus, caso não se arrependessem. Esta palavra realmente dura da parte do Senhor é motivada pelo fato de que os pastores não são "donos" do rebanho de Deus e por este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e muito menos de maneiras que sejam abusivas. Pastores, como diz o apóstolo Pedro, não passam de cooperadores submetidos ao Senhor Jesus que é chamado de Supremo pastor - ver 1 Pedro 5:4. O motivo porque o Senhor usa tão duras palavras foi expresso de forma perfeita pelo profeta Jeremias quando diz: "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! - diz o SENHOR - Jeremias 23:1. Porque somos ovelhas do pasto do Senhor, é que Ele se mostra tão aborrecido quando somos maltratados por aqueles que deveriam realmente cuidar de nós. Todos aqueles que são chamados, pelo SENHOR, para ajudar a cuidar das ovelhas do Seu pasto, vejam bem como procedem porque Deus não se agrada de tolos - ver Eclesiastes 5:4! Conforme podemos ver neste texto de Ezequiel, Deus irá sempre tratar com firmeza aqueles que não viverem à altura dos compromissos assumidos como pastores e servos a serviço do povo de Deus.

Ezequiel, falando em nome do Deus-Pastor de Israel, confronta os pastores dos seus dias de várias maneiras.

1. Em primeiro lugar por que existem pastores? A resposta nos vem através de uma pergunta feita pelo profeta: Não apascentarão os pastores as ovelhas? Pastores existem, primariamente, para apascentar as ovelhas. Para cuidar das ovelhas. E devem executar estas funções sem condenar e sem brutalizar as ovelhas. Usando uma linguagem bastante direta, o profeta acusa os pastores de estarem cuidando de si mesmos em vez de estarem cuidando das ovelhas: "Ai dos pastores que se apascentam a si mesmos!". Como se não fosse terrível o bastante ignorarem as necessidades das ovelhas por estarem por demais ocupados consigo mesmos, estes pastores ainda tratavam as ovelhas com extrema brutalidade, pois o profeta diz: "Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas" e "dominais sobre elas com rigor e dureza". O interesse daqueles pastores estava muito mais nos benefícios materiais que poderiam receber das ovelhas - carne, gordura, lã - do que nos benefícios espirituais que poderiam e deveriam repartir no cuidado do rebanho. Para Ezequiel, o interesse daqueles pastores não estava centrado no chamado de Deus e no pastoreio e sim no poder e no controle que exerciam sobre as ovelhas.

2. Em segundo lugar existe a triste constatação de que os pastores estavam negligenciando por completo suas responsabilidades, mesmo as mais básicas. O profeta diz: "A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes". Mas que situação tão terrível! Por que estes homens agiam assim desta maneira? Além da absoluta falta de interesse verdadeiro pelas ovelhas, eles agiam desta maneira em parte por ignorância e em parte por preguiça. O despreparo dos pastores é notório e a preguiça de muitos deles também. Deixa o rebanho pra lá, dizem. O rebanho só me interessa pelo que posso conseguir dele, o resto é realmente irrelevante. Pensam e agem assim porque sabem que o povo os tem em alta estima e ninguém vai realmente querer peitar o "ungido do Senhor".

3. O resultado direto deste descaso e ignorância não demora a ser sentido. Ovelhas sem cuidados pastorais e maltratadas tendem a se espalhar, por não haver pastor, e acabam por tornar-se pasto para todas as feras do campo. Este é o triste fim de todas as situações de abuso espiritual que encontramos, mesmo nos dias de hoje: ovelhas dispersas, abandonadas e sendo devoradas por todos os tipos de "feras". O profeta constata, em nome do Deus-Pastor de Israel, esta triste realidade ao dizer: "As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro". Ovelhas abusadas só conseguem resistir até certo ponto. Algumas chegam mesmo a morrer dentro do próprio redil - a comunidade local que chamamos de igreja. Outras, não agüentando mais os abusos, preferem abandonar o redil. E os pastores demonstram algum tipo de preocupação? As palavras de Ezequiel estão repletas de desconsolo neste quesito: "as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque". A triste conclusão a que chegamos ao analisar este texto é a mesma de muitos irmãos que têm nos procurado para nos dizer: melhor ficar sem pastor, do que sob os cuidados, ou melhor, a falta de cuidados, deste tipo de pastores.

Não podemos ignorar que os pastores abusadores, não desistem de seus atos de abuso, mesmo quando as ovelhas saem dos seus redis. Estes abusadores perseguem as ovelhas, visando trazê-las de volta à situação terrível da qual haviam escapado. Quando encontram resistência por parte da ovelha que saiu, a atitude dos abusadores é, como o leitor já sabe, mais abuso. Falsas acusações de insubordinação, de insubmissão e falta de consagração a Deus são apenas o começo. Visando intimidar a "ovelha desgarrada", pastores abusadores partem para os mais baixos tipos de manipulação que incluem: dizer que a "ovelha desgarrada" nunca foi verdadeiramente crente, ou pior, dizer que a "ovelha desgarrada" vai direto para o inferno. Depois, com a cara lavada, estes abusadores sentem-se livres para afirmar que suas igrejas são igrejas que "cuidam realmente" das pessoas e ninguém poderá dizer que não tentaram trazer a ovelha desgarrada de volta.

Mas é interessante notar, que nestes encontros, que visam à reconciliação, não existe, por parte dos abusadores, nem uma palavra de admissão de erros cometidos. Como são os "ungidos do Senhor" estão muito acima até mesmo da possibilidade de cometerem o menor pecado. Afinal eles ensinam, que pastores, não cometem erros nem pecados e não precisam nunca pedir perdão. E quando apertados, costumam sacar, sem a menor cerimônia, seu texto favorito que diz: Não toqueis nos meus ungidos! São realmente patéticos nestas horas.

A verdade que muitas vezes resistimos em reconhecer, e pessoas abusadas sentem esta dificuldade de uma maneira muito mais aguda, é que existem muitos homens, mas muitos mesmos, que se intitulam pastores, são até mesmo ordenados, mas que na realidade não são pastores de verdade. Não possuem chamado, não se submetem ao Senhorio de Jesus e não se dispõe ser aquilo que devem ser: servos, a serviço do povo de Deus. Muitos hoje estão no ministério apenas por interesses financeiros e comerciais. Como "ser pastor" se tornou em apenas mais uma profissão, o pastor-abusador fará de tudo que estiver ao seu alcance para não perder sua "boquinha".

B. O Senhor Jesus e os Falsos Pastores

Nos dias em que andou por este mundo, o Senhor Jesus foi um ferrenho adversário dos falsos pastores. Jesus se opôs abertamente contra todos aqueles que, chamando-se pastores, se ocupam realmente somente consigo mesmos e abandonam o rebanho completamente. A situação do povo de Israel nos dias de Jesus não era nem um pouco diferente daquela que encontramos nos dias do profeta Ezequiel. O evangelista Mateus nos diz que: "Vendo ele - Jesus - as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor - Mateus 9:36".

O encontro frontal entre Jesus e os falsos pastores de Israel dos seus dias, será discutido na parte 3 desta série.

II. "Não Toqueis nos Meus Ungidos"

Conforme mencionamos anteriormente, pastores abusadores gostam de pensar acerca de si mesmos, como sendo super-crentes. Gostam de pensar acerca de si mesmos como pertencendo a uma casta realmente separada e distinta de todos os outros irmãos. Dentro desta visão costumam, por um lado, torcer textos bíblicos para beneficiá-los e por outro lado inventam uma série de normas que são colocadas em prática tão logo são questionados ou se sentem ameaçados. É importante que deixemos bem claro que na grande maioria das vezes, este sentimento de que estão sendo ameaçados, é completamente irracional. Vamos primeiro ver os textos favoritos dos pastores abusadores quando o assunto é a auto-defesa deles, e em seguida, veremos algumas das normas mais comuns implementadas em suas defesas. Não podemos nunca nos esquecer que todos os recursos utilizados pelos pastores abusadores visam não deixar nenhuma dúvida na cabeça de nenhuma pessoa acerca de quem realmente manda!

A. Os Textos Bíblicos Favoritos dos Pastores Abusadores

Os pastores abusadores gostam de se ver como pertencentes a uma classe toda especial de pessoas. Uma das maneiras favoritas de se descreverem é atribuir a si mesmos o pomposo título de "ungido do Senhor". Com isto querem dizer que são objetos de uma unção toda especial da parte de Deus. Esta "unção" possui verdadeiro poder mágico de transformá-los em super-crentes. Como tais, estão imunes de cometer os mesmos erros que todos nós estamos sujeitos a cometer. Como não cometem erros, não têm nada acerca do que devem pedir perdão. Como não cometem erros nem pecados, são também inatacáveis e não podem sofrer nenhum tipo de crítica ou censura. Qualquer pessoa que ouse criticá-los ou condená-los por práticas abusivas será severamente tratada.

Mas vamos considerar, por breves instantes, o mito de que a expressão "não toqueis nos meus ungidos" diz respeito aos pastores abusadores. Mitos nada mais são do que palavras que assumiram um significado diferente daquele que lhe foi atribuído pelo autor original. O mesmo é verdade com o mito criado em torno da expressão "não toqueis nos meus ungidos", como podemos perceber pela evidência a seguir.

1. A expressão "ungido do Senhor" é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Seis destas oito menções fazem referência ao rei Saul. Uma faz referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor como aguardado pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi, deixam bem claro que os ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros, nem a críticas. Leva-nos a entender que é bem contrario ao que diz certos pastores: Não gosto que me apertem, tenham paciencia comigo, devagar vamos chegar lá, enquanto isso a igreja perde em todos os ambitos. Espiritual, material e finaceiro.

2. A expressão "teu ungido" é também bíblica e ocorre seis vezes no texto hebraico do Antigo Testamento. Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e todas as outras ao Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a referência ao rei Davi é um claro indicativo que o "ungido do Senhor" era alguém passível de cometer erros, de sofrer críticas e, no caso específico de Davi, de sofrer graves conseqüências por pecados cometidos.

3. A expressão "meu ungido", da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas vezes no texto hebraico do antigo testamento. As duas referências dizem respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel.

4. Por sua vez, a expressão "seu ungido", ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento. Estas onze referências estão assim distribuídas:

" 5 vezes fazem referência ao Ungido como o esperado Messias de Israel.
" 3 vezes fazem menção a Saul.
" 1 vez diz respeito à Eliabe, irmão de Davi.
" 2 vezes a citação é referente ao rei Davi.
" 1 vez ao imperador dos Medos, Ciro.

Desta maneira fica fácil notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor Jesus, os textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de nós. A unção para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi, não era nenhuma garantia de que aqueles homens estavam imunes do poder do pecado, ou que não poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos da disciplina de Deus.

Fonte
SBB - Biblia de Estudo Almeida
CPAD - Biblia de Estudo Pentecostal
CPAD - Comentário do Livro de Ezequial

O QUE É, OU NÃO É A IGREJA!

O vocabulo "Igreja" vem da palavra grega "Ekklesia" , que significa "chamado para fora", ek e "klesis", chamado. Entre os gregos, o termo designava um grupo de pessoasdotadas do privilégio e cidadania incumbidos de certas funções públicas administrativas importantes, convocado, ou chamado para fora, dentre a massa comum do povo.
A igreja é a representante de Deus na terra; é o corpo de Cristo e o meio através do ele se expressa ao mundo. É o único órgão de redenção que Deus tem no mundo.
A igreja é um organismo divino (o corpo de Cristo) em meio a ambiente estranho.
A Igreja não é um edificio material - hierosulos;
A Igreja não é uma denominação;
A Igreja é o fundamento de Cristo Mt.16.18;
A Igreja não é um emprendimento nacionalista ;
A igreja é o povo de Deus dentro da raça humana Gl . 3.28;
A Igreja não é a continuação do Judaismo Mt. 9.16;
A Igreja é o vinho da nova aliança em novos odres
A Igreja não é o reino de Deus. "O reino de Deus é mais amplo que a igreja e envolvem o universo, as hostes angelicais bem como os santos do Antigo Testamento";
A Igreja não é um plano parentético de Deus ;
A Igreja é o fruto da vontade de Deus Ef.1.2-11;
A Igreja é o eterno proposito de Deus Rm. 8.26-30; proposito de Deus se define assim :
Definido em vista Ef.3.11- Segundo o eterno proposito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor;
A Igreja é o mistério de Deus Dt. 29.29;
A Igreja é a Nação Santa 1 Pd. 2.9;
As etnias na raça humana, Judeus, gentios, e a igreja de Deus;
A Igreja é uma fraternidade (Koynonia).

Fonte
IBADEP - Instituto Biblico da Igrejas Evangelicas das Assembléias de Deus do Estado do Paraná

terça-feira, 3 de junho de 2008

UM POSSIVEL DIAGNOSTICO DA IGREJA DE HOJE


1 A ENFERMIDADE PROVOCADA PELA SUPERESTRUTURA

Vivemos no seculo da impessoalidade. Não somos ninguem. Não passamos de meros objetos ou força de trabalho. A superestrutura provoca situaçoes mais constragedoras e deprimentes. Pessoas são tratadas com friezas e como simples objetos.
Certa vez fui visitar um colega pastor a quem não via há muitos anos. Assim que toquei a campanhia que quase não alcancei, um cachorro pastor alemão começou a latir e uma irmazinha lá no fundo do corredor, abriu a porta e gritou: "Quem é voce? Quem é o irmão?"
Dizia o meu nome mas a irmã não entendia. Finalmente ela resolveu chegar onde eu estava. depois de breve dialogo, deixou-me entrar. Nesta altura, eu estava com medo do cão e com duvidas se deveria entrar pelo o corredor ou não . A irmã prendeu o cachorro, eu passei rapidamente e cheguei até a sala de espera. Fiquei ouvindo uma "musiquinha" que saia de algum alto falante misterioso, até que uma jovem secretaria saiu de outra salae dsse-me:
_O nome do irmão?
_Naamã
_De onde é o Irmão?
_De Maringá.
_Maringá bem... o senhor quer com...
_O pastor
_Muito bem. Quero avisar que ele está muito ocupado, mas vou anuncia-lo.
_Obrigado.
Depois de 30 minutos ela voltou, e, finalmente o colega me recebeu. Dei-lhe um forte abraço de 30 segundos e fui embora, morrendo de medo do "pastor alemão".
Imagino que muitos irmãos vivem situaçoes semelhantes a estas. São contadas tão somente como numeros no envelope do dizimo.
Infelizmente nestas superestrturas, grandes comunidades, superigrejas, o "outro" é tratado como numero, objeto,comoestranho, e raramente como pessoa.

Extraido do Livro Igreja: Lugar de vida pg 14

sábado, 31 de maio de 2008

OS DEVERES DOS PASTORES

DOUTRINAS BÁSICAS IEAD (IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS)



OS PASTORES E SEUS DEVERES

At 20.28: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

PROPAGANDO A FÉ. (1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9). (2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (20.26; ver nota). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

GUARDANDO A FÉ. Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 nota; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene

obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1) A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (20.30).

(2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (20.26; Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (2Tm 1.14; Ap 2.2).

(3) É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

(4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (20.28-31; Gl 1.6; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).

(5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (12.5).

Dc José Rinaldo de Santana
Fonte: www.cgadb.con.br

quarta-feira, 21 de maio de 2008

MINHA ESPERANÇA NA AMERICA LATINA

Nos últimos cinco anos, o projeto Minha Esperança tem sido abençoado com uma abundante colheita. Milhões de pessoas em grande parte da América Latina tomaram a decisão de receber a Cristo Jesus como Senhor de suas vidas. Veja os números em cada país.
TOTAL DE DECISÕES
2002
Costa Rica................9.539
Honduras................86.405
Nicarágua................38.029
El Salvador..............63.078
2003
Panamá..................25.162
Paraguai.................30.667
Venezuela.............226.729
2004
Bolívia....................71.132
Colombia..............704.844
Equador..................85.622
2005
Peru.....................248.124
Chile......................67.173
Argentina..............321.360
Guatemala..............95.237
2006
México..................551.528
2007
Uruguai...................33.261
TOTAL:............2.663.362








Organizar e motivar a participação no Projeto Minha Esperança

Utilizar os meios de comunicação para divulgar o Projeto Minha Esperança.

Partilhar a visão do Projeto Minha Esperança.




Fonte: www.minhaesperanca.com.br

A IGREJA DE CRISTO

Mt 16.18: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus. A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).

(1) A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe .18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5; ver Hb 11.6 nota).

(2) A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2Co 6.16-18).

(3) A igreja é o templo de Deus e do Espírito Santo (1Co 3.16; 2Co 6.14-7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniqüidade e da imoralidade.

(4) A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A cabeça do corpo é Cristo (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).

(5) A igreja é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a Cristo, quanto o amor de Cristo à sua igreja e sua comunhão com ela.

(6) A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do Espírito Santo (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do Espírito (Ef 4.4) e o batismo com o Espírito (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).

(7) A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo Espírito Santo (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).

(8) A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado. O Espírito que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de Deus, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).

(9) A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção.

A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (Fp 1.17; Jd 3).

(10) A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de Cristo para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).

(11) A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em Cristo. (b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 22.11, 17, 26), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e “mornos” (Ap 3.16; Mt 13.24; At 12.5).


Dc. José Rinaldo de Santana

A IGREJA COLUNA E FIRMEZA DA FÉ

Das várias metáforas sobre a igreja como corpo, castiçal, família, esposa e edifício, esta última deve merecer nossa apreciação neste artigo. A figura de edifício (ou casa) é utilizada por Paulo em sua primeira epistola a Timoteo 3.15, que diz: “para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”.
A igreja é um edifício vivo em construção
A igreja de Cristo de nossos tempos pós-modernos está vivendo um tempo de mudanças, as quais, se não houver uma conscientização de valor da historia e dos seus fundamentos, poderão trazer graves conseqüências. A preocupação em preservar, resguardar e conservar os seus valores coloca a igreja atual na posição de vigilância e precaução.
Apesar de todos os ataques do inimigo, o cristianismo sempre soube, bem ou mal, reconhecer, enfrentar e combater seus inimigos. Sejam eles inimigos teológicos com suas heresias e desvios doutrinários; sejam eles os impérios com seus lideres anti-cristãos, ou mesmo demônios com seus ataques sutis e enganosos. A igreja de Cristo sempre soube, ao longo da historia, reagir e discernir esses inimigos de forma a preservar a vocação da igreja no mundo que vive.
Um bom professor de Escola Dominical amplia seu conhecimento sobre os assuntos tratados e, especialmente, em relação a igreja, o professor não pode prescindir da historia da igreja. Através da historia, os fundamentos de doutrina do Senhor Jesus Cristo e dos apóstolos foram estabelecidos e organizados para que a igreja não sofresse solução de continuidade. As doutrinas foram discutidas através dos grandes concílios; foram reparados e anulados os falsos conceitos para a igreja fosse fortalecida. Entretanto, dois milênios se passaram e a verdade do Evangelho tem superado as corrosões do tempo.
A preservação da Verdade, símbolo de toda a Palavra de Deus, vem sendo ameaçada pelos falsos movimentos espirituais, especialmente, os neo-pentecostais, que tentam construir outro fundamento que não o estabelecido na Palavra de Deus. São movimentos de falsa espiritualidade construídos por homens insensatos que constroem sobre a areia, isto é, movimentos enganosos, sem estrutura teológica e sem consistência bíblica alguma. Temos hoje a ameaça do liberalismo teológico que utilizam elementos sutis e especulativos da teologia para destruir a integridade da Verdade genuína ( a teologia pura). Esse mal tem que ser combatido com ardor e com inteligência, na unção do Espírito Santo.
Precisamos manter a igreja no seu papel original e desfazer o rótulo infeliz de pertencer e ser “um cristianismo genérico”. Uma das missões da igreja é a preservação da fé partilhada pelos verdadeiros cristãos e valorizar nossa herança pentecostal. A tradição ganha um sentido especial porque ela pode ser entendida como a herança da fé cristã que deve ser preservada.
UMA TRIPLICE VISÃO DA VERDADE QUE A IGREJA SUSTENTA
Temos, pelo menos, três modos de ver a missão proclamadora e preservadora da “Verdade do Evangelho”. Esses três modos são dimensionados sob três ângulos: o das Escrituras; o da história e o da cultura. No ângulo das Escrituras se identifica o modo como a igreja formula suas doutrinas, ou seja, se conhece aquilo que a igreja ministra aos seus membros pela ação do Espírito Santo ( Hb 10.15). Significa que a “verdade” que pregamos e ensinamos tem o testemunho do Espírito Santo. Procuramos desenvolver a verdade do Evangelho através do ensino e da aprendizagem. Lucas escreveu que os discípulos de Jesus “não deixaram de ensinar e proclamar que Jesus era o Cristo” ( At 5.42). Sob o ângulo da história sabemos que as “Escrituras” não meras especulações, mas a essência da historia do plano divino para a humanidade, especialmente, para a igreja de Cristo. A “Verdade” que a Bíblia apresenta tem a apologia histórica porque ela revela o que a Verdade representa na vida da igreja. A verdade que proclamamos, defendemos e amamos é a expressão da historia de Deus, dos seus atributos e do que Ele fez por nós através de Jesus Cristo, seu Filho Amado. Através dos séculos, os inimigos da Verdade Divina tem procurado modificar, adulterar, alterar a verdade, mas a historia garante a sua origem e genuidade. Sob o ângulo da cultura descobrimos que a “Verdade”insofismável da Palavra de Deus jamais mudará porque ela representa o plano divino de salvação para a humanidade. Existe uma multiplicidade de culturas na várias regiões do nosso planeta, com seus costumes e hábitos. Porém, a Verdade do Evangelho não encontra barreiras étnicas, culturais, lingüísticas e geográficas porque a Verdade do Evangelho tem um caráter universal adaptável à cultura de qualquer região do mundo sem precisar mudar a sua essência. Jesus, sendo de origem judaica, foi na verdade, um autentico cosmopolita, porque empregava o conhecimento da cultura local para comunicar-se com as pessoas ( Ex: Jo 4.1-30).
A IGREJA COMO COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE
O texto da Versão Corrigida diz “coluna e firmeza da verdade” ( 1 Tm 3.15). A melhor tradução para a palavra “firmeza” é “baluarte” conforme está no original grego “hedraiöma” que dá a idéia de sustento ou suporte de uma casa. Paulo usou as metáforas para falar de algo que sustentaria a Verdade. As metáforas de “casa, colunas e baluartes” são utilizadas pelo apostolo para ilustrar a igreja como uma casa ( ou edifício) . Quando usa “oikos” ( gr) que significa “casa”, sugere a idéia de família. A igreja local é como uma família em comunhão dentro de uma casa que precisa ser bem construída para não desmoronar ( 1 Tm 1.2,18; 2.13-15 etc). Esta casa ( “a igreja” ) tem seus fundamentos na “ doutrina dos apóstolos” e a “verdade do Evangelho” é a sua coluna e baluarte. Os termos coluna e baluarte indicam a função da igreja em relação à Verdade. O começo do texto de 1 Tm 3.15 diz “para que saibas como convém andar na casa de Deus” revela a natureza da igreja no sentido de que ela deve ter um comportamento conveniente em relação ao mundo pecador. Ela é a “igreja do Deus vivo” por isso, sua conduta deve ser reverente e apropriada. A igreja é, na sua essência, a demonstração da Verdade do Evangelho. Seu papel é o de sustentar, manter e defender a Verdade contra toda a oposição intelectual e filosófica dos “falsos mestres” e, Paulo, sabia da oposição do gnosticismo da época. Quando a igreja é identificada como “coluna e baluarte ( firmeza) da Verdade estava declarando que a igreja deve suportar e sustentar todo o peso da verdade revelada. A verdade foi confiada à igreja e toda heresia ( outra doutrina) deve ser refutada com rigor da igreja ( 1 Tm 6.3-5; 2 Tm 2.18; 3.8).
O que é a Verdade no contexto de 1 Tm 3.15? Paulo revela no contexto desse versículo que esta “verdade” se identifica com a expressão “mistério da piedade” ( v.16). Esta expressão representa todo o plano redentor de Deus guardado em sigilo ( mistério) desde os tempos antigos, mas só agora, em Cristo Jesus, foi revelado. A palavra piedade aparece no grego como eusebéia e o sentido do termo refere-se ao conteúdo de nossa fé. A base do nosso cristianismo está na revelação do “mistério da piedade”, que é o grande conteúdo doutrinário da revelação cristã. A igreja tem por objetivo representar, manter e defender a Verdade da “oposição” que se lhe opõe.
A VERDADE QUE A IGREJA SUSTENTA
A palavra “verdade” aparece no grego como aletheia a qual foi usada nas cartas e epistolas paulinas para caracterizar “a verdade” como o “próprio evangelho”. Em Gl 2.5, Paulo declara que o que está em conflito com os judaizantes dentro da igreja é a verdade do Evangelho. Segundo o o juízo que Paulo faz sobre esses grupos opositores dentro da igreja é a tentativa de transigir com o Evangelho significaria transigir com a verdade do Evangelho. Em Gl 5.7, “a verdade”é sinônimo do próprio Evangelho.
Três termos distintos e relacionados à “Verdade” como herança da fé Cristã” são: teologia, doutrina e ortodoxia.
O que é teologia neste contexto? A teologia é o processo de exame e reflexão que conduz à construção das doutrinas bíblicas. Teologia é o processo e não o produto. O produto é a doutrina. A teologia é a forma sistemática de didática de se conhecer e estudar as doutrinas.
O segundo termo é doutrina. Ora, doutrina significa simplesmente “ensino” ou “instruçao” e refere-se as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em forma sistemática. Doutrina se organiza e se desenvolve a partir de convicções , ou seja, aquelas convicções examinadas, ponderadas e afirmadas como verdadeiramente aceitáveis numa igreja. Algumas doutrinas foram estabelecidas como bíblicas a partir dos concílios da igreja nos primeiros séculos da era cristã.
a ortodoxia? Refere-se a aquilo que é fiel ou aquilo que está conforme com algum principio. A “verdade” que a igreja sustenta tem sua legitimidade na ortodoxia bíblica. A igreja não torce a verdade, por isso, é ortodoxa quanto às doutrinas estabelecidas.


Pr. Elienai Cabral

terça-feira, 13 de maio de 2008

OS PAIS DA IGREJA

O VALOR DE CONHECER A IMPORTANCIA DA TEOLOGIA PATRÍCISTICA

Houve tempo em que as obras dos Pais da Igre¬ja só eram acessíveis aos que dominavam o grego e o latim. Os demais teólogos, ainda que bem preparados academicamente, viam-se na contingência de se conformar com os excertos garimpados nos in¬térpretes da patologia. Aliás, tam¬bém não eram muitos os clássicos brasileiros versados nas duas prin¬cipais línguas da civilização ociden¬tal. Machado de Assis, por exemplo, chegou a aventurar-se pelo univer¬so de Homero. Não sabemos porém se, nesta empreitada, logrou algum êxito. Em sua época, nossos escrito¬res valorizavam mais o francês do que o latim e o grego.
Semelhante dificuldade era en-rrentada pêlos portugueses. Se por um lado, Latino Coelho trabalhava com singular mestria as línguas clás¬sicas; por ou to, grande parte de seus coevos, apesar de serem mestres no vernáculo de Camões, mui pouco sabiam das línguas de Péricles e de Vergüio. O professor Mário A. San¬tiago de Carvalho, da Universidade de Coimbra, reconhecia a limitação de seus compatriotas: "Ainda está por fazer a história e o exame dos estudos sobre a Patrística em Portu¬gal, particularmente no âmbito alheio ao Universitário e/ou no am¬biente romântico".
Todavia, não podemos esque¬cer-nos da contribuição de Olivei-
ra Martins ao estudo da patrística. O mais ilustre dos historiadores portugueses, fascinado pêlos Pais da Igreja, empreendeu uma exaus¬tiva pesquisa sobre os primeiros teólogos do cristianismo. Em 1878, publica ele O Helenismo e a Civili¬zação Cristã. Nesta obra, observa Martins que os problemas que fus¬tigavam os pais da Igreja eram os mesmos que se abatiam sobre o cristianismo de seu tempo.
Hoje, além das Sagradas Escrituras, também contamos com o auxílio de uma patrística exaus¬tivamente pesquisada; traduzida com esmero, acha-se ao alcance de todos os que se interessam por uma literatura lidimamente cris¬tã. Embora transcorridos todos esses séculos, seus autores ainda são admirados pela eloquência, coragem e audácia em sua apolo¬gia das verdades absolutas e eter¬nas do cristianismo. Antes de mais nada, conscientizemo-nos: a patrística não é um monopólio da Igreja Católica; é um património de toda a cristandade.
PATRÍSTICA, UM PATRIMÓNIO DE TODA A CRISTANDADE
António Vieira, o maior repre¬sentante da oratória sacra da língua portuguesa, costumava ilustrar os seus sermões com extratos e histó¬rias dos Pais da Igreja. Profundo conhecedor da literatura clássica,
transitava desenvoltamente pelo universo greco-latino. Quem não se encanta com o Sermão da Sexagési¬ma? Acredito que Vieira não se des¬taca apenas no universo lusófono. Ao lado de Bossuet e Crisóstomo, pontifica-se entre os maiores púlpi¬tos da cristandade.
Bernardes, sempre polido e terso, também refez o caminho dos pais eclesiásticos, ornando, de um modo singelamente belo, sua Nova Floresta. Nas histórias que conta e nas máximas que cita, mostra sua vasta cultura clássica. E como sói acontecer com um erudito de sua envergadura, traz os Pais da Igre¬ja às suas páginas num estilo que, até hoje, serve de modelo aos es¬critores brasileiros e portugueses.
Hoje, ambos os autores consti¬tuem-se em leitura obrigatória daqueles que almejam aprender, de fato, a língua lusíada.
Depois de Vieira e Bernardes, quase nenhum teólogo, quer em Portugal, quer no Brasil, pôs-se a cultivar os Pais da Igreja como eles realmente merecem. Conforme já ressaltamos, tinha-se a impressão, até bem recentemente, de que a patrística era monopólio católico. Todavia, com o aprofundamento dos estudos teológicos pêlos evan¬gélicos, viemos a redescobrir os primeiros doutores da igreja como uma dádiva a toda a cristandade. Haja vista que, tanto Lutero quanto Calvino, eram íntimos daque¬les homens que, num momento particularmente difícil do povo de Deus, saíram em defesa do autên¬tico cristianismo.
O QUE É A PATRÍSTICA?
O que é a patrística? Se o teólo¬go, por conseguinte, se propuser a conhecer, sincrônica e diacroni-camente, uma doutrina das Sagra¬das Escrituras, terá de recorrer, ne¬cessariamente, à patrística.
Patrística - Oriundo do latim eclesiástico, o termo patrística de¬signa a disciplina que tem por ob-jeto a doutrina formulada pêlos mestres da Igreja Cristã nos primei¬ros oito séculos de nossa era. Eram aqueles teólogos conhecidos como Pais da Igreja não apenas pelo res¬peitável saber da Palavra de Deus, mas principalmente pelo seráfico zelo demonstrado pelo rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Alguns deles, aliás, vieram a selar a fé com o próprio sangue. A patrística é conhecida, também, como patrologia. Se o primeiro vocábulo considera apenas a doutrina, o se¬gundo reconsidera tanto esta como a vida dos Pais da Igreja.
Ministério dos Pais da Igreja - Três foram os principais ministérios exercidos pêlos pais eclesiásticos: apologético, polémico e dogmático.
Em primeiro lugar, saíram eles em defesa dos cristãos que, aos milhares, eram martirizados por sua fé. Ousada e corajosamente, enviaram diversos documentos às autoridades romanas, provando serem os discípulos de Cristo bons cidadãos e cumpridores de seus
deveres; não se justificava, portanto, a perseguição que contra estes era movida. Entre os apologistas, destaca-se Tertuliano (155-220). Em sua Apologia, apresenta uma brilhante defesa dos cristãos ante as autoridades imperiais de Roma.
Logo em seguida, expuseram-se eles a resguardar a santíssima fé contra aqueles que, saídos da Igreja cristã, buscavam persegui-la com suas doutrinas alienígenas e exóticas. Algumas dessas celeumas levaram os líderes a reunirem-se em concílio, preservando a pureza da teologia cristã. Entre os que mais se destacaram na área da polémica, acha-se Atanásio (295-373), conhecido como o pai da ortodoxia bíblica.
Finalmente, os Pais da Igreja puseram-se a compendiar as verdades cristãs em sistemas, objetivando fortalecer cada ponto doutrinário. Conhecido como período dogmático, ou científico, mostrou-se este mui importante ao desenvolvimento de nossa teologia; foi exatamente nessa quadra da história da Igreja que surgiram as primeiras teologias sistemáticas.
A designação dos Pais da Igreja - Hoje, os Pais da Igreja são considerados, com justa razão, os maiores teólogos do cristianismo. Em seu tempo, porém, o título era reservado, exclusivamente, aos profetas hebreus e apóstolos de Nosso Senhor. Somente mereciam receber a vénia de teólogos os que se punham a salvaguardar a sã doutrina como Atanásio, Basílio e Gregório Nazianzeno.
Fonte
CPAD - Revista Manual do Obreiro n° 39 - Pr. Claudionor de Andrade

RESGATANDO A UNIDADE DA IGREJA DE CRISTO

O QUE É IGREJA
É mais que uma associação é um organismo e como organismo, é uma comunidade de crentes unidos em Cristo pelo o Espírito Santo; dotada de dons e ministérios pelo o aperfeiçoamento dos santos Ef. 4.11-16, a igreja precede a igreja organização . - Segundo William
Gurnall a igreja não é nada mais do que Cristo manifestado". Isto significa que, como seus membros, haveremos de porfiar por uma vida santa e irrepreensível, afim de que os homens, ao ver a nossa conduta glorifiquem ao pai celeste. Sendo a igreja tão importante no âmbito do Reino de Deus, como lhe achar uma definição adequada?
- Definição etimológica da palavra igreja - A palavra igreja vem do hebraico qâhal ; e do Grego Ekklesia. Ambos os termos carregam os mesmos significados : reunião pública, ou Assembleia regularmente convocada cujo objetivo na Grécia Antiga, era congregar-se para deliberar sobre o ; bem comum. O termo só era utilizado quando os cidadãos encontravam-se formal e regitalmente reunidos. Caso contrario: inexistia a ekklesia. Semelhantemente ocorre no Novo Testamento. Afirmou o Senhor Jesus que, onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome, ali estará Ele; pois exatamente ali, encontra-se a sua igreja
- Definição Teológica. Igreja é o conjunto daqueles que , aceitando a Cristo pela fé são imediatamente agregados ao seu corpo espiritual, para testemunhar acerca do evangelho. "A igreja é portanto, a família espiritual de Deus, uma comunidade criada pelo o Espírito Santo, baseada na obra expiatória de Cristo"
Noutras palavras, "Ekklesia" , traduzida por "igreja" se deriva de Ekkaleo, verbo que significa "chamar a parte", por isto denota uma assembleia citada ou chamada a parte, um corpo escolhido e separado duma grande massa de gente, que se reúne como cidadãos do reino de Deus Ef. 2.19, com o propósito de adorar a Deus .
A grande verdade é que hoje quando vamos falar de comunhão, de união nas igrejas, nós nos deparamos com um grande problema . que a principio eu caracterizaria ao invés de Koinonia que significa comunhão,uma relação de intimidade entre uma pessoa e outra, indica companheirismo e identificaçãp pessoal, afinidade e solidariedade, podendo ser entendida como uma mescla de personalidades numa bendita unidade, como o trançar de fios para formar uma única corda; sugere uma intimidade exclusiva e fora do comum, como por exemplo o envolvimento de Abraão com Deus por causa de Sodoma e Gomorra Gn. 18.17,23-33 ou seja a visão que a palavra de Deus está querendo nos passar é sobre o crescimento da igreja e dos irmãos em comunhão. Mas o grande problema que enfrentamos é relativo a grande muralha de veteranos que é imposta diante dos calouros, ou principiantes da fé, existe uma grande dificuldade de um novo convertido ou alguém que está começando a se envolver na igreja de se encaixar no grupo, pois na verdade o próprio impõe estas barreiras, por isto chamo de Koinonite, existe um crescimento, existe uma comunhão porem muita restrita, fechada dentro dos clãs ou facções que pelo passar do tempo vai se criando dentro da igreja.
É como uma unha encravada, ela cresce, porem ela cresce para dentro. Por este motivo é que devemos nos despertar, pois temos feito muitas almas se perderem e até mesmo irem para o inferno por nossa causa. O papel da igreja é ganhar almas, porem ela tem perdido muito. É a partir daí que devemos pensar ... será que vocês já fizeram um analise de quantas almas foram ganhas este ano para Cristo? E já analisaram quantas se perderam?.
Em estudos feitos recentes em faculdades teológicas, a avaliação que se tem, é que um dos grandes motivos destas percas é a falta de comunhão, a falta de união no meio da igreja
Vejamos então: Cinco atitudes de uma pessoa que produz desunião
1- Ela sempre procura se fechar em seu grupinho chamado panelinha
2- Ela é uma pessoa egoísta deseja tudo para si nunca compartilha com os outros. Sede antes servos dos outros, pelo amor Gl. 5.13
3- Ela tem uma atitude de concorrência, sempre que chega alguém novo na igreja, ela quer se sobressair diante daquela pessoa, tem atitudes de desdém e ignora estas pessoas
4- Ela demonstra que só a igreja dela possui a salvação, outras pessoas de outras igrejas não são Misideradas nem sequer irmãos, Esta não é a igreja que Cristo Sonhou
5- Porque às vezes ela não vai com o jeito da outra pessoa porque diz que a pessoa é careta, é chata, diferente, é feia, é gorda, é antipática, é amuada, é tímida e muitos outros adjetivos para justificar ia atitude
O que o espírito de desunião causa nas igrejas
a) Quando os membros começam a criar grupos facções nas igrejas é onde se encontra o espírito de divisão, e é ai que o Espírito Santo se entristece causando esfriamento espiritual
b) Esfriamento do amor, as pessoas não se importam mas com quem chega ou está no meio, não se importa com os problemas, dificuldades e necessidades do outro . Amai-vos cordialmente uns aos outros Rm 12.10
c) As bênçãos de Deus são bloqueadas porque ele não opera na desunião
d) Muitas pessoas desistem da fé desanimando -se ou até se frustrando com a situação
Quais as consequências desta desunião
a) As faltas.de perdão - Suportem-vos uns aos outros Cl. 3.13 "O perdão de Deus é condicional" Mt. 6.12,14,15
b) A intolerância- Perdoai-vos mutuamente Cl. 3.13,
c) A arrogância, sentimento de superioridade- Sujeitai - vos uns aos outros Ef. 5.21 -
d) A falta de cordialidade e hospitalidade - Sedemutuamente hospitaleiros l Pd. 4.9 5- Difamação e fofocas - Não faleis mal uns dos outros Tg. 4. 4
Como restaurarmos o sentimento de união em nossas igrejas
a) Observando que a disseminação da desunião na igreja é pecado diante de Deus
b) Buscarmos compreender que o reino de Deus é para todos
c) Procurarmos integrar e abrir espaço para os novos convertidos e demais irmãos nas igrejas
d) Cumprir os dois mandamentos que Cristo nos deixou emMt. 22.37,38,39
-V- 37- E Jesus disse-lhe: Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
-V-38- Este é o primeiro mandamento.
-V-39- E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo "amar a Deus sem o próximo desagua em uma pureza religiosa insana, mas amar ao próximo e não amar a Deus é pura idolatria do homem por si mesmo".
- As bênçãos da união
1- O Testemunho para a sociedade e o mundo
2- Levarmos as cargas uns dos outros
3- Faz-nos sentir apoiados e valorizados
5- A Comunhão se dá pela graça
a) É graça de Deus uma comunidade poder reunir-se nesse mundo, de maneira visível, em tomo da palavra de Deus e dos sacramentos í
b) Para o crente, a presença física de outros cristãos se lhe constitui em fonte de alegria e fortalecimento incomparáveis g. CJG - è /4
c) Não é vergonhoso quando o crente é assaltado de saudade da companhia de outros cristãos, como se isso fosse sinal de viver ainda pó demais na carne
6- A Comunhão se dá através da palavra de Cristo que nos vem pêlos irmãos
à) O crente vive inteiramente da verdade da palavra de Deus em Jesus Cristo Jo. 17. 'Essa palavra, porem, Deus a pôs na boca de homens, para que circule entre os homens ; por essa razão o cristão precisa do cristão que lhe diga a palavra de Deus, precisa dele sempre quando a incerteza e o desanimo o assediam". Ai se realça a importância do principio da hermenêutica que diz que a bíblia deve ser lida, entendida e vivida na comunidade da fé. Uma leitura isolada, nunca é completa. As verdades vêm quando nos edificamos uns aos outros. E como essas verdades são / importantes de serem ditas repetidas quando a incerteza e o desanimo atingem alguns.
7- A Comunhão se dá através da mediação em Jesus Cristo
a) O cristão pode chegar a outro cristão somente por meio de Jesus Cristo
b) Sem Cristo reina inimizade entre Deus e os homens e entre homens e homens
c) Sem Cristo não conheceríamos a Deus, não poderíamos invocá-lo nem vir a ele. Sem cristo também não conheceríamos o irmão nem poderíamos ir ter com ele .
d) Que sem Cristo não conheceríamos a Deus é algo que faz parte do senso comum do Cristão mas sem Cristo também não conhecemos o irmão é algo que nos pode soar pouco familiar. Essa ênfase radical na necessária mediação de Jesus Cristo
e) Esta comunhão deve ser uma demonstração visível de mutuo amor e cuidado entre os irmãos Jo.
13.34,35
8- A Comunhão não é um ideal, mas uma realidade
a) A fraternidade crista está ameaçada, quase sempre logo desde o inicio, pelo perigo envenenamento mais intimo, confundir fraternidade cristã com um ideal de comunhão piedosa
b) Fraternidade cristã não é um ideal que nós devêssemos realizar. Ela é uma realidade criada por Deus em Cristo, nós podemos ter parte dela t.
9- A igreja é como uma família Ef. 2.19,2/0
Esse símbolo é realmente maravilhoso e traz para nós um ensino importante, que revela o que Deus preparou para os crentes através da igreja .
Assim como todos os membros de uma família normal gozam de amor e comunhão em seu lar, do mesmo modo todo membro da igreja deve sentir-se ligado aos outros membros pelo o arnor de Deus Cf. Uo. 1.7; 3.14,16,17. ninguém deve viver só para si, mas também para os outros 2Co. 5.15, sendo portador de amor fraternal Hb. 13.1 2Pd. 1.7 tendo cuidado uns dos outros l Co. 12.25, chorando com os que choram e alegrando-se com os que se alegram l Co. 12.26. assim como todos os filhos de uma família recebem a educação e a devida orientação no lar, também a igreja é o lar espiritual onde os membros, indispensavelmente, recebem os cuidados e alimentação espiritual e a orientação pela qual poderão amadurecer espiritualmente e crescer mais e mais, deixando o estado espiritual de meninos Ef. 4.14,15, ICo. 13.11 IPd. 2. l,2 e tornando-se pai na fé ICo. 4.15 Acredito que esta mensagem foi oportuna para o nosso tempo e vejo que Deus está esperando de nós tomarmos esta atitude de união e comunhão no meio de nossas igrejas, para que o reino de Deus seja engrandecido e o seu nome glorificado. Aleluia
10 - A igreja é lugar onde a morte se transforma em vida
Apesar de muita gente achar que a igreja começou após o derramamento do espírito Santo At. 2, podemos afirmar que a igreja de Cristo já existia antes desse tempo, enquanto projeto. O texto de João 12.1-11 mostra que Jesus deixou modelos e atitudes nos quais a igreja deveria se pautar para viver, e ensinou qual devem ser os elementos comuns na vida e nas reuniões de uma igreja. Ele próprio é a razão essencial para que a igreja exista; Lázaro é o exemplo da vida que vence a morte; Judas do pecador que deve ser amado; Marta é o exemplo dos que servem; Maria, dos que amam a Deus de forma apaixonada. Aqui encontramos personagens com as características, reações, e atitudes | muito semelhantes as existentes nas reuniões na igreja de hoje.
Nós estávamos mortos, como afirma Paulo, em Colossences 2.13 Mortos pelas as vossas j transgressões, Mas Jesus Cristo transformou nossa morte em vida. Éramos solitários, angustiados, J tristes, arrasados, mortos ambulantes, mas Jesus Cristo nos vivificou . Devolveu-nos a vida!
A vida de cristo em nós provoca um resultado surpreendente, inteiramente diferente de qualquer outra associação de Pessoas. A igreja tem características próprias que determinam se ela é a igreja de Cristo, povo de Deus. corpo de Cristo, sinal visível do reino de Deus na terra .
11 -A igreja é lugar de amor
Além do vocábulo referente ao amor notadamente de Deus, o novo testamento menciona outros tipos amor. É muito instrutivo mencioná-los e comportá-los. Encontramos no grego quatro palavras que tem o significado amor são as seguintes: Ágape, Phileo, Storge e Eros
a) O amor chamado ágape.
E o tipo de amor mais sublime, e o mais encontrado na Bíblia. Este amor sempre se refere ao relacionamento de Deus e o homem Jo. 3.16 Revela o coração e o propósito de Deus para co a humanidade
1) O amor de Deus é suficientemente imenso para abranger todos os homens "mundo"
2) Deus deu seu filho como oferenda na cruz por nossos pecados. A expiação procede do coração de Deus . E também do homem para com Deus Mt. 22.37, É o amor capaz de amar o próprio inimigo Mt. 5.44, Rm. 12.20, Farás com que lhe arda a cara de vergonha
b) O amor chamado Phileo
E o amor fraternal. Altruísta, comunitário, interessado no bem estar dos outros, contrario ao egoísmo. Tem o significado de "terno,afeto de coração" "afetividade" "gostar de verdade". Há muitas menções dele no novo testamento. Desse termo vem palavras nossas como filantropia (Amor ao próximo); filosofia (apreço ao conhecimento)
c) O amor chamado storge
E o amor mais relacionado à família Rm. 12.10- Amai- vos cordialmente uns aos outros com amor
fraternais, preferindo-vos em honra uns aos outros Fp. 2.3 Cf. Cap. 4.2 Parecia haver litígio entre
elas
d) O amor chamado Eros
(Origem dos termos erogeno, erotismo, eromania). Não é mencionado na bíblia, a não ser seus exemplos. E o amor tipo paixão, erótico, sensual, sexual. Hoje o erotismo vem avassalando a mente de muitas pessoas no mundo. A industria pornográfica obtém, através do cinema, do vídeo e da mídia em geral, lucro fabuloso à custa da exploração do sexo. Até mesmo muitos cristãos perderam sua fé e santidade, sendo agora escravos do pecado, por se deixarem avassalar pelo deus Eros
Sempre que leio o texto de João 13.1-7, vem-me à mente as reuniões das diretorias e conselhos das igrejas. As similaridades são grandes.
Naquela reunião também havia um ambiente de tensão. As ideias eram conflitantes e, de certa forma, até desrespeitosas, como na maioria das reuniões em boa parte das igrejas. Os discípulos discutiam abertamente quem seria o maior entre eles Lc. 22.24-27, Judas já estava determinado a trair Jesus Jo. 13.2 Pedro não aceitava que Jesus lavasse os seus pés v. 6. Os discípulos não acreditavam na possibilidade de Jesus vencer a morte. Estavam tensos, extremamente preocupados consigo mesmos. O ambiente era, de certa forma, fúnebre e triste.
“As reuniões das lideranças em boa parte das igrejas, hoje vivem um clima parecido com o da reunião de Jesus com os seus discípulos . Os lideres ficam tensos nas reuniões por se encontrarem pouco, e quase sempre para tratarem de questões administrativas. Por isso se apresentam conflitados uns com os outros: às vezes, com o coração cheio de ódio e amargura. Essas lideranças atuais parecem não acreditar na igreja como resultado da ação sobrenatural de Deus, assim como os discípulos não acreditavam que Jesus ressuscitaria Mt. 17.22,23 Agem crendo que a igreja está falida, sem futuro, deixam se influenciar pelo o egoísmo.
Se como lideres agíssemos como verdadeiros responsáveis pela implantação da igreja aqui na terra, como fez Jesus em sua ultima reunião, certamente teríamos igrejas diferentes das que temos hoje. Uma igreja, para ter saúde e vida precisa de lideres que não se deixam influenciar pela personalidade negativa de seus liderados; que sejam capazes de objetivar o amor, servindo, aliviando amigos, orgulhosos e tímidos.
12- A igreja é lugar de perdão
No ensino de Jesus, temos alguns princípios para perdoar de coração aos que nos ofendem, como Deus perdoou e continua a nos perdoar. Antes , sede uns para os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo Ef 4.32
a) Quando alguém ofende o seu próximo, peca contra ele. Se for pessoa sensível de boa fë e temente a Deus, logo se arrepende e pede perdão ao ofendido
b) Caso o ofensor não tome essa iniciativa, o ofendido confiando na palavra de Deus deve tomar a iniciativa de perdoar o ofensor
c) Conforme a oração do Pai Nosso em Mateus 6.14,15, o cristão pode ficar sem o perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao próximo
13- A igreja é lugar de integridade
integridade vem do verbo integrar, que significa tornar unido para formar um todo ou completo ou perfeito. As escrituras nos ensinam que o espírito, a mente e o corpo todos vem da mão de Deus e portanto, devem estar unidos, funcionando juntos, como um todo. Os nossos atos devem ser coerentes com os nossos pensamentos. Precisamos ser a mesma pessoa, pública e privadamente. Apenas a visão do mundo cristã pode nos dar base para este tipo de integridade "que fazer irmãos? ... um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação" l Co. 14.26. Quem não gosta de participar de um culto em que a presença de Deus é evidente? Quem não aprecia uma reunião na qual o povo aguarda com expectativa o que virá a seguir? "Quando há integridade na igreja podemos sentir o fluir de Deus na igreja"
14- A igreja é lugar de Adoração
A igreja é conhecida como uma comunidade adoradora, "povo de Deus", a igreja leva
consigo associações da sua redenção e do seu destino. Ela foi chamada por Deus para ser
propriedade e herdeira exclusivamente dele.
a) A Natureza da Adoração na igreja l
Disse William Temple "Adoração é o submetimento de todo nosso ser a Deus", consisti em |
tomar consciência de sua santidade; é o sustento da mente com sua verdade ; é a purificação da
imaginação por sua beleza; é o apego do coração ao seu amor; é a rendição da vontade aos seus
propósitos. E tudo isto se traduz em louvor, a mais intima emoção, o melhor remédio para o egoísmo
que é o pecado original.
Dentre tantas vantagens da adoração, como parte do culto da igreja de Deus, destacam-se as seguintes :
a- A Adoração cria uma atmosfera de redenção b- A Adoração destaca o valor do indivíduo e sua responsabilidade c- A Adoração dá perspectiva à vida d- A Adoração dá ocasião ao companheirismo fraternal e- A Adoração educa
f- A Adoração enriquece a personalidade e fortalece o caráter g- A Adoração dá energia para o serviço cristão h- A Adoração sustem a esperança de paz no mundo
i- "Eis a razão pela a qual Jesus disse: Deus é espírito, e importa que os que o adoram adorem em espírito e em verdade Jo. 4.24'".
15 - A igreja é lugar de se viver como corpo
O viver como corpo de Cristo está diretamente relacionado à dimensão horizontal da vida Cristã, que é tão importante quanto o nosso relacionamento com Deus.
Paulo, foi privilegiado por Deus quanto à sua visão da igreja como corpo de Cristo, l Co. 12.14-16- O primeiro principio está nos primeiros versículos deste texto. Refere-se aqueles que se negam a particpar da vida da igreja , como foi o caso de Ananias . E as razoes desta negação são múltiplas :
a) A supervâlorização do que realmente são. Tais pessoas consideram-se tão importantes que pensam que a igreja não merece privilegio de sua participação. Olham a igreja de forma impiedosa; geralmente são perfeccionistas, detalhistas, ~e tornam-se ácidas para com os irmãos e para com a comunidade
Ex. l Sm. 2.12-17- os filhos eram homens maus obreiros degenerados na casa de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter ganhos ilícitos e praticarem imoralidade, Fp. 3.17,18 ; Os inimigos da cruz de Cristo que Paulo aqui se refere era os crentes professos que estavam corrompendo o evangelho de Cristo com suas vidas imorais e falsos ensinos
b) O Excesso de timidez. Outros são envolvidos por uma timidez excessiva e, por isso, deixam de participar na vida da igreja. Talvez pelo temor de exporem seus defeitos, doenças, angustias e pecados pessoais ficam quietos, retraídos como ostras e tornam-se meros frequentadores de igreja
c) A carência de um ministério . Muitos não servem à igreja porque não exercem o ministério ou ocupam o cargo a que aspiram. Sonham alto demais e se frustram. Há gente que raciocina pequeno e diz se não sei fazer como fulano, se não posso ocupar tal cargo ou função, não farei nada
d) O fantasma das mazelas. Existem ainda aqueles que não servem à igreja por razoes bem tristes, pecaminosas e doentias, tais como inveja, intriga , disputa,desejo que o irmão ou a igreja toda fracassasse," etc. Há muita gente por ai que está torcendo para que nada dê certo na igreja. O principio bíblico é claro: A igreja, na qualidade de organismo, inclui todos os crentes regenerados, tirados de todo mundo entre o primeiro e o segundo advento de Cristo ao passo que como organização, abrange os crentes locais, unidos para o serviço de Cristo, em qualquer assembleia cristã. No corpo, todos os membros são necessários. Nenhuma parte tem direito de negar-se. No corpo humano , quando uma célula deixa de funcionar, as demais células dobram o serviço para suprir a falta daquela .
A analogia da cabeça e do corpo, que ilustra Cristo e a igreja em suas mutuas relações, é muito feliz. Assim como a cabeça funciona através do corpo e seus membros assim Cristo funciona através da igreja e de seus membros. Assim como existe mutua dependência entre a cabeça e o corpo igualmente existe entre Cristo e sua igreja. Cristo depende da igreja por tê-la escolhido como meio de expressar-se e realizai seus propósitos. A igreja depende de Cristo para dele receber sabedoria e orientação nessa realização. Cristo depende da igreja para desempenhar seu trabalho . A igreja depende de Cristo para dele receber o poder para efetuá-lo. Assim, como os membros do corpo são mutuamente essenciais a esse corpo e a sua cabeça, semelhantemente o são os membros da igreja: Mutuamente aos outros e a Jesus. Rm. 12.4,5 - Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, e nem todos tem a mesma operação, assim nós que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
No corpo de Cristo, negar-se é exigir que os demais irmãos trabalhem, corram, lutem, batalhem... tudo em dobro, é tomar-se um peso . No corpo de Cristo, todos devem funcionar, servir, orar, louvar, ministrar, aliviar, falar. Uma igreja é corpo não pode ter tanta gente inativa. Infelizmente, existe uma doença provocada pelo o vírus da passividade que atinge grande número de crentes. Essa enfermidade faz com que eles se tornem inativos nos cultos, reuniões, assembleias e demais atividades da igreja.
Muita gente boa, talentosa e inteligente, por medo enterra o talento, negando-se ao corpo; é como o servo inútil da parábola. Jesus é severo e diz; E o servo inútil lançai-o para fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes Mt. 25.30.
c) A ceia do Senhor é símbolo de união do corpo de Cristo que é a igreja l Co. 11.20-34 - sua importância se relaciona com o passado, o presente e o futuro.
Quando o apostolo Paulo fala da ceia do Senhor em ICorintios 11, ele está apenas corrigindo as excessos cometidos. Entendemos que os crentes se reuniam numa grande festa e ali comemoravam a ceia do Senhor. Paulo nos dá a entender que havia muita participação dos crentes quando estes se reuniam .
1- Visão Retrospectiva Sua importância no passado-
a) E um memorial Gr. Anamnesis lembrar da morte da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. O Calvário deve ser permanentemente o tema de nossa vida , onde o Senhor com o seu precioso sangue pagou o resgate de nossas almas
b) É um ato de ações de graças gr. Eucaristia - Agradecer pelas bênçãos e salvação da parte de Deus.provenientes da do sacrifício de Jesus na cruz do por nós
2- Visão introspectiva Sua importância no presente
a) Esta é a visão interior, pessoal, uma espécie de sondagem para saber como está a nossa vida diante do Senhor a quem celebramos quando participamos do pão e do vinho . Que valor temos dado ao seu sacrifício? Em que posição nos encontramos concernente à nossa comunhão com o Salvador? Este é um dos propósitos da ceia do senhor. Ela nos estimula a uma reflexão interior sobre os nossos passos na vida cristã. A ceia do Senhor é um ato de comunhão Gr. Kononia com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificai e ao mesmo, comunhão com os demais membros de corpo de Cristo
b) É o reconhecimento e a proclamação da nova aliança mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leal, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo
3- Visão expectativa Sua importância no futuro
a) A ceia-do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor Mt. 8.11
b) Antevê a volta do iminente de Cristo para buscar o seu povo e encena a oração venha o teu reino Mt. 6.10.
c) Todas as vezes que dela participamos a nossa mente se volta para aquele glorioso dia quando nos assentaremos com o Senhor nas bodas do cordeiro ITs. 5.23
FONTES
SBB – Biblia de estudo Almeida
CPAD – Biblia de estudo Pentencostal
VIDA – Biblia de estudo thompson
VIDA NOVA – Biblia de estudo esperança
CPAD – Teologia Sistematica
Editora Betania – Igreja lugar de vida
Editora Betania – Adoração como Jesus ensinou
Ultimato – Revista, Janeiro-fevereiro 2006
CPAD – O Cristão na Cultura de hoje
As verdades centrais da fé cristã – CPAD – As verdades centrais da fé Cristã
Imprensa Batista regular – Teologia Elementar

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A IGREJA EFICAZ

Efésios - 4 - 7 : 16 - Como todo organismo vivo, a igreja passa por fases. Muitas vezes está no alto, outras está meio desanimada. Mas como a igreja é feita de pessoas que estão crescendo espiritualmente (pelo menos assim deveria ser), a igreja precisa chegar à maturidade. A melhor maneira de uma igreja demonstrar essa maturidade é com relação à forma que seus membros exercem seus dons espirituais. No texto de Efésios 4.7-16, descobrimos algumas coisas que nos fazem ver como uma igreja madura trata os dons.
1. NUMA IGREJA EFICAZ: OS DONS SÃO ATOS DA GRAÇA DE DEUS
Ef 4.7 e 11
Veja o que Paulo diz: "(v.7)a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo; (v.11)Ele (Deus) designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres". O crente não merece ter um dom, como se os dons espirituais fossem merecidos pela pessoa. Os dons são atos da graça de Deus, porque Ele os concede, não como prêmio, mas como uma tarefa. Se os dons são designados por Deus, eu não devo e não posso me orgulhar de tê-los e nem posso recriminar aqueles que não possuem os mesmos dons que eu.
2. NUMA IGREJA EFICAZ, AS PESSOAS CERTAS ESTÃO NOS LUGARES CERTOS
Ef 4.11
Se os membros recebem um dom, devem exercê-lo de forma sábia e habilidosa para aquilo que foi chamado. Se um crente se omite em fazer aquilo que deveria, está prejudicando o "corpo", prejudicando a igreja. Por menor que seja a igreja, Deus irá despertar dons nos seus membros para que aquele pequeno grupo seja uma igreja completa, apesar do tamanho. Ninguém possui todos os dons, mas não há ninguém sem pelo menos um dom. Ore a Deus para que você descubra qual é o seu dom e coloque-o em exercício.
3. NUMA IGREJA EFICAZ, OS DONS SÃO UTILIZADOS DA MANEIRA CERTA
Ef 4.12-14
Existem propósitos para os dons. Neste texto vemos que é para a "preparação dos santos para a obra" que os dons existem. E se os dons forem exercidos corretamente, a igreja terá a "unidade da fé", "crescimento e maturidade". Quando os dons são usados para exaltação própria, deixam de ser dons e então não passarão de meras habilidades humanas e passageiras.
4. NUMA IGREJA EFICAZ, OS CRENTES VIVEM DE FORMA AUTÊNTICA
Ef 4.15
O versículo 15 fala sobre a igreja que, com maturidade, usa os seus dons com sabedoria. O resultado é uma vida autêntica! Ela obedece a ordem: "seguindo a verdade em amor". Verdade e amor são os dois ingredientes de uma igreja autêntica. Os membros viverão o que pregam.
5. NUMA IGREJA EFICAZ, EXISTE VIDA DE COOPERAÇÃO
Ef 4.16
Finalmente, a cooperação mútua é um sinal da maturidade da igreja. Cooperar significa "operar com, trabalhar junto, ao mesmo tempo ". Cooperação é o antônimo de competição. Na igreja madura não pode haver competição! Estamos todos no mesmo time! É disso que Paulo fala ao dizer que "todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor". Crescer e edificar-se em amor. Esse é o propósito para o uso dos dons na igreja. Tudo o que fugir disso não é dom, não vem de Deus.
6. UMA IGREJA EFICAZ É ORGANIZADA
Então, pra resumir, o que é preciso haver numa igreja madura com relação aos dons?

É preciso haver cooperação. É preciso haver compromisso. É preciso haver maturidade e preparo.

Que Deus nos abençoe a sermos assim! Amém!
Dc José Rinaldo de Santana

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA

A Igreja do Senhor é uma entidade evangelística, educativa e assistencial. Esta tríplice responsabilidade da Igreja vem da sua natureza, da sua vocação e, do seu mandato.
1- A natureza da Igreja é sacerdotal, mediadora (1 Pedro 2.5 “
2- A vocação da Igreja é celestial (Hebreus 3.1 “pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerem a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão.”).
3- O mandato da Igreja vem diretamente do seu Dono – o Senhor Jesus. (Marcos 16.15 “

B. AS TAREFAS BÁSICAS INTERNAS DA IGREJA
Por sua vez, as tarefas básicas internas da Igreja, também evidenciam a sua natureza missionária. Essas principais tarefas são:
- Cultuar a Deus; adorar a Deus “em espírito e em verdade” (João 4.24).
- Proclamar o evangelho de poder em todo tempo, por todos os meios e, em todos os lugares, a partir do templo (Atos 5.23 “E todos os dias, no templo e nas casas, são cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.”).
- Educar na fé os novos convertidos; isto é, doutrinar, ensinar, orientar, treinar, modelar vidas para Deus, segundo o padrão revelado em Jesus Cristo (Mateus 28.19,20; Ef 4.15).
- Ministrar aos carentes e necessitados; servir, socorrer; ajudar, cuidar; assistir, como parte do evangelho, como Jesus fez.

C. VISLUMBRES DA NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA NO ANTIGO TESTAMENTO
Em Deus mesmo, e nas pessoas que Ele usou no Antigo Testamento, temos esses vislumbres ou lampejos da natureza missionária da Igreja.
- Deus diretamente agindo em favor de Adão e Eva, ainda no Éden, quando transgrediram os preceitos do Senhor (Gênesis 3.9 “E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?”). Deus sabia onde estavam os culpados, mas competia a Adão confessar a Deus as suas transgressões e conhecer da parte do Criador, as conseqüências do seu pecado deliberado.
No cap. 3 de Gênesis, que trata da tragédia da queda do homem, o nome de Deus aparece nove vezes, sempre de forma composta: Jeová-Elohim, que denota Deus habitando com o seu povo; guiando-o e manifestando a sua graça para com os indignos; o Deus que condescende em estabelecer pacto com os homens. Neste cap. 3 de Gênesis, vemos que a Adão já caído em transgressão, Deus se revela, chamando-o e tratando diretamente com ele.
- Abraão, o progenitor da nação messiânica. A mandado do Senhor, ele saiu de Ur dos caldeus para Canaã, como enviado de Deus. Ali Deus renovou a sua promessa messiânica de salvar o mundo, “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3; 22.18). Essa promessa missionária cumpriu-se plenamente em Cristo, o Salvador da humanidade (Gálatas 3.8; Atos 3.25,26). Jesus referiu-se ao papel missionário de Abraão, cumprido em plenitude em Cristo, conforme ele declarou: “Abraão exultou por ver o meu dia, e viu-o e alegrou-se” (João 8.56).
- Moisés. Na lei mosaica é bem detalhada a variedade de assistência que se deve dar aos estrangeiros, e por quê (Deuteronômio 24.14-22; Levítico 18.33,34).
- Israel, a nação sacerdotal por Deus escolhida dentre as demais nações. Êxodo 19.6 “E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo”. Isto é, Israel deveria levar as nações a Deus e também demonstrar no seu viver a vontade de Deus, como testemunho dEle.

- Davi e o seu papel missionário. Sua bisavó, Rute era estrangeira, moabita. A tropa de elite de Davi, os seus “valentes”; eram quase todos estrangeiros. A sua capital durante o seu exílio por causa de Saul, era uma cidade estrangeira: Ziclague, no país dos filisteus. Diversos Salmos são de conteúdo missionário, como o de número 67.
- O profeta Jonas. É o grande missionário enviado por Deus a um país pagão – a Nínive, a grande capital da Assíria, que era então potência mundial (Jonas 1.2; 3.1-10).
- O profeta Daniel. Foi um autêntico missionário do Senhor no palácio real e na província de Babilônia. Ele deu bom testemunho do Senhor em meio à pecaminosidade e idolatria, como se vê em todo o seu livro. Só Deus sabe a bênção que foi para o povo judeu e para o país babilônico, a vida e o trabalho de Daniel, a serviço de Deus, naquele palácio real estrangeiro.
- João Batista e sua visão e fervor missionário. Este João foi o arauto suscitado por Deus que precedeu o aparecimento em público do Senhor Jesus Cristo. Sua poderosa mensagem ecoava: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Isto é, do mundo inteiro; todas as raças, todas as nações, toda criatura.
- O Senhor Jesus e o seu apelo missionário. Na sua genealogia há menção de quatro mulheres depreciadas pelo povo: Tamar, Raabe, Rute e Bate-Seba. Jesus pregou em Tiro e Sidon, cidades estrangeiras, e igualmente em Decapólis, cidades de população mista. Seu ministério, Ele concentrou-o na Galiléia, uma região de população antagônica aos judeus e de religião mista. Este era também o caso de Samaria. Até na cruz, no último momento de sua paixão, um estrangeiro africano, ordenado pelos soldados, carregou parcialmente a sua cruz – Simão o cirineu.
Após ressuscitar, as palavras de Jesus aos seus discípulos sobre a evangelização e missão foram:
“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (João 20.21).
“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).
“Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
- Paulo, o campeão missionário do Novo Testamento. Através do Novo Testamento, na época da Igreja, Paulo foi o campeão exemplar na obra missionária, plantando igrejas na Ásia Menor, e na Europa, indo até Roma (Romanos 1.14,15; 15.19). Paulo é o missionário-modelo. Seu zelo e paixão missionária: 1 Coríntios 9.22; Filipenses 3.13; Romanos 9.3; Atos 20.24.

D. AS PROVIDÊNCIAS DIVINAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DA HUMANIDADE
Uma vez que, da parte de Deus, é atribuição, responsabilidade e privilégio da Igreja a evangelização do mundo, é mister e oportuno considerarmos aqui as providências divinas para a evangelização do mundo e salvação da humanidade.
Como veremos a seguir, das providências divinas para a salvação da humanidade, a única que continua inacabada é a da evangelização do mundo, a cargo da Igreja.
Vejamos essas providências divinas, fruto do amor, da graça de Deus.
1ª providência. A providência da revelação divina: As Sagradas Escrituras; a Bíblia. Esta provisão, de há muito está completa, da parte de Deus.
2ª providência. A providência de Deus suscitar um povo natural neste mundo: Israel, e por meio desse povo trazer ao mundo o Salvador Jesus Cristo. Esta providência Deus já cumpriu, apesar das fraquezas e fracassos daquele povo. Desta providência divina, veio ao mundo o Messias Salvador, o Filho de Deus.
O próprio Jesus declarou: “Eu vim buscar e salvar o que se havia perdido.”
3ª providência. A providência do divino Consolador: O Espírito Santo. Ele veio para dotar e capacitar a Igreja com poder celestial para evangelizar o mundo, conforme Atos 1.8. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
4ª providência. A providência de Deus suscitar para Si “um povo seu, especial, zeloso de boas obras”: a Igreja.
A evangelização de todos os povos do mundo está a cargo da Igreja de Deus, mas essa sua missão continua inacabada. Ler Tito 2.14; 1 Pedro 2.9,10).

E. CONCLUSÃO SOBRE A NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA

- Que é um missionário? O termo missionário deriva do latim “mitto” = eu envio. Em suma, é um enviado de Deus às nações, através da Igreja.
- O brado missionário. “Quem irá por nós?” – pergunta Deus (Isaías 6.8).
- O livro missionário da Igreja. É o livro de Atos dos Apóstolos. Nesse livro não há conclusão; epílogo. Já tinhas visto isso? (Atos 28.31).
- Temas missionários
“Livra os que estão destinados à morte” (Provérbios 24.11).
“Mas o sangue, da tua mão requererei” (Ezequiel 3.18).
“Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa (João 4.35).
“Passa à Macedônia e ajuda-nos” (Atos 16.9).
“Que pregues a Palavra, a tempo e fora de tempo” (2 Timóteo 4.2).
“Salvai alguns, arrebatando-os do fogo” (Judas, v. 27).
Jesus, o supremo exemplo missionário. Ele morreu entre dois pecadores. Seus dois braços abertos sobre a cruz proclamam e convidam à união, os dois grandes povos: judeus e gentios, os quais vindo a Ele formam Nele um só povo – A Igreja (Efésios 2.14).

F. IGREJA: COMUNIDADE PRODUTIVA
Embora o tempo tenha consagrado a palavra “igreja” como sinônimo de templo ou denominação religiosa, no novo testamento ela significa sempre povo, ou as “pedras vivas” que o apostolo Pedro menciona, referindo-se principal mente “não as instituições mas sim as pessoas reconciliadas com Deus mediante a obra salvifica de Cristo e que agora pertencem a ele”. O conceito bíblico de igreja sobressai aos edifícios inertes e aos nomes jurídicos. O desejos de Deus é que visualizemos a igreja como os atobás e tesourões que se aglomeram em Clipperton: uma comunidade fervilhante de vida cumprindo o divino – e natural – encargo da procriação.
A obra missionária, portanto, não é uma opção, algo que possa ser discutido, como criação de um novo departamento, mas faz parte da natureza da igreja. Porque a igreja nasceu missionária por força e obra do Espírito Santo, conforme declara o Senhor Jesus Cristo: recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra. At. 1.8 .
A igreja tem o dom de fertilidade. O primeiro ato evangelistico da igreja, na manhã de pentecoste - o sermão de Pedro -, aumentou o numero da igreja 25 vezes. E a historia das missões revela que a igreja é capaz de expandir – se sob condições as mais diversas.
Pastores são presos no Iraque, crianças com menos de dez anos, por causa de sua fé são espancadas até a morte no Sudão, estudantes cristãos são assassinados na Idonesia. Mas a perseguição não é capaz de impedir o crescimento da igreja. Em Cuba reduto comunista que agora experimenta um vislumbre de liberdade religiosa, a igreja tem crescido e até planeja enviar missionários para outros paises da América Latina e para a África
Fonte
CPAD - Temóteo Ramos de Oliveira,
COMO SER UM MISSIONARIO

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O PASTOR É DA IGREJA, E NÃO A IGREJA DO PASTOR

O pastor é um homem público, homem público é aquele que lida com uma sociedade, particularmente a comunidade religiosa local, regional ou quiçá a nacional, isto vai depender do seu campo de atuação pastoral.
Mas o que é a opinião pública da comunidade local?
Opinião pública local é o que geralmente se atribui à opinião geral de uma igreja local. Quando se diz, por exemplo: "A opinião pública da igreja local está pressionando o pastor", significa dizer que um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumes, idéias e que interagem entre si constituindo uma comunidade, a igreja, expressa uma posição de pressão ao pastor e ao seu ministério. Neste caso podemos afirmar que o pastor também vive em função da opinião que as suas ovelhas estão pronunciando entre si a seu respeito.
É comum ouvirmos afirmações sobre pastores de outras comunidades, e geralmente estas opiniões não entristece tanto, mas quando nós somos os alvos destas opiniões, as nossas emoções tomam rumos diversos.
Pode ser mera coincidência. Mas pode não ser. Tomando as últimas pesquisas de opinião, não há nada de surpreendente quando a Igreja caminha e pensa como pensa a nação. Quando uma instituição faz um pronunciamento com relação ao governo da sua rejeitabilidade ou não, o mesmo acontece na Igreja, com as mesmas características e os mesmos princípios.
A pesquisa de opinião divide a comunidade local, fazendo acepções de pessoas, isto é, os pastores são avaliados pelas perspectivas meramente humanas, principalmente relacionais, e dificilmente são evidenciado as qualidades de um servo de Deus, aquelas que estão elencadas em Timóteo e Tito. Não se dá credibilidade as horas de estudos do pastor, ah! para alguns isto é perda de tempo, comodidade. Oração, este também não tem sido levado em consideração, púlpito, nem se fala.
Todos aqueles que tem lutado para mudar a política eclesiástica e preservar o pastor das críticas acabam se desiludindo com a igreja e afastando dela. Do contrário, a política eclesiástica só pode mudar com um impeachment do pastor ou do conselho. Como nenhuma dessas coisas estão na nossa perspectiva, temos de apostar na possibilidade do pastor mudar é mais fácil do que o conselho mudar. Por isso, alguns preservam a sua vida e o seu ministério.
A opinião publica da igreja faz do pastor uma vítima, julga-o e condena-o. “Lamentável que com todas as lições da história, a "opinião pública" a igreja continue a acusar, julgar e condenar seus guias que a lei presume inocentes. Continuam a ganhar foros de justiça, essa manifestação irracional dos sentimentos de ocasião. A "opinião pública" permanece substituindo as leis e aos nossos concílios. É preciso levantar entre o culpado e os ardores da "opinião pública" uma barreira. Barreira que se identifica com a figura do bom crítico.”[1]
A opinião pública religiosa, levou Jesus à Cruz, e hoje ela tem destruido muitos pastores e ministérios abençoados. Porém quando Jesus teve a oportunidade de expressar a sua opinião pública, rejeitou-a.
Quando foi apresentado a Jesus “a mulher adúltera”, os acusadores eram os conhecedores da legislação, que queriam a condenação para cumprimento da Lei inflexível.”[2] Eram politicamente corretos. “Todavia, quando questionados sobre sua própria "ética" (não especificamente sobre a prática de adultério, mas sobre o cometimento de imoralidades em geral - "quem estiver sem pecado"), sentiram-se sem condições de insistir na acusação.”[3]
Devemos entender que a Igreja está acima da opinião pública, contribuindo para a estruturação de uma visão coletiva e comunitária.
A autenticidade da igreja não é movida pela opinião pública mas pela obediência e pela fé. Quanto mais vasto é o número dos crentes que aceitam a Igreja como comunidade unida, mais espontânea é a sua visão comunitária da verdade, inspiradora de comportamentos fazedores da história.
O enfraquecimento desta dimensão institucional da verdade, dá prioridade à pluralidade das diversas visões, ás correntes de pensamento, às modas de opinião. A “opinião pública” dilui-se, só captável por somatórios estatísticos de maneiras individuais de pensar, o que favorece o surgir de novas formas de dogmatismos de elites ideológicas ou outras, que têm tendência a impor as “verdades oficiais”, incapazes de integrar num dinamismo comunitário a vivência pessoal da verdade. Quando a Igreja deixa de ser a comunidade da verdade, sal e luz, o seu ministério é reduzido ao nível da opinião, perdendo a sua força inspiradora da evangelização e motivadora dos processos históricos.
Este é um fenômeno preocupante na mutação atual das igrejas locais. Dilui-se, progressivamente, a importância de um quadro culturalmente evangelístico, necessariamente plural, como força unificadora da história, o que origina o pragmatismo eficaz como objetivo e principal expressão. Nunca a igreja teve-se tão consciente de um direito fundamental da pessoa humana, a liberdade de pensamento e de opinião, mas perde-se, progressivamente, a perspectiva de pensar em comunidade, pois em nenhuma dimensão essencial do ser humano o individualismo pode ser a regra. Mas a multiplicidade das formas de pensar influencia muito relativamente a conduta religiosa, pois dificilmente traz crescimento e não há igreja sem crescimento.
A minha maior preocupação fixa-se na necessidade de mudança da visão eclesiástica na qual impulsiona a agradar os homens e desagradar à Deus. Acima de todas as coisas, um pastor de consciencia limpa não deve se dobrar aos caprichos humanos, mas amar a igreja até o fim.

Fonte
Ashbell Simonton Rédua
O Pastor e a igreja local